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MALCATA: aldeia deste admirável mundo



   Terminou o prazo de Consulta Pública sobre o reequipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B, do qual faz parte as eólicas instaladas na freguesia de Malcata e Meimão.
   A Câmara Municipal do Sabugal e a Junta de Freguesia de Malcata, têm a obrigação legal de garantir o acesso às informações e à participação pública, envolvendo as pessoas do concelho e em particular, os habitantes da freguesia de Malcata, território onde vai decorrer a obra. Uma consulta pública desta importância, devia ser divulgada pela junta de freguesia de Malcata e até promover um encontro aberto com a população para apreciar o documento, ouvir as pessoas e até apresentar opiniões e sugestões por escrito, para serem depois enviadas para a APA (Agência Portuguesa do Ambiente).
   Eu como cidadão nascido em Malcata, estou surpreendido com o comportamento da Câmara Municipal e da nossa junta de freguesia. Na internet, os interessados podiam consultar aqui:

   https://participa.pt/pt/consulta/reequipamento-do-parque-eolico-de-penamacor-3b


 O prazo para consultar e participar foi desde 25 de Julho a 5 de Setembro deste ano. 
   

  

   Quando é que os residentes na nossa aldeia vão acordar para a realidade? Esta obra que vai ter lugar nos terrenos da freguesia e vão criar alguma movimentação anormal nas proximidades da aldeia, aumento da circulação de camiões, máquinas, gruas, mais ruído, mais pessoas e também algumas oportunidades de trabalho, de alojamento e alimentação. Durante os 21 meses que a obra vai decorrer, a aldeia do Meimão e a de Malcata vão sentir o impacto que este novo reequipamento do parque eólico vai causar. 
   O que foi feito pela junta de Freguesia de Malcata? 
   Foi proposto alguma medida para minimizar os efeitos negativos desta obra?
   Propuseram alguma contrapartida para esta nova fase do Parque Eólico? 


    

   Eu sei que a APA (Agência Portuguesa do Ambiente), como é seu dever, informou, previamente que as obras de Reequipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B, todas as entidades importantes cujas actividades se realizam nas proximidades das eólicas, nomeadamente a Câmara Municipal do Sabugal, a junta de freguesia do Meimão e a  junta de freguesia de Malcata.

   Na freguesia de Malcata o que foi feito até ontem? Foi esta consulta pública colocada ao dispor dos fregueses/malcatenhos, a fim de que pudessem conhecer, consultar, fazer sugestões sobre a obra e todas as outras coisas relacionadas? Sabe o povo da freguesia que tinha a oportunidade de marcar a sua posição, participar nos relatórios dando ideias ou reclamando do que a empresa está a propor?
   E esqueçam os protocolos já assinados e as contrapartidas já pagas. Tudo terminou em 2024, não sou eu que faço esta afirmação, é o promotor do parque. O que muitos desconhecem é que os compromissos assumidos pela Tecneira e Lestenergia, que previam o pagamento de contrapartidas à Associação Malcata Com Futuro, não foi totalmente cumprido causando enormes dificuldades ao normal funcionamento da instituição e dos seus objectivos a médio e longo prazo no que respeita aos projectos e actividades em curso. Foi um balde de água gelada que não se esperava que acontecesse.
   Hoje sabe-se que algo estranho e poderoso aconteceu durante este ano de 2025, com os aplausos e  silêncios comprometedores dos senhores do poder local autárquico. Agora entendo "a assinatura de Protocolos Adicionais com cada junta de freguesia, ao qual se soma a doação de 4 ambulâncias às 
corporações de bombeiros presentes na zona, tendo 2 delas sido já entregues durante o primeiro semestre de 2025". 
   Voltando ao assunto da Consulta Pública do Reequipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B, 
tem importância quando se dá a conhecer, quando as juntas de freguesia exercem as suas influências e o seu trabalho político baseado nos valores da democracia participativa. Neste caso concreto das eólicas em Malcata, trata-se de uma obra com grande impacto visual, económico e social que afectará a vida das pessoas daqui para a frente. 
   Era a oportunidade de propor a construção do reclamado, do tão prometido paredão de Malcata. Os resíduos que vão resultar da substituição dos aerogeradores mais antigos, a instalação de novas eólicas que vão gerar muito mais energia, muito mais lucro, obriga a empresa responsável pela obra,
a elaborar um Plano para Tratar os Resíduos de Construção e Demolição ( por exemplo, o cimento das sapatas que fixam a torre), que depois de tratados, poderiam servir para a realização do paredão. 
E se a freguesia conseguisse uma decisão favorável da utilização desses entulhos ou por outras fontes financeiras, construir a barreira/paredão, junto aos pilares da ponte, toda a freguesia beneficiaria com a requalificação da Zona de Lazer, a começar pela lagoa de água com níveis constantes de enchimento, sem haver o perigo de estarmos a invadir os espaços de segurança das estruturas da albufeira da barragem. 
   Espero com esta opinião/crítica, contribua que os malcatenhos passem a ser mais exigentes e mais participativos quando estão em causa assuntos de interesse da comunidade. Teimosamente continuamos a viver em silêncio e a pensar que cabe aos senhores e senhoras da junta e da câmara municipal a responsabilidade de dar solução a tudo, sim a tudo mesmo, até tomar ou omitir decisões que empurram as pessoas e o território para o fundo do precipício.
   Por amor à terra e às suas gentes, não deixem que Malcata seja transformada numa das mais seguras prisões do país. A nossa aldeia já não é o que foi, deixou de ser o santuário onde tudo vive bem e em paz com todos. A prisão apresenta-se tão fortificada e tão dissimulada que não é visível à vista humana, é uma prisão com paredes invisíveis e celas disfarçadas. Cada pessoa que vive na aldeia pensa que anda em liberdade e eu é que só sei criticar. Eu luto por ser livre e cultivo essa liberdade, sem nunca deixar de estar vigilante às manobras das pessoas manipuladoras. Cuidado aí pela aldeia, conversem, debatam, sorriam e trabalhem com alegria e vontade de viver livremente. 
   O vosso mundo, a nossa terra, é ainda maravilhosa. Aprendamos todos a cuidar bem dela.
   Malcata é uma aldeia deste admirável mundo.

