Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta património

MALCATA: AS TRADIÇÕES NA QUARESMA

Imagem
     Estamos na  Quaresma , tempo que antecede a celebração da Páscoa.    São 40 dias de jejum e penitência que os cristãos iniciam na Quarta-Feira de Cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa.    Durante a Quaresma era proibido realizar bailes e outras actividades que provocassem muito barulho, quem não respeitava estes preceitos, estava a pecar, era apontado como pecador e se não parasse, o seu destino final estava traçado, ia para o inferno ou purgatório. Para o céu estava fora de questão…    Eu ainda gostava de compreender como viviam a Quaresma antigamente. Há na nossa aldeia gente que se recorda dos costumes nesta quadra carregada de enorme paixão, dor e sofrimento. O que vos marcou mais? Têm saudades desses dias e dias de jejum, só a pão e água? Antigamente, durante a Quaresma, a minha mãe pedia para ir às cruzes, rezar as 14 Estações da Via Sacra. Para mim o ter que ouvir por 14 vezes, o mesmo rosário, numa igreja escura e iluminada só com as luzes das velas de cera,

MALCATA, QUE TE ESTÁ A ACONTECER?

Imagem
                               M 1937 - Fonte das duas bicas ( Torrinha) na aldeia de Malcata há 87 anos                                                                                    ++++++++++       Na praça principal da freguesia existe a melhor fonte de água da aldeia. É paragem obrigatória para quem visita a terra e para os que nela vivem. Durante muitos anos foi considerada a fonte dos namoros, dos encontros ao fim do dia para encher os cântaros e as bilhas de barro. O seu aspecto foi sofrendo pequenos remendos e poucos benefícios teve desde 1937 aos nossos dias de hoje. Todos os melhoramentos que ali foram feitos não trouxeram mais fama à fonte. Sim foi importante terem substituído os antigos canos por outros novos. E sim, têm sido importantes as pequenas obras na manutenção da fonte e dos tanques, assim lá se vai mantendo a coisa a funcionar. Sejamos francos e sinceros quando falarmos da fonte da Torrinha, nome que mais é conhecida dos malcatenhos. É que quando olho para es

CEGOS, SURDOS E MUDOS

Imagem
     A aldeia de Malcata à medida que cresceu as casas foram-se espalhando por cabeços, moitas, tapadas e barreirinhas? Se virmos a aldeia do alto ficamos com essa sensação. As pessoas quando se casavam, procuravam arranjar casa. Os primeiros habitantes começaram por ocupar os espaços mais próximos uns dos outros e com o crescimento do número de pessoas, as ruas começaram a ligar-se umas às outras, mantendo o nome que já lhes chamavam a esses sítios. A rua da Ladeirinha, rua da Moita, rua do Cabeço, Rua da Barreirinha, Rua da Tapadinha, Rua do Carvalhão. Todos estes nomes são os próprios topónimos pelos quais o povo os conheceu e conhece hoje? Tudo leva a crer que assim foi e manteve-se durante muitos anos.    Geralmente as igrejas das aldeias portuguesas desenvolvem-se em volta da Igreja Paroquial ou alguma capela. No caso da aldeia de Malcata isso não aconteceu e continua a não aumentar a edificação à volta da igreja Matriz, nomeadamente nos terrenos que se situam atrás da sacristia

TARDA MAS LÁ SE VAI ANDANDO

Imagem
Um ar de bem cuidar do património          A Junta de Freguesia de Malcata procedeu recentemente à limpeza e pintura da Fonte Velha. Há bastante tempo que aquele local se encontrava num estado deplorável. Tardou, mas chegou aquele embelezamento tão simples, mas que faz toda a diferença. Cumpre, assim, com o seu dever e responsabilidade de cuidar e reparar o património da freguesia. Que esta acção demonstrativa do respeito pela coisa pública, sirva de exemplo e seja o início de outras obras de valorização do património histórico e cultural da freguesia. Esperemos que, em breve, outros locais também recuperem a sua dignidade e sejam parte da harmonia da paisagem da nossa aldeia.                                                                                   José Nunes Martins

