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24.9.23

MALCATA: AS TARDES DOS DOMINGOS



                                                            
  
    Lembro-me do tempo em que havia baile aos domingos. De manhã o povo ia rezar a missa e depois do jantar (almoço) os rapazes iam aparecendo ao Rossio. As moças ficavam por casa a acabar de lavar os pratos e panelas, a varrer a cozinha e sempre com os ouvidos atentos para ouvir a concertina do Carlos Coelho ou do Fernando Cego (era invisual e daí esta alcunha) anunciando que ia haver baile.
   Missa, jogo de cartas e baile eram as três coisas mais importantes que se faziam aos domingos à tarde na nossa aldeia. O Rossio e os namoros no baile ao som da concertina aconteciam à vista de toda a gente, em especial à vista das famílias dos dançantes. O baile era um momento romântico, aceitado pelas mães das raparigas como uma prova de carinho, de respeito, mesmo que o par controlasse os sentimentos e um aperto ou um beijo, o par continuava a sua dança.
   Algumas vezes havia rapazes a quem as raparigas respondiam que não queriam dançar com eles. Às vezes o rapaz ficava envergonhado pela recusa retirava-se e os amigos faziam mangação dele porque tinha acabado de levar uma “tampa”. E nalguns casos,
acabavam em zaragata, com murros e empurrões, copos e garrafas partidas em cabeças, alguns pontapés e a certa altura os agressores desapareciam para nunca mais serem vistos no baile daquele domingo.
   Vale a pena voltar a lembrar as tardes do domingo na aldeia, se vale!

                                                                 José Nunes Martins



31.1.23

A SALA DE VISITAS DE MALCATA ANDA ESQUECIDA?

 



   Todas as aldeias têm a sua sala de visitas. Na nossa aldeia todos reconhecem a Praça do Rossio como a “sala de visitas” da freguesia. Este largo é também chamado de “Torrinha”. Mas a placa toponímica que está colocada na Torre do Relógio, desde 1959, diz-nos que o lugar foi baptizado com o nome de “Praça do Rossio”.
   Recordo-me que há uns anos atrás, esteve afixado no quadro de informações da Junta de Freguesia, que ainda hoje existe no interior da paragem dos autocarros, mesmo ao lado da torre, um projecto de requalificação da Praça do Rossio ( Torrinha e Rossio). No desenho percebia-se a ideia do desenhador que a então Junta de Freguesia convidou a elaborar o projecto. Esteve lá durante algum tempo e também foi tema de conversas e de opiniões diversas. A verdade, aquele desenho não passou de uma ideia que a autarquia nunca mais voltou a retomar. 
   A Praça do Rossio, sendo ainda o centro da nossa aldeia, por muitos chamada a “sala de visitas”, precisa de uma imagem mais bonita e fresca. O cenário actual mais parece um deserto de cubos de granito, tristes e sujos, sem beleza quando não há festas. Era bom que a Junta de Freguesia olhasse para esta praça e transformá-la numa sala de visitas mais acolhedora.

                                                     José Nunes Martins




 


5.8.22

DE MALCATA PARA O MUNDO

Desde 1959 a dar horas


Ponto de encontro
entre residentes, emigrantes, 
imigrantes e turistas, amigos, a Praça do Rossio localizada na zona central da freguesia, é o ponto de passagem e paragem obrigatória para quem chega a Malcata.

 





                                                                                                   

24.10.21

OS ESPAÇOS PÚBLICOS NA ALDEIA DE MALCATA

 

  

Muitas vezes é assim!
                          

                                                           MAIS LIMPEZA É PRECISA

   A Praça do Rossio, que é composta pelo Rossio e Largo da Torrinha, é a “sala de visitas” da nossa freguesia, espaço de que muitos nos orgulhamos.
   Pena é que nem sempre o aspecto do espaço se apresenta nas melhores condições. Já é tempo de olharmos com mais cuidado e atenção e por exemplo, já era tempo de se retirarem definitivamente os contentores metálicos onde se deposita o lixo doméstico e outros objectos de maior dimensão ali encostados à parede ou ao próprio contentor. Muitas vezes o chão do Rossio está inundado de lixos diversos, a sua maioria empurrada pelos ventos. Também o abrigo da paragem dos transportes públicos se apresenta muitas vezes num abrigo de aranhas e outros lixos que o vento e as pessoas para ali empurram.
   É deveras desolador, pelo menos para os que apreciam a nossa aldeia, o aspecto que nos oferece esta praça, pela falta de limpeza e aprimoramento. Impõe-se que os habitantes da nossa aldeia, exijam da autarquia e de cada cidadão, um pouco mais de brio e que aquele amor à freguesia os leve a verificar que o desleixo e o abandono dos espaços públicos em nada contribuem para o bom nome da terra.
   Exige-se o bom nome da aldeia e dos espaços públicos.
                                                    José Nunes Martins