                                                                      José Nunes Martins



EM MALCATA HÁ MAIS MÁQUINAS E MENOS VIVO!

    O Mundo rural está a mudar e mais rápido daquilo que muitos pensam. 
    Recordo-me dos meus tempos de infância e adolescência e do mundo rural que fervilhava na nossa terra. Nós, as crianças e adolescentes, não sabíamos descrever uma ida à praia e muito menos falar das sensações provocadas pela água salgada e a areia que queimava os pés. Quem sabia e vivia junto ao mar é que falava do mar, das ondas e da praia. Nós, os garotos do campo, brincávamos uns com os outros, com os animais que havia em todas as casas. Nenhum nos assustava e desde cedo que estabelecíamos  boas relações de confiança e adecto, chegando a pegar nos filhotes das cabras ao colo, ou andar a tentar ensinar a galinha a jogar à macaca...na aldeia havia galinhas e pintainhos, cabras e cabritos, vacas e vitelos, burros, ovelhas, coelhos, patos, porcos, éguas e cavalos, muitas aves e raposas, lobos, javalis...nós, as crianças, crescíamos entre o reino animal irracional mas muito útil nas tarefas do campo. Todos os rapazes e raparigas sabíamos de onde vinha o leite que bebíamos ao pequeno almoço, sabíamos como era feito o queijo e porque alguns cheiravam tão mal, mas todos gostávamos de pôr por cima da fatia de pão.  

Vaca


Agora, o mundo está diferente. Estão coisas novas a acontecer e tudo o que é velho, vira lixo e atiramos com as coisas para dentro dos contentores de "resíduos domésticos". 


Ovelhas

O mundo parece estar a dar uma volta e está muita coisa a ficar ao contrário. Hoje, os meninos e as meninas das cidades é que nascem perto dos animais. Agora são os garotos das aldeias que têm que pedir aos pais deles para os levarem até às cidades ver ao vivo o gado: as vacas, os burros, as cabras, as ovelhas, os cavalos...salvam-se as galinhas e os porcos. Não sei por quanto tempo os vão poder ver ao vivo na aldeia, as mudanças estão a suceder muito mais depressa que há uns anos atrás...



JMAL-Sabugal(Sortelha)

Aprender andar na albarda do burro foi das primeiras experiências que eu tive quando era um jovem adolescente. Os pais ensinavam os filhos a equilibrar o corpo em cima da albarda. Quem não adorava ir às cavalitas do "Preto" ou do "Russo" ? Até as raparigas gostavam!

Estão a ver como o mundo está diferente!!!!

              José Nunes Martins



É NATAL



Eu não escolhi os meus pais, muito menos o canto do mundo onde nasci. Durante a minha vida tenho amado os meus pais, a minha terra e pessoas que se vão cruzando comigo. É de novo Natal. De cada um de nós depende torná-lo, de facto e apesar de tudo, dia de Festa, Acolhedor, Partilhado, Agradecido e sobretudo, com muito Amor.
FELIZ NATAL!
Que as marcas e as boas recordações vos ajudem a enfrentar e a aceitar com coragem, disponibilidade e entusiasmo os grandes desafios do Novo Ano.
BOAS FESTAS!

2010 - ANO INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE




 “Celebrar a diversidade da vida na Terra e contrariar a perda da biodiversidade no mundo”. Na verdade, o ritmo de extinções é “alarmante”, ou seja, mil vezes o ritmo que seria natural, estima a ONU. “Esta perda é causada pelas actividades humanas e estima-se que seja agravada pelas alterações climáticas”.
“O ano 2010 será um ano de mobilização internacional em relação a este desafio global, que nos irá permitir ir mais longe nas nossas acções”, declarou Gerald Tremblay.

