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COMPADRES À CONVERSA

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  Adro da igreja de Malcata - Então, compadre, donde vens a esta hora?! - Donde hei-de vir?! Da igreja! Então estamos na Quaresma…e fui cumprir o meu dever, estou a preparar-me para a festa da Páscoa. - Ui ui, mas ainda falta tantos dias, ainda tens tempo para pensares nessas coisas. - Pois, tens razão, compadre, mas eu gosto de fazer as coisas com tempo e sem pressas! - Olha quem anda numa roda-viva e sem paranças, são os políticos. Eles podem dizer o que quiserem, mas o que eles dizem eu nem perco tempo! Somos todos iguais e todos querem o mesmo, tachos, poleiro é onde querem estar, nem que para o conseguir, se apresentem no domingo à missa. - Esses já eu conheço. De católicos têm pouco, são uns fingidos. - Assim estamos, compadre. E se quer que lhe diga, estou-me marimbando para o circo que montaram. A minha missa é outra! - Compadre, mas que diferente está agora o mundo! Até a Quaresma mudou e hoje riem de quem faz jejum. O senhor prior bem se farta de dizer para nos prepara

SE AS ESTÁTUAS FALASSEM...

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Rua Bairro Camões-Malcata    Na nossa aldeia falar de monumentos ou estátuas é falar do busto do poeta Camões. E se há assunto que os malcatenhos gostam de falar e sabem do que falam ( pelo menos  desde 1965), é do Camões. Mesmo depois da pintura do mural com o lince continuam a referir-se ao poeta e raramente ao artista pintor.    Já repararam no poder criativo que têm alguns calceteiros em algumas ruas da nossa aldeia? Aparentemente, querem passar a ideia que se esqueceram que as ruas são vias públicas, que nelas passam automóveis grandes e pequenos, motas e carrinhos com bébés e pessoas de todas as idades e mobilidades?     Eu não sei e não me disseram e eu também não perguntei quem autorizou a obra na rua que dá acesso ao Bairro Camões. Também não consigo compreender como se faz aquilo que lá foi feito. Olhando do princípio da rua dá para perceber a asneira feita. Aquilo é mais um exemplo da total falta de fiscalização das entidades competentes. É mais um daqueles maus exemplos

MALCATA: CASAS DESCASADAS DA PAISAGEM

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       Em Malcata há muitas casas abandonadas e em ruínas. Não há bêco ou rua que não tenha uma casa velha e sem as mínimas condições de habitabilidade. Também nos deparamos com muitas casas recuperadas ou a serem reabilitadas. Infelizmente nem todas têm respeitado as leis de edificação e reconstrução aprovadas pelo Governo e Regulamentadas pelos municípios.    Seria bom que estas reconstruções contribuíssem para melhorar a qualidade do nosso património edificado. Então quando se trate de reconstruções no núcleo histórico da aldeia, aquelas áreas a que vulgarmente chamam “centro histórico”, em que as casas têm ainda muitos traços iguais, estão construídas à “moda antiga”, ou seja, em pedra de xisto, algum granito, muros também em pedra de xisto, os telhados cobertos com telha de um só canal e em barro vermelho, todos devíamos ter o cuidado e a preocupação de saber os direitos e os deveres a ter em conta para que no fim do trabalho acabado todos nos elogiem e nos digam que a obr

LAZER E CONVERSAS À SOMBRA

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   Quem vem das cidades e não conhece a aldeia de Malcata, diz que entrou no paraíso. A tranquilidade e o sossego moram por toda a aldeia e o visitante fica surpreendido com o cantar dos pássaros, encantado com as "freirinhas" de manto preto e branco voando e pousando no barro do ninho ali meio escondido no beiral do mini-mercado.     Amélia nasceu em Malcata e todos os dias vai trabalhar para o lar de idosos que há na aldeia. Hoje há mais velhinhos que crianças e também já cá chegou esta coisa de depositar os nossos seniores no lar da Associação de Solidariedade. Como a Amélia, mais uma dezena de pessoas têm o seu trabalho nesta instituição que é o ganha pão para muitos.   "Há muitas pessoas que vêm para cá nesta altura do ano porque gostam do ambiente, gostam de ir até à piscina da barragem, está-se lá bem, é um sítio óptimo para relaxar, tomar um banho e as crianças podem divertir.se no parque infantil", diz-me a Margarida que está de mãos

SE A RUA FOSSE MINHA EU MANDAVA-A LADRILHAR

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          Cada um de nós tem um sítio ou um lugar que dizemos ser nosso.    Nas cidades, vilas e aldeias por onde nos orientamos para encontrar a casa de uma pessoa amiga que nos convidou para almoçar? Ou como é que o carteiro se orienta, sem se enganar, quando anda a fazer a entrega daquela encomenda que eu tanto aguardo que me seja entregue? E como é que vêm parar à minha morada os vales da minha reforma?    Já sei que as respostas podem ser variadas e com certeza todas certas e até estão a pensar que basta ligar o GPS e seguir as instruções que nos são dadas. Pois é, isso facilita quando o mensageiro ou o aparelho guiado por satélite possuem a informação certa e actualizada, ou seja, a identificação do caminho até chegar ao destino. O nome do lugar, do sítio é por isso importante para cada um de nós. Eu sou do Carvalhão, foi o sítio onde eu nasci e vivi a minha infância. Outros são da Moita, outros do Cabeço, outros da Ladeirinha e por aí adiante. Ser de um lugar é ama

A MINHA RUA

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Durante muitos anos o mundo para mim acabava no Sabugal. Fui crescendo e descobri que se queria continuar os estudos tinha que descobrir outro mundo. Esqueci a minha rua e parti à procura do outro mundo. E de facto encontrei outro Mundo. O outro Mundo é tão grande que me perdi nele e  nunca mais vivi na minha rua. Mas sinto saudades da minha rua. É que a minha rua não era só o chão de terra batida, o muro de pedra, os três enormes carvalhos e as casas em volta. A minha rua era muito mais do que isso. Hoje já não vive lá o carpinteiro que fazia os carros de vacas, as grades para alisar a terra e as janelas de madeira para as casas. Os sapatos deixaram de ser arranjados pelo Ti Quim e também já não vai com a sua mulher, a Ti Rosa, levar o centeio e o trigo ao moinho de água. Hoje, não há moleiros e os moinhos jazem na água da barragem. Hoje a minha rua já não é a mesma, até o nome lhe tiraram. Eu conhecia-a por Rua do Carvalhão e os três carvalhos serviam de testemunho. Agora, di

UMA HORTA ORIGINAL

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Dizem, que a população de Várzea de Meruge, freguesia do concelho de Seia, há tempos atrás, cansada de tanto pedir ao senhor presidente da Junta de Freguesia, para reparar o piso da rua e já fartos de meter o pé na poça, tiveram esta ideia luminosa para chamar a atenção:plantar couves nos buracos...e parece que não são assim tão poucos...talvez alguém desse conta... Agradeço as fotos ao seu autor, João Tilly, em www.fotopages.com . O meu comentário: Estou a lembrar-me das obras da estrada de Malcata. Tenho informações de que não têm lá andado a trabalhar. Segundo as minhas "fontes" os homens deixaram de andar por lá. Será que o empreiteiro também foi com as máquinas e os trabalhadores para o Líbano? É que, como sabem, as obras de outra estrada que está a ser construida pela Câmara do Sabugal estão quase paradas porque...o exército(Regimento de Espinho) teve necessidade de enviar as máquinas para aquele país...mais importante e mais urgente do que o nosso concelho... Que tal