CUIDAR DO PATRIMÓNIO DE MALCATA

Imagem
Um património bem cuidado e respeitado pela Junta de Freguesia de então.              Quando é que a Junta de Freguesia olha para o património que existe na aldeia com mais cuidado e dignidade? Já nos esquecemos que este local esteve bem cuidado e as obras que a então Junta de Freguesia ali realizou e perante a situação que hoje existe, não tem termo de comparação. Olhando para as imagens não há mais nada a dizer. O que era aquele lugar e o estado em que está hoje, é mau para ser verdade, mas é assim que se encontra. Que justificação terá a Junta de Freguesia para ter esquecido a fonte velha? Há anos que aquelas paredes não são restauradas! Quando é que olham para o legado que lhes foi entregue para ser bem cuidado? Estado em que hoje se encontra dá pena. E isto já dura há tempo demais!                                                                                                                              José Martins

SE É BOM É PARA SE VER E CONHECER

Imagem
         Promessas levadas pelos ventos. Pergunto mas ninguém me diz...       O mês que muitos de nós gostamos está a acabar. Termina a época dedicada às festas populares e as aldeias vão voltar ao seu ritmo normal de vida.    A festa do mês de Agosto, no segundo domingo, é a festa grande, é a festa que a maioria dos malcatenhos gostam de marcar presença. Lembro-me da alvorada logo de manhã cedo e que me fazia saltar da cama. Chegada a banda da música, as crianças corriam até ao cimo da estrada e acompanhavam os músicos pelas ruas da aldeia e de vez enquando, desapareciam a correr tapadas abaixo e acima à procura das canas dos foguetes. Voltavam a juntar-se ao desfile da banda exibindo com cara de vencedores a molhada de canas. Terminada a volta às casas dos mordomos e à aldeia, a banda mantinha-se em descanso até à hora da procissão com os santos nos andores e seguido de missa cantada por alguns elementos da “música” e acompanhadas as vozes com alguns instrumentos musicais tocados

É PRECISO CUIDAR DO PATRIMÓNIO

Imagem
Cuidar é preciso         A fonte-velha, é em certa medida, o exemplo concreto do desmazelo e abandono a que foi votada durante os últimos executivos de Junta, antes e depois de 2017.    É certo que a água desta fonte há muito que só tem servido para regar os campos e as hortas e cada vez são menos os agricultores, mas sempre teve muita importância e como tal faz parte da história da nossa aldeia, uma memória colectiva que importa preservar.    E como diria alguém, ainda sou do tempo em que diariamente se despejava a presa e muitas famílias dali levavam a água para dar a beber aos animais da loja, porque nesse tempo ainda não havia a rede de distribuição de água ao domicílio.    Os tempo mudaram e os costumes também. Mas isso não explica o estado em que se encontra aquele lugar, pois sendo público, a autarquia tem a missão de zelar com limpeza e uma manutenção regular. É que nem sequer na altura das obras realizadas na Fonte de Mergulho, foram capazes de se interessar pelo embelezame

EM DEFESA DO PATRIMÓNIO DA FREGUESIA DE MALCATA

Imagem
Abriu-se a caixa de pandora...o monumento é património público!         Um Sim e um não                                                          Na ASA é o sítio certo                                                       As imagens também falam e revelam o que os olhares viram no dia em que cheguei à nossa aldeia.    Na Praça do Rossio ( Torrinha ), cada ano que passa aparece mais uma borrada na paisagem e no património. Quando é que isto termina? Há no ar demasiados fios e cabos, uns esticados, outros enrolados e pendurados em postes, caixa de telefone solta, placas informativas danificadas, um monumento engalanado com antenas, cabos eléctricos, uma porta que raramente abre e fecha, mas serve de painel informativo e nela são expostos avisos, cartazes de convívios, de diversos eventos e até editais oficiais das autarquias locais. Incompreensível porque ao lado, a Junta de Freguesia tem à disposição o seu quadro preparado para afixar toda a informação que pr

AS PLACAS E UM CÓDIGO QR DESLIGADO

Imagem
                                                                                             A Junta de Freguesia de Malcata instalou um conjunto de placas informativas junto aos principais edifícios da aldeia. O objectivo é servirem de orientação para as pessoas que visitam a freguesia, valorizando o património existente, pois era uma necessidade detectada há bastante tempo. Como já se devem ter apercebido, colocaram uma placa junto à porta do Forno Comunitário, ao lado da Fonte da Torrinha e da Fonte Velha, outra ali ao Calvário, na Rua da Ladeirinha, no adro da Igreja e na Capela de São Domingos, ao lado do Cruzeiro ali existente desde os tempos do padre Miguel. Em cada placa as pessoas podem ler uma breve descrição do monumento ou lugar e está disponível em quatro línguas: português, francês, inglês e espanhol. A esta breve descrição, o visitante também pode ligar à página oficial da Junta de Freguesia disponibilizada na internet. Basta que utilize o telemóvel e apontar a máqu

