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MULTIUSOS DE MALCATA: ARMAZÉM E OUTROS FINS

 



   

   Foi uma das propostas da candidatura do PSD à Assembleia de Freguesia de Malcata, nestas últimas eleições autárquicas, cujo panfleto escrito, foi divulgado nas redes socias, na manhã do penúltimo dia de campanha eleitoral por um elemento da lista.

   A proposta apresentada reza assim:
   “Construção de edifício multiusos da Freguesia   Malcata (armazenamento de equipamento e outros fins); (Já em condições para lançamento do concurso de empreitada);
  
Este anúncio, ao integrar a lista de propostas da lista vencedora, veio confirmar a intenção da junta de freguesia em avançar para a construção de um edifício destinado a servir de armazém, para nele se guardar todo o tipo de equipamentos de apoio à actividade da junta de freguesia e outros fins!
  Se se confirmar o que ouvi em Julho falar na aldeia, essa obra vai ser erguida
ali para os lados do Vazão, onde a junta de freguesia adquiriu ou está em vias de adquirir, um terreno para nele erguer o dito pavilhão multiusos.
 Caso estas informações se confirmem, quer isto dizer que o pavilhão cedido pela empresa construtora da barragem do Sabugal, irá continuar a cair aos 
pedaços, perdendo-se uma boa oportunidade de ser reabilitado e valorizado, mesmo até poupar dinheiro à freguesia. 
 É ou não verdade que aquele pavilhão serviu de refeitório para os trabalhadores ali tomarem as suas refeições?
  A área que ocupa é suficiente para ali ser armazenado muito equipamento, 
mesmo tractores e outras ferramentas. O seu piso é em cimento. Não fosse tanto desleixo e abandono consciente, ele não tinha chegado ao triste e vergonhoso estado em que se encontra. Nem se dignaram cuidar do edifício quando estava funcional.
 Quando a proposta da construção do multiusos é feita em plena campanha eleitoral, da maneira que ela foi apresentada, é de tal modo preocupante, que não deve ser aplaudida e não  deve ser aberto o lançamento do concurso da empreitada, sem antes haver uma apresentação pública da obra aos fregueses.


  A ideia de construir um armazém para a freguesia é meritória, e todos os malcatenhos concordarão que é precisa pois a freguesia ainda não tem um espaço destinado a armazém para nele guardar e cuidar dos diversos espólios que 
possui, desde máquinas, ferramentas, materiais para eventos, peças antigas que lhes são oferecidas para as conservarem e mostrar, guardar telhas velhas, pedras invulgares…etc. Esta falta de um armazém já é uma necessidade antiga e não de agora. O que a junta de freguesia andou a fazer  anos de governo não tem explicação e se ainda não tem um armazém é porque não o quis construir. 
 Então porque insisto na apresentação pública do multiusos que querem construir? 
 Porque as pessoas estão interessadas em conhecer o projecto e dar a sua opinião sobre ele, querem  também dar uma palavra, uma opinião. 
Para além de conhecer mais pormenores da obra, também é importante saber como e onde vão buscar financiamento e em que condições. 
  
  A expectativa nos malcatenhos já está elevada e para isso, bastou o anúncio da obra durante a campanha eleitoral. Mas, o que é mais importante para os malcatenhos, é que a obra honre e valorize o património público.   Uma proposta ou promessa que pode não ser concretizada, como outras promessas que também não estão cumpridas, apesar de saltitarem de mandato para mandato. 
Ou seja, olhando para o histórico recente, quem é o malcatenho que verdadeiramente acredita que a obra vai ser realizada? E quem quer  primeiro  ouvir os esclarecimentos públicos, até apresentar alguma sugestão ?
 
 Eu confesso que já apontei o problema do pavilhão da Fontacal, mas nada foi feito e mesmo depois de insistir, não consegui que fosse olhado com outros olhos.
 Agora, quando soube da proposta que vou falei acima, volto a bater na mesma 
tecla mesmo que seja chover no molhado. E aqui estou outra vez a chamar a atençãdesta proposta da junta de freguesia. Mas se avançar com a obra, corre risco de ser acusada de má gestão, falta de transparência por não ter a coragem de apresentar devidamente e atempadamente esta obra ao povo para lhe dar a oportunidade de a conhecer melhor e até enriquecer.  Ou até  arrepiar caminho e tomar outra decisão: aproveitar o que existe e com menos recursos construir o edifício que a junta de freguesia considera uma necessidade: um armazém. Porque espaços públicos para outros fins, eu conheço três e dois têm palco e luzes, ar condicionado, mobiliário, cozinha de apoio e muito espaço exterior para os que têm o vício do tabaco, jogar à petanca ou à malha. 
  Um multiusos da freguesia? Significa o quê em concreto? Um armazém com paredes e telhado, uma espécie de balcão elevado ao fundo e espaço para colocar 200 cadeiras articuladas, mas pouco confortáveis?
 
 Um edifício rectangular, mais parecido com um caixote grande, sem espaços e serviços anexos para servir de instalações de apoio, sempre que ali se realizarem eventos de "outros fins” para além da guarda das máquinas e ferramentas, dos restos de areia ou telhas?
  É para construir um multiusos, igual ou parecido ao das outras freguesias que já se adiantaram à nossa?
  Chamo a vossa atenção para esta situação:

 - A existência do pavilhão pré-fabricado à Fontacal,  a construção de paredes no seu interior e o facto de nunca ter sido utilizado;

- A informação de que está planeada a compra de um novo terreno para uma construção com funções semelhantes,  faz pensar  num potencial desperdício de recursos;

- A falta de transparência sobre o novo projeto, que supostamente está pronto a ser lançado a concurso, mas não foi divulgado adequadamente à população;

 Que atitude mais democrática e mais responsável devem os malcatenhos exigir à junta de freguesia?
  Só o facto de se esquecerem dos bens que a freguesia já possui e agora estarem a planear um gasto
de dinheiro público, havendo projectos por acabar ( sala das memórias, cabras nos baldios), abandonando e nem sequer considerar como uma solução, lamento dizê-lo, mas isso pode levantar algumas interrogações sobre a gestão dos recursos económicos da freguesia. 
  Este alerta que faço, vem no sentido de contribuir responsavelmente e de forma pacificadora e desinteressada
na defesa dos interesses da freguesia, dos seus habitantes e de todos os malcatenhos. 
  É a forma que encontro para fazer oposição, apesar da vitória avassaladora e absoluta que o PSD alcançou nas últimas eleições autárquicas, para a Assembleia de Freguesia de Malcata. 
  Malcata primeiro. 
                                                           
José Nunes Martins