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15.2.15

CONSERVAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA PAISAGEM

A agricultura tradicional continua a fazer-se em Malcata
Por: José Rei
        Professor e autor do livro "Malcata e a Serra"
“A valorização da Serra da Malcata passa pela promoção do turismo, seja na vertente mais tradicional, turismo de passagem, seja através das novas modalidades que incluem o turismo rural, de habitação e de natureza. Por exemplo, promover as actividades de ar livre (percursos peados, ou de burro, montanhismo, mas jamais provas com veículos todo o terreno, ou cross motorizados. Na serra não devem ser permitidas actividades motorizadas a fim de, nomeadamente, evitar o aumento do stress nas espécies animais protegidas, como também deve evitar a poluição do ar e a perturbação do silêncio, aspecto que nós elegemos como um ex-libris da serra da Malcata. Neste sentido, deverão os Planos Directores Municipais do Sabugal e de Penamacor, bem como o Plano de Ordenamento da Reserva Natural da Serra da Malcata prever essas interdições. Infelizmente, os dois primeiros planos em vigor não prevêem acções concretas, quer de defesa, quer de valorização da serra da Malcata. Seria bom que, nos planos directores, bem como no Plano de Ordenamento da Reserva, fossem bem objectivadas as actividades económicas e de lazer permitidas na área da serra da Malcata, como também os interditos, de forma a não haver lugar para dúvidas relativamente à sua interpretação.
   Pelo exposto, pela nossa parte, acharíamos bem que, relativamente às actividades económicas de suporte ao turismo, fossem incluídas aquelas que acima referenciámos como sendo ecológicas, de forma a garantir a biodiversidade que caracteriza ainda a serra e lhe dá importância, quer científica, quer pedagógica, quer mesmo turística.”

   Nota: A Comissão de Avaliação do Sobreequipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B ( em causa 6 novos aerogeradores ), refere na sua análise a omissão dos Planos Municipais de Penamacor e do Sabugal quanto à instalação de estruturas para produção de energia eólica. Como bem escreveu o nosso conterrâneo José Rei, ambos os Planos Municipais e o Plano de Ordenamento da Reserva Natural da Serra da Malcata, devem ser corrigidos de forma a não haver dúvidas e ficar claro as permissões e as proibições nesta área natural.

7.2.15

MALCATA É PROBLEMA COM SOLUÇÃO


Uma das coisas que o movimento cívico “Malcata Pró-Futuro” tem mostrado é a importância que tem a democracia participativa na vida dos cidadãos, em particular os malcatenhos, vivam em Malcata ou em qualquer outra terra do nosso mundo.
Os cidadãos que apoiam este movimento podem até falhar em tudo, que nada será como era até à decisão de juntos desejarem o bem de todos.
As acções levadas a cabo pelo movimento “Malcata Pró-Futuro” estão a gerar cada vez mais interesse por parte da comunicação social e por muitos cidadãos que se interessam pelos assuntos ligados ao meio ambiente, ao património natural paisagístico e às energias amigas do ambiente, nomeadamente a energia eólica.
As posições assumidas pelo movimento Malcata Pró-Futuro são em nome de um povo estão a gerar algum desconforto nos vários poderes instalados. Fico satisfeito ao ver algumas pessoas a expressar livremente as suas opiniões acerca da instalação de mais torres eólicas à volta da nossa aldeia. O povo de Malcata, com a ajuda do” Malcata Pró-Futuro” anda quase diariamente nas páginas dos jornais diários e nas televisões. Por vezes, é só uma frase em rodapé num canal de televisão e isso ficará gravado na história de Malcata.
Como podem acusar o povo de Malcata de “radical, fundamentalista, demagogo” ? Sim, foi desta forma que o senhor presidente respondeu a uma pergunta que o povo de Malcata lhe enviou, através do movimento “Malcata Pró-Futuro”, a quem o povo o legitimou para defender o património natural e paisagístico existente na nossa terra. A floresta e a paisagem natural é o principal activo de Malcata. A paisagem natural, com a Serra da Malcata como bandeira, é o nosso “petróleo” verde que ao longo de séculos nos tem mantido vivos. E nestes últimos tempos a paisagem, de natural e verde, está a transformar-se numa Zona Industrial em plena montanha, pois é nisto que o Parque Eólico se está a transformar.
Um povo que luta contra a degradação da paisagem e da floresta, que luta pela preservação do seu património natural e paisagístico, que luta pela sua saúde e bem-estar, sendo um povo cuja população é maioritariamente idosa e sem forças para contrariar os poderosos que, encostados a um Estado que lhes tem garantido negócios lucrativos, como é o caso da energia eólica, cujas empresas não olham às consequências devastadoras que a longo prazo vão cair sobre um povo humilde, trabalhador e que por demasiadas vezes acreditou nas promessas de melhor vida e mais dinheiro, quem pensa que é um povo radical, fundamentalista e demagogo, não merece estar onde está. Quando o poder local, tendo o poder de aprovar ou reprovar o licenciamento das obras no território sob sua jurisdição, não se sente preocupado com os impactos negativos que mais seis torres eólicas vão ter sobre um povo, ignora que é um problema cuja solução também está nas suas mãos e que satisfaça todas as partes, a conclusão que podemos tirar é que primeiro está o dinheiro e depois as pessoas.

