MALCATA: MEMÓRIAS ESQUECIDAS
MALCATA NAS MEMÓRIAS
PAROQUIAIS DE 1758
Todos nós temos
lugares onde nos sentimos sempre bem. São locais que já pertencem ao nosso
roteiro afectivo. Malcata, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia, Viana do
Castelo são alguns desses lugares.
Malcata, a terra onde um dia nasci,
será sempre um lugar especial. Pelas ruas e caminhos, becos e quelhas, fragas e
ribeiras, lameiros ensopados no Inverno, batatais e searas ao vento, amoras
silvestres e míscaros, tanto onde ir e ficar!
A aldeia nunca parou, mesmo quando
penso que não está a andar, há sempre movimento, vida e histórias. E como a
aldeia não é minha, é uma terra de todos que hoje vivem dentro ou lá nasceram,
viveram e ficaram para sempre.
Como todas as aldeias, também Malcata
tem uma história, com os costumes e tradições que as nossas gentes viveram e
foram passando a quem quis continuar.
Em 1758, três anos depois do grande
terramoto de 1755, sentido duramente em Lisboa e com mais ou menos gravidade,
um pouco por todo o país, a preocupação do Estado foi o de saber que estragos
aconteceram pelo reino lusitano. E toca a enviar uma série de perguntas sobre
as paróquias e povoações pedindo os dados geográficos, demográficos,
económicos, sociais, administrativos, etc. As respostas estão arquivadas na
Torre do Tombo, no Arquivo Nacional. Então, prontos para conhecer Malcata de 1758? Estas memórias começaram a ser recolhidas em 1732, foram interrompidas em 1757 por causa do terramoto de Lisboa. Em 1758 o trabalho foi retomado e em Malcata coube ao padre José D Elvas Roballo Apollinario recolher a informação e enviar.
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