Mostrar mensagens com a etiqueta csi. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta csi. Mostrar todas as mensagens

1.8.08

CSI EM PORTUGAL



Joana Sampaio, 88 anos, viúva e uma vida dedicada às batatas, aos feijões, ao milho, aos nabos, cenouras e com uma reforma de 299 euros, lá vai vivendo graças à saúde e à sua dedicação à sua horta.
Há uns tempos atrás foi informada que iria participar no CSI. Não, não foi convidada para participar num episódio da famosa série de televisão. Nem muito menos era acusada de praticar um crime. Foi avisada por carta de que tinha direito a beneficiar do Complemento Social para Idosos( Complemento de Reforma).
Ora, a avozinha ajudada pelos filhos e familiares tratou da papelada toda e toca a entregar na Segurança Social.
A resposta demorou mas chegou. A carta dizia:
“Informa-se V.Exª.de que o Complemento Solidário para Idosos tem início em 2008-03 no montante de 1,00 euros.”
E na carta também dizia:
“A importância só será paga quando a soma de vários meses atingir o valor de 5,00 euros.”
A senhora não caiu porque estava sentada no banco de madeira. Tanto trabalho, tanta papelada e andou a chatear os filhos para entregar todos os papéis para agora saber da fortuna que vai receber!!! Não acreditava que fosse assim. O “Menino de Ouro” só lhe oferece um euro como complemento da sua reforma?
“Quando receber a carta acho que a vou devolver porque não ando a pedir esmola.” Sentenciou a nossa avozinha.
Tem a razão toda, D.Joana. Um euro é a esmola que os arrumadores e os mendigos acham digna e razoável a que têm direito. Há dias vi um senhor ser insultado forte e feio pela boca de um desses pedintes ditos arrumadores, apenas porque o indivíduo só lhe deu 50 cêntimos.
É assim a Segurança Social do nosso país. São os mesmos governantes que enviam milhões de euros para Angola(coitadinhos, eles necessitam de ajudas) e esquece-se das pessoas que realmente necessitam de complementar a sua pequena reforma. A sorte da D.Joana é a mesma que muitos idosos de Malcata:trabalhar na horta até que as forças ajudarem.