3.1.15

A IMPORTÂNCIA DA PAISAGEM QUE RODEIA MALCATA

Parque Eólico

O movimento Malcata Pró-Futuro defende o ambiente e a paisagem que rodeia a aldeia de Malcata.E cada vez mais nos damos conta que outros também defenderam e defendem o mesmo.
Eis um "recorte" de um estudo elaborado em 2013 e publicado na Revista Crítica de Ciências Sociais:

Ambiente, paisagem, património e economia:
Os conflitos em torno de parques  eólicos  em Portugal

Referência eletrônica
Ana Delicado, Luís Silva, Luís Junqueira, Ana Horta, Susana Fonseca e Mónica Truninger, « Ambiente, paisagem,
património e economia: Os conflitos em torno de parques eólicos em Portugal », Revista Crítica de Ciências
Sociais [Online], 100 | 2013, colocado online no dia 28 Outubro 2013, criado a 30 Outubro 2013. URL : http://
rccs.revues.org/5198 ; DOI : 10.4000/rccs.5198
Editor: Centro de Estudos Sociais
http://rccs.revues.org
http://www.revues.org
Documento acessível online em: http://rccs.revues.org/5198
Este documento é o fac-símile da edição em papel.
© CES
“Nos últimos anos temse assistido em Portugal ao crescimento exponencial do número de parques eólicos, respondendo as pressões  politicas e económicas para atingir metas ambiciosas no que concerne a produção de energia através de fontes renováveis.
A nível geral, este desenvolvimento temse pautado por discursos consensuais – mitigação das alterações climáticas, diminuição da dependência energética face ao exterior –, mas ao nível local e situado os conflitos tornamse visíveis (destruição visual da paisagem, impactes nocivos nos ecossistemas rurais, nas actividades turísticas, na saúde).
Não obstante os reflexos positivos associados aos parques eólicos, tendencialmente ligados a benefícios no combate às alterações climáticas, à redução da poluição, à diminuição da dependência energética de Portugal em relação ao exterior e aos proveitos económicos daí decorrentes, o aumento significativo do número e dimensão das infra-estruturas necessárias ao aproveitamento da energia eólica não passou despercebido. Controvérsias em torno das modificações introduzidas na paisagem, o seu impacte nas espécies naturais, nas actividades turísticas e até sobre a saúde, associadas a uma progressiva cobertura mediática com um forte enfoque nos custos associados à produção de energias renováveis (nomeadamente no peso que tal implica no custo mensal da eletricidade), contrabalançam o pendor aparentemente positivo do discurso em torno do tema.

