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29.7.16

BENDADA, A ALDEIA METIDA NA MÚSICA



Inês Andrade, directora artística do Bendada Music Festival, após
o concerto Sinais de Futuro, na Igreja Matriz de Malcata, em conversa com Joaquim Martins,
jornalista ao serviço da Rádio Altitude da Guarda.

                                

BENDADA, A ALDEIA METIDA NA MÚSICA
 Parte do conteúdo da conversa que a Altitude FM ( Rádio Altitude da Guarda ) teve com Inês Andrade, a propósito do festival de música que se realizou na sua aldeia, Bendada.




Inês Andrade:"O Festival de música da Bendada foi ganhando forma ao longo de alguns meses e apareceu. Eu venho à Bendada desde que nasci e lembro-me de a Bendada ter ainda bastante gente, especialmente no Natal, que é quando os emigrantes voltam, e é muito triste chegar à Bendada noutra altura do ano, que não é Natal ou férias de Verão, não haver ninguém, ver meia dúzia de pessoas na rua, a escola da Bendada tem 4 alunos, portanto se não se fizer nada a aldeia está mesmo condenada a desaparecer.Pois não nascem crianças e as pessoas estão a envelhecer cada vez mais. E é de facto muito triste que aconteça. A Bendada é tão bonita, toda a gente que lá vai fica fascinada, não há razão nenhuma para que as pessoas não queiram ficar mais tempo na aldeia, porque podem ter uma qualidade de vida muito muito maior que têm nas grandes cidades.Este festival é uma maneira, claro que não vai mudar tudo, mas talvez seja uma ideia que se possa continuar ou possam surgir mais ideias para começar a mostrar às pessoas que é possível viver bem no Interior do país, até fazer melhor porque há condições especiais, há sossego, há  um ambiente especial  para que se possa ouvir música e aproveitar este tipo de coisas.
Este festival mostrou que há muita gente interessada. É muito complicado vir porque não há condições de alojamento. Este ano apareceram as pessoas da aldeia a oferecer as suas casas para as pessoas poderem ficar durante a noite, para poderem vir ao festival. E já há gente interessada talvez em começar a investir e arranjar alojamento na Bendada , restaurar casas que estão a cair, para que mais gente possa vir e possa ficar aqui. O festival tem feito perceber às pessoas que vale a pena investir na Bendada e que será uma boa aposta para o futuro".

Rádio Altitude:
Inês Andrade, filha, neta, bisneta de interpretes ou criadores musicais, e já não podemos dizer que aos vinte e poucos anos de idade  esta agora residente em Boston, nos Estados Unidos, onde frequente estudos musicais superiores,  pertença ao grupo dos mais novos. É que um dos objectivos da directora do festival de música da Bendada  é também formar as crianças da aldeia  que despertam  para a tradição que se perde nos séculos.

Inês Andrade fez o Conservatório desde os dez anos  em Lisboa, licenciou-se no conservatório de música e frequentou o mestrado em performance e ensino, por duas vezes foi distinguida com a melhor aluna do ano, depois fez mestrado em piano em Nova York e agora está a concluir o doutoramento em Artes Musicais na Universidade de  Boston, Estados Unidos. Mas a Bendada continua a ser a aldeia dos Verões e dos Natais. E foi entre férias, já depois de inaugurada a Casa da Música na aldeia, impulsionou a campanha para que a sala tivesse um piano e teve-o no último Natal ".Ouçam aqui a Inês Andrade e o seu entusiasmo quando fala da sua Bendada:

15.5.11

MALCATA: FESTA DA CARQUEJA

14.4.10

CONTA-ME COMO FOI

   Eis o cavaleiro de Malcata que ouvia o sino da torre do relógio e sempre que a forneira aquecia o forno, a sua casa transformava-se num borralho.Lembram-se da foto da semana passada ( guitarra )? Para além de gostar de música, em particular de guitarra, o senhor Abílio Martins, adorava cavalos e toiros. Quem não se lembra do Ti Zé Marrão? Ele foi um criador, negociador e empresário que trazia os bois para as touradas raianas.

Ti Zé Marrão”, uma figura que marcou muito o concelho pelo entusiasmo que ele colocava no negócio que escolheu, era comerciante de vacas, cavalos e principalmente de bois que seriam toureadas nas touradas organizadas em várias parte do País.
Pois o Ti Zé Marrão, era irmão da minha avó paterna, era também o mais novo dos cinco filhos, nascidos todos em Malcata.
Casou no Meimão daí a vida dele estar muito ligada a esta aldeia, parecendo natural de lá.
Ele também fez parte desta proximidade que há entre Malcata/Meimão/Sabugal.
Era um tio de quem eu gostava e é com muito carinho que eu guardo a última fotografia que tirámos juntos, no dia do meu casamento, há 25 anos!" revelou-me
Natália Bispo.
E o escritor, Eugénio dos Santos Duarte, no seu recente livro "Baú das Memórias" escreve quando fala de touradas:

