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21.12.11

CANTO E CORELA

Os nomes dos lugares, sítios, caminhos, ruas, becos, travessas, praças, avenidas ou de quaisquer outros espaços urbanos ou rurais constituem uma referência, quase sempre associada à história da localidade, que importa preservar como património cultural. Por vezes, o topónimo tem um valor expressivo de singular beleza e profundo significado. Alguns nomes de lugares sofreram alterações, consoante as designações do povo ou os registos escritos. Mas outros persistiram, sobretudo porque, consensualmente, a população os aceitou e os transmitiu às gerações seguintes.
 
   Os topónimos constituem, pois, marcas de identidade que merecem ser salvaguardadas.
   Na actualidade, a Junta de Freguesia confronta-se com a necessidade imperiosa de dar nome a todas as artérias da aldeia, para mais eficaz localização dos domicílios. Nesta tarefa de atribuição de nomes, há, no entanto, que respeitar as antigas designações e incorporá-las nos novos arruamentos e não, precipitadamente, colocar nas placas toponímicas ilustres desconhecidos ou com reduzida projecção local.
   Além disso, compete à Junta de Freguesia zelar para que as placas toponímicas das ruas sejam claras, sem erros ortográficos e facilmente compreendidas por toda a gente, mesmo as pessoas que venham à aldeia de Malcata pela primeira vez.
   Hoje venho chamar a atenção para dois casos que podem levar os menos atentos ao engano.
                                       
CASO 1


                             A) Rua Canto? Esta rua sempre foi conhecida pelo nome de Rua do Canto.
                             Ora bem escrito é o nome da Rua da Fonte. É um pormenor, mas um pormenor importante porque a preposição de ou a sua contracção com o artigo definido do, da, dos, das, podem alterar radicalmente o significado de um nome de rua, avenida ou qualquer topónimo.
                              B) Qual é a Rua Canto ( Rua do Canto ) e qual é a Rua da Fonte ? Eu que conheço a aldeia não me engano. O mesmo já não digo de uma pessoa que venha à procura de uma destas ruas. O mais certo é ter que perguntar a alguma pessoa que viva na aldeia.

CASO 2

   Ora neste segundo caso, temos uma placa toponímica bem colocada a indicar o início do Beco da Corela. O mesmo já não acontece com a placa colocada para informar o seu fim. E isto mais complicado fica quando quisermos percorrer este arruamento. Se iniciarmos o passeio pela Rua do Carvalhão, quando chegarmos junto à casa da família do senhor António Rato ( TiTó) damos conta que só podemos continuar a caminhar até à Rua da Fonte, mas passando ao lado da casa da família da minha Ti Esperança. Ora, a outra placa, ali ao lado da casa da família do senhor Raúl Coelho não tem ligação com a casa da família referida atrás. Ou será que há dois "Becos da Corela"? Na minha infância os garotos da minha idade quando queriam jogar a bola combinavam encontrar-se na Corela. Lembram-se daqueles jogos de bola ali naquela terra ao lado da casa da Ti Dulce e do Ti Coelho? Mesmo com uma inclinação do terreno, as duas equipas chutavam na bola e não faltava entusiasmo. Esta era a Corela que pertencia ao Ti João...não me lembro do apelido. A outra terra, que actualmente está ocupada com moradias, além de castanheiros, servia de eira para colocar o centeio no tempo das malhas.


 Beco da Corela ( pela Rua do Carvalhão )


 Beco da Corela ( Pela rua da Fonte )
   Também tenho a dizer que as placas toponímicas já estão colocadas há uns anos e estes dois casos não é da responsabilidade da actual junta. Mas uma vez que é a Junta de Freguesia a entidade responsável pela sua manutenção e conservação, convinha que corrigissem estes pequenos erros.
   Ainda um dia voltarei ao assunto dos jogos de bola na Corela. Talvez o Mário, o Zé Manel, o Tó, o Vitor, o João, o Fausto, o Carlos, o Manel da Corela...me ajudem a lembrar esses campeonatos de jogar a bola com balizas que não tinham poste e muito menos barra!

25.1.11

BECO DA CORELA EM OBRAS

Beco da Corela (actualmente termina aqui)

O Beco da Corela tem o seu início na Rua do Carvalhão e termina frente à moradia nº34. Nas últimas eleições, a actual Junta de Freguesia prometeu que continuaria o arruamento até à Rua da Fonte, mesmo ao lado da casa da Ti Esperança.



   E aqui estão as máquinas da Câmara Municipal a dar início às obras.

   Ao lado esquerdo situam-se os terrenos conhecidos pelo nome "chão da fonte", constituídos por uma terra óptima para cultivo, a maioria deles são utilizados como horta e são servidos pela água da Fonte Velha.

   Aqui vai terminar a obra

Depois da obras, o Beco da Corela vai terminar aqui, mesmo à frente da casa da Ti Esperança e da Ti Maria Fachó.
   A aldeia vai beneficiar com a reestruturação desta obra ou não? Uns acenam com a cabeça em sinal afirmativo, mas outros falam que "eles estão a dar resposta aos votos que receberam, mais nada".
   Mesmo sendo uma promessa eleitoral, mesmo que quem prometeu foi quem ganhou, serão razões suficientes para que se faça? O que sei é que a obra está a ser feita. A via como está actualmente apenas permite a circulação automóvel num dos sentidos, ou seja, a largura da rua não permite a circulação nos dois sentidos. E perante este facto, foi perguntado a um membro da Junta de Freguesia quantos sentidos ia passar a ter a via. "Isso é um assunto que depois temos que ver" foi a resposta recebida.
   Será assim tão simples? Toda a acção humana tem que responder a três questões:
   Porquê?
   Como?
   Quando?
   As obras já começaram, aguardamos a sua conclusão e depois falaremos.
   No meu entender, beneficia a população de Malcata e valoriza os terrenos por onde vai passar. Vamos ver o que o futuro nos reserva e oxalá não se acabem com as hortas deste vale.