O EMBELEZAMENTO DUMA ALDEIA TAMBÉM SE FAZ COM PEQUENAS CONTRIBUIÇÕES

Imagem
Uma obra simples e barata mas valorativa para o embelezamento da aldeia      Sempre que venho a Malcata, gosto de percorrer as ruas para observar, conhecer e perceber algumas alterações na paisagem. Ainda vou encontrando pessoas preocupadas pela sua aldeia, pelo seu lugar e pelo respeito dos moradores no que respeita ao embelezamento da aldeia.    Hoje trago ao conhecimento de todos uma obra simples, barata e bem valorativa em termos de contribuição para o embelezamento da nossa aldeia.                                                                                                         José Nunes Martins

O ESTADO DAS COISAS

Imagem
          Parque de Merendas de São Domingos-Malcata                                                                        Ao longo dos anos venho dizendo muitas coisas sobre a nossa aldeia, o nosso concelho e, por diversas vezes, alertar para uma realidade que tem contribuído para a descaracterização da aldeia, nomeadamente no que diz respeito ao património edificado, ao património público e ao património imaterial.    Malcata, no tempo em que os emigrantes iam para França ganhar dinheiro e deixavam os filhos por causa da escola, era uma aldeia cheia de crianças e juventude. Os primeiros que abalaram e por lá andaram a trabalhar e muitas vezes a comer o pão que o diabo amassou, acabaram por regressar e aqui têm vivido os seus dias à custa da “retrete” vinda de França. O mesmo já não aconteceu com os filhos desses emigrantes. Aqueles que partiram depois dos seus pais ou aqueles que já nasceram em território francês, só no tempo das férias é que vêm a Malcata. Durante o ano a mai

A IMPORTÂNCIA DO PATRIMÓNIO EDIFICADO DE MALCATA

Imagem
     A fachada de uma casa é um pouco a imagem que o proprietário quer fazer passar a quem olha de fora. Eu penso e é apenas a minha opinião, que quando uma casa de habitação tem uma fachada bonita, optaria pela construção de muros que valorizassem e mostrassem ainda mais a fachada da minha casa. Estou a pensar na colocação de grades, vidros, pedra igual aquela com que revesti as paredes da casa e num jardim simples.    Para mim a parte frontal da casa é a principal, é aquela parte que todos vêem e que nos transmite o que podemos encontrar por dentro, ou simplesmente, aquela fachada de mau gosto que por muito dispendiosa que ela tenha sido, é apenas uma fachada.    Lembro-me de olhar para aquela casa reconstruida, sem muro de cimento pintado de branco. Gostava muito das escadas e das grades em ferro pintado naquele tom verde-escuro. Quando ali passava, aquela casa destacava-se das outras porque podia ver a beleza da pedra de xisto combinada com a pedra de granito. Agora está tu

PEDRA COM HISTÓRIAS PARA CONTAR

Imagem
      A fotografia mostra-nos uma pedra. É de granito, tem a forma de um cubo e para além de ter uma cova, que me parece não ser obra do acaso, tem nas faces um conjunto de letras que até hoje não consegui decifrar.    Pela curiosidade que me despertou, para além do sítio onde ela se encontra, esta de estar gravada e com uma cova, que pela sua configuração, tudo indica que já serviu para apoio de qualquer coisa ali encaixada e dado o peso da pedra, permitia segurar bem, por exemplo, um barrote de madeira na vertical.    Ao observar esta pedra, penso tratar-se de uma pedra com uso e desempenhou uma função de alguma importância e com certeza tem que ter história. Talvez o seu elevado peso tenha contribuído para que lá continue e ninguém lhe dê valor ou se preocupe em guardar aquele pedação de cantaria. Por isso, apelo à Junta de Freguesia o favor de recolher aquela pedra, para a preservar e protegendo-a de um possível roubo ou simplesmente ser destruída aos poucos. Uma pedra com