(…)”No século XIX e até aos anos 40 do século XX, no Soito, não se usava a palavra tourada, nem capeia. O que se utilizava era a expressão “correr o boi”. Essa manifestação popular era feita com apenas um touro e ocorria no mês de Setembro, uma vez que nesse mês havia menos trabalho no campo(…) (…) Para tal tratavam de arranjar um boi, que contratavam, normalmente ao Ti Zé Marrão, que era de Malcata, embora residente no Meimão, no concelho de Penamacor, e conseguia arranjar o touro bravo para se fazer a “tourada”


6.4.10

CONTEM-ME COMO FOI

  Contem-me quem foi este artista. Posso dar umas pistas: nasceu em Malcata, no silêncio da noite ouvia os movimentos dos ponteiros do relógio da torre e quando o forno cozia pão, sentia-se mais quentinho em casa. Foi negociador de gado e também gostava de cavalgar. Era mais conhecido na Raia do que o Bucho raiano. Quem estou a lembrar?

25.6.08

GENTE DO SABUGAL COM TALENTO


Foto publicada no jornal A Guarda

MANUEL MORGADO



Manuel Morgado é um dos criativos da WHO, que é nada mais nada menos do que uma das principais empresas ( agência ) de Talentos Criativos em Portugal.
Diariamente podemos ver trabalhos dos artistas que a WHO representa em jornais, revistas, campanhas de publicidade, eventos de Moda e Design, etc, etc. .

E Manuel Morgado é um desses talentos
criativos da WHO. Este criador possui o 4ºAno de Design de Comunicação e é actualmente profissional de design gráfico complementarmente à carreira de ilustrador.
Alguns trabalhos de Manuel Morgado
(Clique na foto para ampliar)

Desde 1988 que realiza exposições de pintura e ao nivel da ilustração conta também com participações em livros, jornais e edições de vários albuns de banda desenhada.
Ilustra regularmente artigos em diversas publicações como o semanário Expresso, Revista Visão, Diário Económico, Jornal de Notícias, entre outros.
Manuel Morgado é natural do Sabugal, mas apesar da ligação que tem com a raia, cedo teve que ir para Coimbra estudar e actualmente faz a sua vida profissional em Vila do Conde, onde possui uma empresa de design. Para já vai continuar pelo norte do país.
Este talentoso criador é autor dos desenhos do livro "Sabugal-Peripécias Históricas da Gente do Alto Côa", editado pela Câmara Municipal do Sabugal. O livro "Talismã" em colaboração com a Devir edições e o escritor Felipe Faria também já foi editado. No Museu do Sabugal podemos ver trabalhos com a sua assinatura. Para este sabugalense talentoso do Sabugal quando lhe pediram numa entrevista para, em seu entender, o que é que falta ao Sabugal para se tornar um concelho de referência, em termos de turismo, Manuel Morgado respondeu "vou falar na área que me sinto um pouco mais à vontade, pois não quero tornar-me em mais um que diz que está tudo mal e que assim não vai nada para a frente, mas ideias para melhorar as coisas nunca as dão.Penso que há pessoas que representam o povo que foram eleitas e vivem diariamente com os problemas do concelho mais creditadas para responder a estes assuntos mas, na minha modesta opinião, talvez falte a divulgação, informação, campanhas ou anúncios dos mais variados feitos com pés e cabeça e não feitos por alguém que se lembrou um dia, e no outro dia já não lhe liga nenhuma. Alguns velhos do Restelo podem dizer que produtos desses são caros e que não valem a pena, mas isso é completamente errado, ou porque são teimosos ou porque simplesmente não fazem a mínima ideia do que é a comunicação, no entanto a meu ver isso começa a mudar pois, noto cada vez mais, por parte dos responsáveis camarários finalmente há já algum tempo, vontade de fazer as coisas e nota-se a receptividade para enfrentar novos projectos que lhes apresentem, que sejam viáveis e que promovam um concelho de futuro, nunca esquecendo as suas raízes, claro".
( entrevista dada ao Jornal A Guarda em 27/07/2007).
O Sabugal é rico, muito rico mesmo. A riqueza do concelho está na qualidade das mentes que aqui nasceram, cresceram mais ou menos tempo e alguns cá continuam e outros por lá andam. Mas todos nós sabemos e eu sei que os outros sabem que o nosso concelho é rico. Talvez necessitemos de nos descobrir melhor e se nos deixarmos levar pela brisa da serra e os aromas silvestres, tendo o silêncio, a calma e a paz como acompanhantes, um dia o Sabugal transformar-se-á num espaço desejado por muitos.

29.11.07

MÃOS habilidosas

Estas mãos e outras como estas, são mãos que "desenmaranham"quase tudo e este vídeo serve de "sovenir" para mais tarde as pessoas saberem como se faz.