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24.10.07

RELÓGIOS ATRASAM 60 MINUTOS NO PRÓXIMO DOMINGO


No próximo domingo, dia 28 de Outubro, os portugueses às 02:00 vão ter de atrasar os seus relógios 60 minutos, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa.
Com a entrada na hora de Inverno, os relógios vão ser atrasados de 60 minutos às 02:00 da madrugada de domingo, em Portugal .
«A hora muda a nível europeu por decreto de lei sendo alterada no mesmo instante em todos os países membros»,
recordou à agência Lusa Rui Agostinho, subdirector do Observatório Astronómico de Lisboa.
A mudança da hora prende-se com a necessidade de «não haver desfasamento solar» e «não com questões económicas».
A Comunidade Europeia faz estudos regulares para escutar os pareceres de todos os países, no sentido de verificar os indicadores mais e menos benéficos da mudança de hora.
«Chegou-se à conclusão que a mudança de hora era a opção mais favorável, para as actividades económicas e para o próprio bem-estar das pessoas», referiu.
Para se chegar a esta conclusão,«verificou-se o impacto da mudança de hora nas actividades do ser humano, no Comércio, na Indústria (da grande à pequena indústria), na Agricultura e sobretudo no modo como a luz influencia a produtividade e o tempo de lazer das pessoas», justificou o responsável.
Para Rui Agostinho, as decisões desenvolvem-se em torno da necessidade «de se aproveitar o melhor possível a luz nas actividades num modo geral», uma vez que "há muitas actividades, nomeadamente a Agricultura, que dependem muito da luz solar para trabalhar".
Deste modo, para o subdirector do Observatório Astronómico, a mudança de hora «é benéfica para Portugal», porque se pode «aproveitar melhor as horas de sol», apesar de Portugal não ser dos países mais afectados pela mudança de hora, devido à existência de grande simetria entre o número de horas do dia e da noite.
No entanto, para alguns portugueses a adaptação ao novo horário é uma dura realidade.
O facto de se chegar a casa com a sensação de que é muito tarde e de que já não há luz para aproveitar o resto do dia, tráz a sensação de que o dia é menos rentável.
«É como viver um jetlag, porque há uma descoordenação de hábitos», explicou à Lusa Marta Gonçalves, médica especialista do sono. «Vai ter efeitos diferentes se a pessoa é matutina ou vespertina», acrescentou.
Os portugueses vão despertar com maior claridade, sem ter de ligar as luzes, mas regressar a casa de noite, depois de um dia de trabalho ou de escola.
«Isto é um problema sobretudo para as crianças, que se levantam muito cedo e chegam a casa de noite», confirmou Teresa Paiva, neurologista e especialista em Medicina do Sono.
No entanto, para a especialista «bastam 48 horas» para o corpo, biologicamente, se adaptar à nova realidade.
in "Destak"