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27.10.21

QUANDO A LUZ SE VAI, CHEGA A ESCURIDÃO

 


A IMPORTÂNCIA DA LUZ



  O Nicho da Senhora dos Caminhos está a pouco mais de um quilómetro da povoação. Por ali passa muita gente de dia e também de noite, esteja o tempo como estiver. Desde 2004, que foi o ano da inauguração daquele novo lugar, tornou-se num espaço ajardinado, algumas árvores dão sombra aos bancos e o chafariz até lá se enquadra e quando a sede aperta é só abrir a torneira. Durante a luz do dia é um lugar tranquilo e calmo e há pessoas que vão até lá para descansar, ler, rezar...ouvir e ver aquelas andorinhas que se apaixonaram pela ponte e ali vivem.
   Acontece que, durante o dia, quem por ali passa de automóvel ou a pé, reconhece a beleza daquele espaço e gosta do que lá está. Quando vem o entardecer vai-se a luz e chega a noite e tudo parece que se esfuma, com toda a serenidade quem ali está fica envolto juntamente com a noite. Ora se é de noite, o normal é ficar escuro à nossa volta! É o mais natural que acontece em qualquer lugar deste mundo, a não ser, e lá vem a excepção, haja luz que ilumine o lugar e o caminho.
   Quer isto dizer que aquele espaço fica escondido durante a noite e também dificulta a passagem dos que, a caminhar, por ali passam. E sendo um sítio de ida e passagem, as pessoas que têm o saudável hábito de fazer uma caminhada ao fim da tarde, assim que vai a luz e chega a noite, ou ligam o botão da lanterna e continuam a ver por onde caminham, ou então continuam mais devagar, colocando pé ante pé, até passar a Senhora dos Caminhos às escuras.
   Eu sei que alguns de vós estais a murmurar, mas também sei que outras pessoas pensaram na necessidade de alumiar aquele lugar e a Senhora dos Caminhos.
   A coisa até nem parece que seja assim tão dispendiosa e se todos pensarmos um pouco, com certeza que encontraremos outras razões, também elas importantes, para que se ilumine aquele lugar durante as noites de Verão e de Inverno.
                                            
                                      Josnumar
                             
(José Nunes Martins)

Antigo Nicho da Senhora dos Caminhos, Malcata
                                                    (Fotos de Maria Lourenço, in internet )



13.7.10

A LUZ ELÉCTRICA EM MALCATA

   Os mais novos não se lembram, mas quem nasceu nos anos 60, recorda-se muito bem do que era Malcata há 45 anos atrás. A luz eléctrica, inaugurada em 13 de Julho de 1965, com grande festa e muitos foguetes, ainda hoje continua a ser importante para os habitantes da aldeia. Com a electricidade muita coisa mudou na vida dos malcatenhos. Hábitos e métodos de trabalho tiveram que ser mudados. A uns custou mais adaptar-se ao uso da electricidade do que a outros. Mas, passados estes anos, hoje podemos afirmar que todas as casas de habitação são iluminada pela luz eléctrica. Contudo, as vivências e esses anos que assámos à luz dos candeeiros, das candeias e das velas, ficam para sempre registadas nas vidas de quem as viveu.