Enquadramento teórico


   As questões energéticas constituem um desafio ambiental urgente. A ameaça
das alterações climáticas e a escassez de fontes de energia convencional têm
levado os países a investir crescentemente em fontes de energia alternativas
e renováveis. Ao contrário de outras tecnologias de produção energética
(como a nuclear ou os combustíveis fósseis, mas também os biocombustíveis
e as barragens), a energia solar e a energia eólica são geralmente percepcionadas como “limpas”, “verdes” ou “amigas do ambiente”, uma extensão de tecnologias tradicionais como os moinhos de vento (Nadaï e Van der Horst, 2010).
   E, no entanto, este é um domínio onde também têm surgido controvérsias
(no sentido de desacordo entre vários atores sociais, eminentemente
discursivo) e mesmo conflitos, designadamente movimentos de resistência
à implantação de parques eólicos em determinada localização, encabeçados
geralmente  por residentes, autoridades locais ou organizações não
governamentais  (de ambiente, de defesa do património, etc.). De acordo
com  Dietz et al. (1989), a literatura sobre conflitos ambientais tende a
caracterizar estes conflitos em quatro dimensões: como um problema
de conhecimento diferencial (concepção do público como ignorante), ou de
interesses diferenciais (o que suscita questões de justiça), ou de diferença
de valores (agravada em contextos de incerteza), ou ainda de desconfiança
face ao conhecimento dos peritos (suspeitos de parcialidade). Como abaixo
se verá, são estas três últimas dimensões que estão em causa no caso dos
parques eólicos.
   Na acepção de Warren et al. (2005), a energia eólica tende a suscitar controvérsias“verde contra verde” (“green on green”), uma vez que alguns dos
argumentos em oposição se sustentam em valores ambientais contraditórios:
a defesa de fontes de energia não poluente e mitigadora das alterações
climáticas opõese à proteção da paisagem natural e dos ecossistemas. Põese aqui também um problema de escala: benefícios ambientais globais são
obtidos à conta de impactes locais (Warren et al., 2005; Nadaï e Van der Host, 2010; Haggett e Futák­Campbell, 2011; Hall et al., 2013). Isto, porém, pode também ser visto pela perspetiva inversa, quando as necessidades de desenvolvimento económico local colidem com necessidades globais de proteção da natureza (Figueiredo, 2008).
   Estão amplamente documentados casos de oposição à instalação de parques
eólicos no Reino Unido (Woods, 2003; Bell et al., 2005; DevineWright e Howes, 2010), França (Nadaï, 2007), Alemanha (Zoellner et al., 2008), Holanda (Breukers e Wolsink, 2007; Wolsink, 2007a), ou Grécia (Kaldellis, 2005). Esta resistência tem sido motivada pela preocupação com questões como o ruído
ou a poluição sonora (Woods, 2003; Toke, 2005; Hall et al., 2013), os efeitos sobre a saúde (Woods, 2003; Barry et al., 2008; Hall et al., 2013), os impactes
mas também com a percepção de que os aerogeradores arruínam as paisagens
rurais e ameaçam o património natural e cultural (Woods, 2003; Toke, 2005;
Bell et al., 2005; Zoellner et al., 2008; Cowell, 2010; Hall et al., 2013), tendo
consequências não só simbólicas mas também económicas sobre o turismo
e o valor das propriedades (Woods, 2003; Warren et al., 2005; Toke, 2005;
Barry et al., 2008; Clarke, 2009; Nadaï e Van der Horst, 2010; DevineWright
e Howes, 2010; Hall et al., 2013).”








15.5.12

MALCATA: UMA REGIÃO COM VALOR NATURAL




Com o Decreto-lei nº 294/81, de 16 de Outubro criou-se a Reserva Parcial da Serra da Malcata( . E com o Decreto-lei nº 384-B/98, de 23 de Setembro criou a ZPE ( Zona de Protecção Especial) para Aves Selvagens da “Serra da Malcata”, integrando a Rede Natura 2000.
   Em 1999, foi reclassificada e de Área Protegida passou a Reserva Natural da Serra da Malcata, através do Dec. Regulamentar nº 28/99, de 30 de Novembro, tendo sido também redefinidos os seus limites.
   A Serra da Malcata era nos anos 70/80 considerada um dos últimos refúgios naturais em Portugal de fauna e flora e também um dos habitats do Lince Ibérico, espécie em perigo de extinção. E na sequência da campanha nacional da LPN a que chamaram “Salvemos o Lince Ibérico e a Serra da Malcata” a Reserva Natural da Serra da Malcata passou a ser conhecida pelos portugueses e estrangeiros graças ao enorme trabalho de divulgação pela comunicação social. Malcata ( a serra ) deixou de ser ocupada pelas empresas de celulose e conseguiu alcançar alguma credibilidade e notoriedade. Contudo, passados mais de 20 anos, pouco se fez para preservar os valores então defendidos. A floresta tem crescido naturalmente, as casas florestais, que foram remodeladas, estão há anos abandonadas e sem utilidade nenhuma, cada vez há menos seres vivos e o Lince Ibérico desapareceu do seu espaço natural. Surgiram e em grande número as torres eólicas que ficaratem para m impunemente instaladas a escassos metros dos terrenos da reserva natural. Pela serra e pela Reserva Natural vão andando alguns vigilantes e os sapadores florestais de Malcata. Há ausência de equipas locais que abracem projectos com alma e coração, que os façam avançar. Os decretos governamentais nada valem se depois nada se fizer. O município do Sabugal como responsável por parte da Reserva Natural da Malcata, devia estar disposto a gastar dinheiro. É tempo de se perceber a importância que uma área protegida como é a Serra da Malcata, tem para o desenvolvimento local. Para a cidade do Sabugal, por exemplo, é ou não muito importante poder dizer aos seus visitantes e turistas e até aos seus habitantes, que têm ao lado uma Reserva Natural?
    Até que ponto a natureza pode ser importante para o desenvolvimento local?
    O que é que o Sabugal, como concelho, lucra com a Reserva Natural da Serra da Malcata?
    E a aldeia de Malcata tem ou não sido beneficiada?
    Continuamos a não entender que a paisagem é fundamental para o desenvolvimento económico do concelho do Sabugal, da aldeia de Malcata e para o turismo da região. Aqui no Sabugal, não temos água salgado do Atlântico, mas temos capeias únicas, castelos, muralhas, construções medievais, vestígios judaicos, floresta, rio Côa, muitas aves e repteis, para além de pessoas íntegras, humildes e trabalhadoras.
    Esta semana a senhora ministra do Ambiente defendeu a reintrodução do Lince Ibérico em Portugal e dizia que isso podia atrair pessoas para as zonas desertificadas, tendo sublinhado que as regiões para onde está prevista a introdução do lince serão valorizadas economicamente.
  