     Este foi o cenário que encontrei no interior da paragem das camionetas que está na Praça do Rossio ( Torrinha ). Perante aquilo que se observa, lá se arranjam formas de afixar informação oficial da autarquia sem perturbar quem ali faz de lar!


                                     Fotos de Josnumar, a 8 de Setembro de 2021
Nota:  Caso alguma pessoa se sinta ofendida ou que esta "achega" é dirigida para ela
            ou qualquer outra, é pura coincidência, pois limitei-me a fotografar e a escrever 
            sobre o que observei e que é necessário dar uma solução melhor. Se isso acontecer, ganha a freguesia e ganham os residentes na nossa aldeia e agrada a quem nos vem visitar e deseja ter vontade de repetir.
                                                                          Josnumar
                                                                ( José Nunes Martins)




8.8.17

A IMPORTÂNCIA DA PRAÇA DO ROSSIO EM MALCATA

   


   Este ano a Junta de Freguesia organiza a IV Feira de Artesanato e Sabores de Malcata, que será nos próximos dias 9 e 10 de Agosto, no antigo Quartel da Guarda Fiscal, na Rua do Cabeço. Tal como tem acontecido nos anos anteriores, também este ano haverá animação com música e teatro. São dois dias, ou melhor dizendo, são duas noites em que os artesãos de Malcata e outros que vêm de fora, têm oportunidade de mostrar e comercializar os seus produtos.
   Ainda bem que a feira de artesanato tem continuação. É uma actividade que causa interesse por toda a aldeia e os artesãos ganham vontade de mostrar os seus trabalhos ao público que os quer conhecer, observar nos seus afazeres e sempre compram algo que lhes interesse.
   Nas últimas edições estive presente e andei um pouco atento ao desenrolar do certame, tentando analisar os prós e os contras da feira, ou seja, as causas e os efeitos provocados.
   Ao ler o cartaz desta IV Feira de Artesanato e Sabores de Malcata, depois de fazer umas contas de somar e subtrair, conclui que são quatro horas por dia, num total de 12 horas, durante o qual funciona a feira. Tendo em atenção que os visitantes da feira também querem ver e aplaudir os artistas convidados e estes vão actuar nos dois dias, restam 5 horas de verdadeira feira de artesanato, pois no primeiro dia teremos um grupo e no último dia para além da música popular, vamos ver e ouvir uma peça de teatro. Ou seja, a feira abre das 20:00 às 0:00, com uns intervalos pelo meio ficam umas 5 horas de feira.
   Agora vamos pensar um pouco sobre a escolha do local para a realização desta feira. Para tal temos que recuar no tempo e regressar aos anos de 2001 e 2013. Se bem se lembram, em 2011 a Assembleia Municipal do Sabugal na reunião realizada a 29 de Abril desse mesmo ano, declarou que o Quartel da Guarda Fiscal em Malcata, era de Interesse Público. Na mesma reunião, o presidente da Junta de Freguesia, Vítor Manuel Fernandes, deu a conhecer uma candidatura ao programa de financiamento PRODER para a recuperação do edifício e adaptá-lo com as condições para exposição de produtos locais, servir de local de apoio aos diversos desportistas que apareçam por Malcata, podendo funcionar como balneário e de espaço para guardar as tralhas dos desportistas e/ou turistas. O projecto incluía também uma sala para exposição de produtos locais, provas gastronómicas e até algumas refeições ligeiras. O projecto da obra foi enviado para os serviços técnicos da Câmara e foi aprovado.
    Desde que foi inaugurado, tem sido utilizado para a actividade “Mãos na Massa” e no seu interior permanece uma exposição de artesanato e alguns quadros da actividade “Pintar Malcata” e é neste espaço que tem decorrido a feira de artesanato. Nesta obra de recuperação, que diga-se, veio dar uma nova cara ao edifício e foi uma valorização patrimonial para a aldeia. A obra custou 80.186,92 € e teve apoios do PRODER. Pergunto se alguma vez foi usado por turistas ou desportistas, se o espaço serviu para alguma actividade cultural, divulgação da nossa gastronomia, etc. (para além da feira anual de artesanato, claro).