9.7.10

MALCATA : 45 ANOS DE LUZ

Luar em Malcata

Vamos recuar no tempo e recordar Malcata há 45 anos atrás. Em Julho de 1965 estava eu a chegar quase aos cinco anos de idade. Daí até hoje muita coisa se alterou na aldeia. Outras, graças a quem vive na aldeia, continuam como eram, como o ouvir os sinos da igreja e da torre do relógio.
Com a persistência do senhor Manuel Fernandes Varandas ( Ti Varandas ),Malcata celebrou a chegada da electricidade. Foi a 13 de Julho de 1965 que as lâmpadas se iluminaram e houve festa por toda a aldeia. Até então, as casas eram adornadas de candeias de azeite e petróleo, ou umas velinhas de cera...candeeiros de vidro, com um pavio que ficava embebido no petróleo e que subia. Acendia-se com um fósforo, encaixava-se a chaminé e iluminava a sala, a cozinha ou qualquer divisão interior das habitações. As candeias a petróleo, eram penduradas num sítio alto, normalmente num prego espetado na parede e davam luz para todos.
As ruas da aldeia eram iluminadas pela luz da lua ou das "pilhas" (lanternas) alimentadas com pilhas rectangulares ou redondas de 1,5 Voltes. Era nas noites de luar que a Lua se sentia orgulhosa e não havia vela, candeeiro de petróleo ou candeia que lhe retirasse o seu encanto.
Mesmo depois da electricidade ter chegado a Malcata, ainda demorou muito até que todas as pessoas acedessem aos seus benefícios. Só os mais abastados tiveram essa sorte. Os comércios da terra e as tabernas foram dos primeiros a deixar de acender candeeiros e candeias. Vieram as primeiras televisões, os frigoríficos, os rádios,etc. .A vida mudou muito, mas não tanto assim.
Dizia Eça:
"Na cidade nunca se olham, nem se lembram os astros - por causa dos candeeiros de gás ou dos globos de electricidade que os ofuscam. Mas na serra, sem prédios disformes de seis andares, sem a fumaraça que tapa Deus, um Jacinto, um Zé Fernandes, livres, bem jantados, fumando nos poiais de uma janela, olham para os astros e os astros olham para eles.
- Ó Jacinto, que estrela esta, aqui, tão viva, sobre o beiral do telhado?
- Não sei...E aquela, Zé Fernandes, além, por cima do pinheiral?
- Não sei!" 

 in "A cidade e as serras", Eça de Queirós, Edição de bolso, Jn, pág.103.   

Vale a pena pensar nisto!

17.12.08

ESTRELA E PRESÉPIO NO SABUGAL

Estrela no Castelo
Presépio no Largo da Fonte
O Natal está mesmo aí. A noite estava fria e muito molhada. Apesar disso, a cidade estava diferente. A estrela lá no alto da torre do castelo indicava que estava a caminhar na direcção certa. Antes de me aproximar do astro pentagonal e luminoso, parei no Largo da Fonte em busca do presépio. A escuridão e a chuva dificultaram a minha busca, mas depois de percorrer todo o largo acabei por encontrar um pequeno jardim rodeado por uma pequena cerca de madeira e no centro uma cabana onde se abrigavam as figuras tradicionais do presépio.
Frio, chuva, vento e falta de LUZ foi o que senti nessa noite de Dezembro.

1.8.07

HÁ MAIS ENERGIA EM MALCATA

Cabine da EDP desactivada

Novo Posto de Transformação

A Câmara Municipal do Sabugal e a EDP(Cenel) estão de parabéns pelas obras de reforço do abastecimento de energia eléctrica à aldeia de Malcata. Ainda bem que substituiram a cabine colocada junto à fonte velha. Era uma estrutura já ultrapassada e um perigo constante para quem por ali passava.
Na Reunião ordinária da Câmara Municipal do Sabugal, realizada no passado dia 15 de Junho de 2007, foi deliberado, por unanimidade, autorizar o pagamento à EDP(Cenel) os Euros gastos nas obras que esta empresa efectuou em Malcata, cujos montantes vou passar a divulgar:
-184,68,00 euros na Rua da Moita
-492,49,00 euros na Rua Vale da Fonte
-1,046,55 euros na Rua da Rasa
-1,846,85 euros na Rua do Cemitério
Fazendo-me portador do sentimento das pessoas de Malcata, registo aqui um louvor e um agradecimento sincero à Câmara Municipal do Sabugal pelas melhorias efectuadas na nossa aldeia. Todo o povo de Malcata está mais iluminado graças a estes melhoramentos.