 “ Se daqui a uns anos, tivermos na nossa terra o lince ibérico com uma convivência sustentável com as actividades que aqui há, vamos ter zonas muito interessantes para  serem visitadas por portugueses e estrangeiros” palavras da ministra.

    Está a implementar-se o Plano de Acção para a Conservação do Lince-Ibérico em Portugal. A Reserva Natural da Serra da Malcata tem que fazer parte activa deste plano, pois, caso contrário não se justifica a sua existência. 

22.7.11

II CAOMINHADA DO CONCELHO DO SABUGAL: MALCATA 6 AGOSTO

CÃOMINHADAS PELO CONCELHO DO SABUGAL




I CÃOMINHADA 2010-Recepcção


CÃOMINHADAS PORQUÊ?

Em pleno século XXI ainda existem muitas pessoas que olham para o cão como uma
coisa e não como um membro da família. As CÃOminhadas permitem redescobrir esse ser maravilhoso com respeito e de forma aprazível para todos/as.

As CÃOminhadas pretendem sensibilizar para :

-Declaração Universal dos Direitos do Animal.

A organização deste tipo de actividade – cuja
interacção entre a pessoa e o cão é fundamental – é alimentada e promove:
-   O respeito pelos animais;
 -  A atenção, os cuidados e a protecção dos animais;
Os bons tratos nos animais;
-   O exercício físico de animais que habitualmente estão confinados a espaços    reduzidos(casas, quintais, etc.);

 -  O conhecimento animal;
 -  O treino positivo de animais.
Caominhando pelos caminhos da Colónia Agrícola

 II CÃOMINHADA DO CONCELHO DO SABUGAL
MALCATA, 6 DE AGOSTO DE 2011


Desde o ano passado, ano em que se realizou a I Cãominhada do Concelho do Sabugal, que contou com a participação de quase uma centena de animais e pessoas, testemunharam um dia cheio de momentos especiais em contacto com a natureza pelos caminhos e estradas da Colónia Agrícola Martim Rei, proporcionados pela ADES, VetCôa e Husses.


Momentos de descanso e banhadas


Como o ano passado, este ano o percurso escolhido terá cerca de 10 Km de extensão, pelos caminhos rurais da aldeia de Malcata e ainda pela Serra da Malcata, onde o arvoredo, sombra e pontos de água onde os animais poderão beber e banharem-se, sempre com a preocupação de segurança para animais e pessoas.
   A actividade demorará a tarde de sábado, 6 de Agosto.
   O programa é constituído por: concentração e recepção aos que vão participar, segue-se o início da Sessão de Esclarecimento e então inicia-se a Cãominhada, terminando no mesmo local de partida, seguida da oferta de uma refeição ligeira e convívio.