 Reserva Natural da Malcata

«A biodiversidade é a vida. A biodiversidade é a nossa vida», eis o mote que as Nações Unidas associam a 2010, Ano Internacional da Biodiversidade.
A ministra do Ambiente quer aproveitar 2010, Ano Internacional da Biodiversidade, para sensibilizar o cidadão comum sobre a importância da preservação das espécies na qualidade de vida de cada um.
“Não queremos que continue a ser uma preocupação de elites técnicas, queremos que desça ao cidadão porque temo-nos dado conta que mesmo técnicos de outras áreas olham para a biodiversidade com desconhecimento”, disse Dulce Pássaro. 



A ministra planeia, por isso, desenvolver várias acções de sensibilização e divulgação ao longo do ano para “levar a temática da biodiversidade ao cidadão”.

Pode ler mais aqui:

http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1415978

O NATAL NO MUNDO




   Todos os cristãos comemoram, no Natal, o nascimento de Jesus. Nem todos os países festejam o Natal da mesma maneira. E mesmo nos países, a celebração do nascimento de Jesus é celebrado de maneiras diferentes.
   Na Alemanha, por exemplo, o Natal começa logo no dia 6 de Dezembro com o aparecimento de S.Nicolau, que é uma espécie de Pai Natal, e distribui doces às crianças. Depois, no dia 24 todos os membros da família oferecem presentes entre si. Também é tradição juntar alguns amigos e vão de porta em porta cantar “à estrela”.
   O hábito de enfeitar a árvore começou na Alemanha, no século XV.
  
   Na Finlândia, o Pai Natal chega depois das 18 horas do dia 24 para oferecer presentes e as pessoas dizem Hyvaa Joulua para desejar “Feliz Natal”.
   E na Suécia, no dia 13 de Dezembro, é o dia de Santa Lúcia. A filha mais velha de cada família põe um vestido branco com uma faixa vermelha. Na cabeça coloca uma coroa com sete velas acesas. De manhã, a menina acorda a família levando à cama café e bolinhos. A partir daí começam os preparativos para o Natal: árvore enfeitada, ceia com bacalhau cozido, alpista no beiral das janelas para os passarinhos também entrarem na festa. Na Suécia, não é o Pai Natal que oferece os presentes mas um gnomo, que é uma espécie de génio que dirige a Terra.

   Na Holanda, o Pai Natal também se chama Nicolau. No dia 5 de Dezembro as crianças cantam-lhe canções e ele aparece e espalha bombons sobre um lençol. Põe os sapatinhos de madeira em cima da mesa da sala e o pai tranca as portas. Ao outro dia os sapatos estão cheios de presentes.
  
   Na África do Sul, o Natal é muito diferente. No dia 25 todos recebem os seus presentes, junto à árvore de Natal. Depois, familiares e amigos costumam reunir-se na praia ou na piscina para conviverem. É que em Dezembro, é um mês de muito sol e calor.
  
  
   E na França, dizem “Un Bon Noel” para desejar um Bom Natal. O Pai Natal desce pela chaminé para pôr os presentes na lareira. Há o costume de as fábricas de brinquedos oferecerem prendas para as crianças dos hospitais e orfanatos. Depois da ceia a família vai à Missa do Galo.
  
   E na vizinha Espanha, o Natal é muito parecido com o de Portugal. Os presentes são distribuídos no dia 6 de Janeiro, dia de Reis, pois, dizem em Espanha que foram os Reis Magos que ofereceram os presentes ao Menino e todos desejam “Feliz Navidad”.

O Natal português é influenciado por outras culturas, e um dos factos que comprova esta tendência é a substituição do Menino Jesus pelo Pai Natal na entrega dos presentes. Contudo, isto não quer dizer que as tradições natalícias portuguesas desapareceram!
 No dia 24 Dezembro, véspera de Natal, à noite, em certas partes do país tem lugar a Ceia de Natal (chamada de consoada), nesta serve-se bacalhau cozido e a doçaria cerimonial (rabanadas, sonhos, mexidos, etc.). Na Beira, mais concretamente na região da Guarda, as filhós não podem faltar na mesa. No dia 24, no final da ceia, há a Missa do Galo à meia-noite, enquanto  cá fora arde a Fogueira de Natal que a rapaziada da aldeia preparou uns dias antes. Para que as brasas durem e aqueçam os rapazes foram buscar os troncos dos velhos castanheiros, que juntamente com outros tipos de lenha como o carvalho e a giesta dificilmente o lume da fogueira se apaga, ficando toda a noite a borralhar.
   No fim da Missa do Galo, as pessoas juntam-se em volta da fogueira e cantam canções de Natal acompanhadas com as concertinas, ao mesmo tempo vão assando e comendo uma chouriças  que alguém vai trazendo. A alegria continua e mesmo com a noite fria e gelada, percorrem as ruas da aldeia de a cantar e a desejar Feliz Natal.
   Tem sido assim o Natal na aldeia de Malcata.
   Boas Festas! Feliz Natal.