   Sabem, fico surpreendido pela atitude tão despreocupada da população em relação ao papel que o antigo quartel tem desempenhado. Com as obras ali realizadas, com a falta de instalações com condições dignas, dói-me a alma não ver aquele edifício mais vezes de portas abertas à comunidade e aos artistas de todas as artes e saberes.
   Atrevo-me a perguntar ao povo de Malcata se pensam que o antigo quartel é o melhor e o mais funcional local para a realização das feiras de artesanato, em detrimento, por exemplo, da Praça do Rossio. Aqui há espaço para o palco, para instalar as barraquinhas, para integrar o Forno Comunitário no espírito da própria feira, sendo uma excelente oportunidade para dar a conhecer o “pão” da nossa aldeia, o bar da festa aberto, mais facilidade de acesso a todos, o próprio ambiente parece-me mais acolhedor e menos frio que lá para o Cabeço.
   É importante ter consciência do que se vai passando na aldeia. A obra do quartel está acabada e ponto final, dirão alguns de vós. Mas essa não é a minha opinião, pois soube da obra e algumas informações do fim a que se destinavam para os tempos vindouros. Lembro que a obra foi dada por concluída em 2013, ano de eleições para a Junta de Freguesia. Há quem tenha colocado um “ponto final” neste assunto. Eu prefiro substituir esse ponto final por uma pergunta: porque não preservaram a história, as memórias, o interior do quartel devidamente recuperado e dele fazer um ponto único, marcante e atractivo e honrar todos os que de uma forma ou de outra, nasceram, sobreviveram, combateram aqueles tempos do contrabando?
   É para evitar erros de planeamento, de estratégias e de debate das coisas públicas, que há necessidade de maior participação do povo na gestão da coisa pública, sejam obras novas ou de recuperação, quando implica dinheiro e recursos públicos, há que ir mais além da decisão tomada apenas nas paredes das juntas de Freguesia.
   Desenganem-se todos aqueles que não se incomodam ou aqueles que só passam palmadinhas nas costas e contra nada dizem.
   Pensem lá um pouco, um pouquinho mais que até agora, vejam lá se, unidos e juntos conseguimos transformar a aldeia de Malcata numa comunidade auto-sustentável, uma aldeia ribeirinha e de montanha.
   Acreditem que Malcata vai mudar! Está nas nossas mãos realizar esse sonho e se nós quisermos mesmo, Malcata transformar-se-á na melhor aldeia para viver uma vida com todo o sentido.
   As decisões são todas importantes. Mais digo, as minhas decisões não as podem tomar outras pessoas. Qual será a sua decisão? Viver e lutar simplesmente para sobreviver, para ter a comida que o mantenha vivo para lutar pelo amanhã, ou viver desafogadamente? A decisão é sua, é minha, é de cada um de nós. O destino é meu, é vosso e cada um pode escolhê-lo e vivê-lo. Se não fizermos a nossa escolha, corremos o perigo de viver condicionados pela escolha dos outros.
  
  






9.3.13

OS ESPAÇOS DA ALDEIA


O ESPAÇO PÚBLICO NA ALDEIA DE MALCATA


Que espaços públicos existem na aldeia?
Como é que eles se  encontram  hoje organizados e que transformações sofreram ao longo do tempo?

Qual a importância desses espaços  públicos  e a sua configuração, da sua envolvente e da sua adaptação às
novas necessidades das pessoas?

Quais as principais características que os espaços públicos devem possuir, de forma a responder eficazmente e com qualidade aos novos e futuros desafios de Malcata?

A PRAÇA DO ROSSIO

(Torrinha)



  A Praça do Rossio, também conhecida pela Torrinha, foi e ainda continua a ser o espaço público mais concorrido da aldeia. Desta praça partem, ou confluem, cinco das ruas principais da aldeia: Rua da Fonte, Rua do Carvalhão, Rua de Baixo, Rua da Ladeirinha e a Rua da Moita.