.
O Homem e o animal em harmonia com a natureza


23.1.11

MALCATA 360º AO SOL

A aldeia de Malcata encanta qualquer pessoa que a visite. Antes de entrar no povoado a paisagem e a água da albufeira obriga a uma marcha lenta até atravessar a ponte porque é realmente de admirar o cenário natural que nos rodeia. A estrada leva-nos a passar ao lado do busto de Camões e a uma segunda paragem quando chegamos à Praça do Rossio. Nos dias de calor nada mais refrescante que a água da Fonte da Torrinha e de seguida pensar em subir a escadaria da Torre do Relógio e enquanto o sino não toca, fazemos uma volta de 360º para desfrutarmos da magnífica tela que estamos a observar. Casas de pedra de xisto, com telhados cobertos de telha portuguesa, outras pintadas de branco e os sinos do campanário da Igreja Matriz orientam o nosso olhar para a Machoca, o ponto mais alto da Serra da Malcata. Lá, entre pinheiros e outras árvores, ergue-se uma fila de eólicas que ora rodam as pás com força, ora rolam mais vagarosamente, conforme a força do vento. Sensações únicas para quem sobe a um sítio tão alto e de quem não tem pressa de subir até à Capela de S.Domingos, passando primeiro pelo moinho de água. As imagens seguintes retratam sentimentos e afectos.

  

16.6.10

AS HORTAS EM MALCATA

Hortas no Vale da Fonte


Estamos na época de cuidar das hortas. A horta não é mais do que um pedaço de terreno, quase sempre próximo das habitações, junto de água, onde as pessoas gostam de consumir os seus ócios, mas a produção é apenas para consumo familiar.

"Nos espaços reservados às hortas, os diversos tipos de culturas sucedem-se sem nenhuma interrupção, tendo-se em atenção, não propriamente a distribuição das plantas, mas a economia de espaço. Assim, o mais pequeno canto de terra é cultivado. A cultura hortícula exige muitos cuidados e, estando sujeita a colheitas constantes, por causa das suas funções alimentares quotidianas, fica situada o mais possível da habitação. Nos casais do interior da Serrai ficava, normalmente, junto à linha de água, nos solos mais húmidos e fortes, mas não muito afastada da habitação. Excepcionalmente, ocorrência ainda actual, por falta de propriedades apropriadas para a cultura hortícola, próximo do povoado, a horta era feita em terra situada até ao limite de cerca de quinze minutos de marcha. As principais culturas hortícolas são, desde há muito, o feijão, o grabanço ( grão de bico ), a ervilha, o alho, a couve, a alface, a cebola, a cenoura, o pimento, a ginja (malagueta), a abóbora, a couve portuguesa, o tomate e o morango. Acrescem ainda diversas flores ( malmequeres, despedidas de Verão, rosas, carrulos, etc.) e ervas aromáticas ( salsa, oregãos, mangericão, hortelã-pimenta e erva cidreira)", escreveu o nosso conterrâneo Dr.José Manuel Lourenço Rei, ( Zé Rei )  na sua Dissertação de Mestrado na Especialidade de Arqueologia da Paisagem e Planeamento, apresentado na Universidade do Minho(Braga) a que deu o título "O HOMEM E A SERRA DA MALCATA, Uma Relação Inscrita na Paisagem.

Posted by Picasa

18.4.10

PATRIMÓNIO DE MALCATA

DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

Em Malcata encontra este património e muito mais. As imagens falam por si mesmas. A mensagem é só uma: O património rural inserido numa paisagem cultural requere esforços de protecção e conservação. O Homem, mesmo aquele que nasce, vive e morre na aldeia, tem direito a usufruir de uma vida num meio patrimonial e ambiental harmonioso. Malcata merece.

7.4.10

TORRES EÓLICAS EM MALCATA


   "...muitos são os casos de descaracterização paisagística (existência
de pedreiras, instalação de parques eólicos, mau ordenamento das Áreas Protegidas,
desadequação arquitectónica), de delapidação dos recursos naturais, ao nível da floresta
(espécies endémicas) e da agricultura e ainda uma forte susceptibilidade a riscos

naturais, como os incêndios ou os deslizamentos de massa em vertente, muitas vezes em

consequência da desflorestação e posterior abandono agrícola. Ainda neste domínio, não

podemos deixar de referir as consequências inerentes aos territórios de baixa densidade,

tais como a degradação do tecido social e cultural, o encerramento de infraestruturas e

serviços básicos e, a médio prazo, o desaparecimento do carácter de cada lugar:
A utilização da paisagem como recurso de desenvolvimento social constitui uma


dimensão essencial. A identificação do potencial de cada lugar em função da identidade

e carácter da paisagem pressupõe um conhecimento profundo e integrado do território, a

partir do qual se pode valorizar, de modo sustentável, os recursos paisagísticos

existentes, principalmente em territórios onde pouco mais existe que a sua paisagem,

como é o caso da Raia Central Portuguesa. Um território “carregado” de história e

simbolismo, no qual a paisagem oferece um carácter bem vincado, e é por este recurso

que deve começar qualquer projecto de dinamismo, desenvolvimento, ou simplesmente

de refuncionalização. "