Início da Rua do Carvalhão

 Rua da Ladeirinha, ao fundo, para a direita e
Rua da Moita para a esquerda

 Rua da Fonte



Rua de Baixo



Praça do Rossio ( Torrinha )



 Fonte e tanques

 Torre do Relógio


 A Torre do Relógio

   A Praça do Rossio, sendo o espaço público com maior importância na povoação, não deve ser descurado, pois tem representado um modo de vida dos nossos conterrâneos ao longo de séculos.
   Este espaço tem funcionado como o local de festas, bailes, mostras gastronómicas, etc. E quem não se lembra dos encontros e das cartadas que se jogaram nesta praça? Este lugar ainda hoje continua a ser um lugar de encontros, de convívios. A presença da Torre do Relógio, a fonte e a água sempre fresca, os comércios do Ti Tó ( casado com a Ti Rosa ), o outro comércio, do Ti Varandas ( casado com a Ti Deolinda ), muitos anos serviu como Posto dos Correios e até de posto de "enfermagem" que muitos nunca esquecem os saberes e os dons do Ti Varandas. Também nesta praça existiu a taberna mais conhecida da aldeia e não só, onde eu em garoto, via televisão, os adultos bebiam os quartilhos ou traçados, tendo sido mais tarde, o primeiro sítio a servir café expresso, muitos chamavam "bica". Esta taberna do Ti Joaquim "Rebino" e da Ti "Benbinda" muito contribuíram para que este local fosse o centro da terra.
   Era nesta praça que os homens se encontravam. Então aos domingos, no fim das missa, todos paravam por aqui e por aqui ficavam na conversa, bebiam uns copitos e as mulheres juntavam-se nas bancas dos vendedores que apareciam por aqui com as carrinhas a vender frutas, calçado, roupas, às vezes lá aparecia um latoeiro e quem tivesse caldeiros rotos ou quisesse comprar um novo, ou comprar uma almotelia para o azeite, ou comprar uma candeia nova, era de aproveitar.
   Hoje, já não é a mesma coisa.
   E tanto mais que eu tinha para escrever sobre a praça do Rossio, a fonte, o forno do pão. É por isso inquestionável a necessidade de olhar para este espaço público e estudar a forma de manter, preservar e melhorar este mesmo local continuando como sítio de encontro de pessoas.
   Olhando para o espaço da praça, observando as construções que rodeiam o Rossio e a Torrinha, que vos parece? Está bem como está? As casas e a sua conservação contribuem para valorizar este espaço público, ou pelo contrário, está a necessitar de intervenção urgente?

 
   




5.1.10

FICA MAL NA FOTOGRAFIA


.




As casas retratadas nesta foto estão como podem observar. As portas e as janelas fechadas indicam-nos que estão desabitadas a maior parte do ano, se mesmo há muitos anos. A única porta que se vai abrindo é a porta da garagem da casa pintada de vermelho. Durante as festas da aldeia todas as comissões de festas fazem da garagem o armazém do bar que anualmente é montado aos pés da Torre do relógio.
No ano passado, a Junta de Freguesia, e bem, colocou um piso novo no Rossio.
As obras do forno já foram feitas há uns anos e o mesmo aconteceu ao antigo comércio que ali havia e está em obras de restauro a casa da esquina. Ora, esta fotografia vem chamar a atenção da urgente necessidade de embelezar mais o Rossio. Afinal, este local é a sala de visitas da aldeia. Há muitos anos que ali se realizam muitas actividades culturais, desportivas, lúdicas e tem servido para a realização dos bailes das festas de Malcata. Com esta fotografia quero alertar e denunciar esta situação.

15.6.07

O ROSSIO E A TORRINHA QUE FUTURO?

Eis o Rossio e a Torrinha de Malcata. Há anos que assim é conhecido o centro da aldeia.
Mesmo em frente ao automóvel, podemos ver o forno do povo reconstruido. Está outra vez operacional e o forno, aquecido a lenha, já voltou a cozer pão e cabrito.