Copiado daqui:http://www.apdr.pt/congresso/2009/pdf/Premio%20Bartolomeu/148A.pdf

3.4.10

SORTELHA: PRECISA DE QUIXOTES

Malcata: Nova espécie de árvores

Os incêndios queimaram tudo no Verão passado. Coincidência do catano, ou mero acaso, este ano as espécies que querem lá plantar são de um caule ferroso e pintado, com uma luzinha vermelha no cume de cada uma das novas plantas. São uma espécie nova e os promotores e divulgadores desta nova floresta afirmam que vêm valorizar as áreas que, em concurso, ganharam para fazer a plantação.E o concelho do Sabugal até parece estar a apreciar este tipo de floresta. As árvores ferrosas estão a nascer por todos os montes e até a Reserva Natural da Serra da Malcata tem que aguentar e conviver com elas. Não estão plantadas na zona de reserva, mas basta atravessar o caminho para o outro lado e podemos ouvir e sentir os três ramos às voltas, às voltas porque o vento sopra e eles até se ajeitam aos seus sopros.
São umas árvores muito altas, podem atingir os 90 metros de altura, com três ramos que podem medir uns 40 metros de comprido e até produzem electricidade.
Venham vê-las a crescer. A espécie começou a aparecer nos terrenos do Meimão, invadiu Malcata, está a espalhar-se pelos Fóios, Vale de Espinho...e agora vão plantá-las em Sortelha. Sim, essa mesmo, a aldeia histórica mais portuguesa e que é património de todos. Será que a "Cabeça da Velha" continua agarrada ao chão? A idade é muita e há muito tempo que observa o que se vai passando na aldeia de Sortelha. Ouvi dizer que a velha segredou ao ouvido de alguns amigos de Sortelha e a notícia está a correr mundo. Eu já a li aqui:


Há uma paisagem a proteger e a preservar. A aldeia de Sortelha não é apenas as pedras e as rochas. A energia eólica não tem só vantagens. A energia eólica também traz muitas desvantagens. A alteração da envolvente paisagística da Aldeia Histórica de Sortelha também é um bem a preservar e a valorizar. Não à sua destruição! Assine e divulgue este grito.

4.12.09

ELES JÁ CÁ ANDAM A SUBIR


 

Eles já andam por aqui!
   Vestidos de fato vermelho e barrete na cabeça, carregam às costas um saco (vazio) e é vê-los a ensinar como se entra numa casa alheia.








Não entendo esta moda. Isto de pendurar o Pai Natal, sinceramente, se fosse criança, não era assim que queria receber as prendas de Natal.
Aqui pela cidade virou moda pendurar o Pai Natal. E se o vizinho pendura, há que pendurar um ainda maior e se possível a subir mais alto.




   Há de facto diversas maneiras de ganhar dinheiro, mesmo que para isso se aniquilem os sonhos e as fantasias das crianças.

27.7.07

OS NOVOS CONQUISTADORES CERCARAM MALCATA

EIS OS NOVOS CONQUISTADORES DAS TERRAS POR DESBRAVAR!



ENERGIAS RENOVÁVEIS, SERÃO MESMO PARA CONQUISTAR O CONSUMIDOR?


















































TODOS OS DIAS NASCE MAIS UM MOINHO DE VENTO.






































ATENÇÃO: OS MOINHOS ESTÃO INSTALADOS NA BEIRA BAIXA E MALCATA ESTÁ INSERIDA NA BEIRA ALTA! A fronteira é feita por um caminho de terra. De um lado é Beira Alta e do outro é Beira Baixa.














Eis os novos "conquistadores" do ambiente. O cerco a Malcata está a aumentar a cada dia que passa. Se no "tempo" do Cervantes os moinhos de vento fossem como estes, não havia espada nem muito menos animal que ajudasse na batalha.
Apetece perguntar aos senhores generais porque razão os moinhos são de cor branca? Porque não usaram uma tinta mais verdejante, uma pigmentação mais aaproximada da vegetação que envolve as torres, eu sei lá, um verde que disfarçasse estes monstros metálicos.