Era no Rossio que se realizavam os bailes nas tardes de domingo, ao som da concertina do Fernando e do Coelho, excelentes tocadores que animavam e transformavam as tristezas em alegrias. Hoje os animadores são outros e com sons mais fortes ao ponto de todo o recinto vibrar.

Quando não havia dinheiro para o meio quartilho, ou para uma mini, a água da fonte era "perfeita, perfeita" e fazia parte das festas. Ainda hoje, as bicas não páram de jorrar água cristalina e fresca, mas mesmo fresca, perfeita para matar a sede num dia qualquer de Verão.


Olhem para os tanques que rodeiam a fonte. Está aqui o "ponto de água" para a aldeia usar contra algum incêndio que surja. Esse tanque, o que está logo à direita das bicas, nunca é esvaziado, mantendo-se sempre cheio para acudir a uma eventualidade de incêndio. Logo ao lado está outro tanque mais pequeno que serve(hoje já não tanto)para o gado matar a sede. Ainda quando a taberna do Ti Quim Rebino estava aberta, esse tanque muitas vezes servia de "frigorífico"para as minis, sumóis e laranjadas da Cristalina(Ah!Cristalina, que saudades!). E falta o tanque maior que tem servido para as pessoas regarem os campos(batatas, milho, feijão e tudo o que houvesse na horta). Ainda hoje a água roda por ruas e a Junta faz uns euritos por cada tanque utilizado.




Mais um pormenor da Torinha. Aqui começa a Rua de Baixo, que nos leva para a Rua do Cabeço,para a Igreja, para a Capela de S.Domingos(Moinho,parque de merendas) e também para o Cemitério da freguesia. Do lado esquerdo vemos a Torre do Relógio (é a nossa Torre dos Clérigos). Possui um relógio antigo, que funciona com a ajuda de dois pêndulos ( dois cilindros de granito pesadões) e de hora a hora o sino toca as badaladas correspondentes, dando também sinal às meias horas. Foi por este relógio e pelo som do seu sino que o meu avô se orientou durante 98 anos. Que eu recorde, sempre que ia a casa dos meus pais a comer, nunca chegava atrasado...nunca teve relógio de pulso. O sino da Torre foi o seu tic-tac e ele dizia-me que era de boa marca. A Torre, para além do relógio, possui mesmo no alto, um galo em cima de um globo servindo de catavento e orientador dos quatro pontos cardeais.



A imagem de baixo continua a mostrar a Torrinha e parte do Rossio. Hoje está mais amplo, pois houve a retirada de uma casa ao lado do Comércio do Ti Varandas (casa branca a meio, do lado esquerdo). Em primeiro plano vemos uma casa ainda em restauro (está quase pronta).
O Rossio, o largo dos bailaricos, do Forno, está bastante escondido com esta casa. Lamento imenso que as entidades responsáveis não tenham conseguido aproveitar a oportunidade de Malcata passar a ter uma Praça com mais encanto e mais espaço. Parece que a Junta esforçou-se por obter esse alargamento por todos desejado. Mas como se pode observar tal não aconteceu. Tenho pena que ninguém tivesse feito algo mais. A aldeia ficaria com uma praça que ia valorizar imenso esta zona e assim vai continuar a pracinha.




Mas, amigos, olhemos para o futuro. O passado foi ontem e já passou. Gostava que os malcatenses olhassem para este local e sonhassem um pouco com uma praça mais fresca, mais harmoniosa, principalmente o seu piso. Imaginem umas tílias, por exemplo, porque, sombra é coisa que não existe( sombra de árvores) quase parece a Av.dos Aliados, no Porto, temos muitos paralelos e algum cimento, fazendo companhia a uns bancos de granito. O espaço devia ter árvores e algum equipamento que tornasse o espaço mais aprazível.
Mas se a casa que já referi não foi como muitos sonhavam, olhem para as que estão ao lado da Torre do Relógio. Olhem, observem e imaginem como ficaria a praça sem essas casas e com a Torre como elemento ainda mais em destaque.
Claro está, isto sou eu a pensar e a imaginar coisas que hoje não existem. Mas é com sonhos que as coisas acontecem, se o sonhador conseguir pôr esses sonhos em prática.
Malcatenses, sonhem, sonhem, porque o sonho ainda não paga imposto, é gratuito e ninguém nos pode impedir de sonhar.
Um dia destes vou contar-vos outro sonho.