SER UMA ALDEIA EXTRAORDINÁRIA

   


   O que nos distingue de outros?
   Quem está a zelar pelas nossas tradições, costumes, sabores?
   Razões e motivos que há na nossa aldeia e diferentes do que existe nas outras à nossa volta, não faltam. E tendo em conta as notícias que têm vindo desses lados, por exemplo, relativamente à criação de cabras nos baldios, as novas propostas de reorganizar a floresta, as novas portas de acesso à Reserva Natural da Serra da Malcata e o Centro Náutico nas águas da barragem, penso que a nossa freguesia poderia beneficiar com todas estas obras. Floresta de um lado, água do outro, é uma das diferenças de Malcata em relação a outras aldeias e bem aproveitado poderia extrair-se valor diferenciador.
   A Junta de Freguesia tem de mostrar maior empenho e interesse em ser parte activa em todos estes projectos. Ou se já o está a fazer, que o divulgue publicamente aos seus fregueses. É que todos estes projectos não podem beneficiar apenas a cidade do Sabugal e Penamacor. Também a nossa freguesia deve receber benefícios agora e no futuro. Estes são projectos diferenciadores e têm tudo o que potencia o desenvolvimento, criando empresas ou associações, novos empregos e assim desacelerar a saída de pessoas e promover a vinda de gente mais qualificada, mais especializada, acrescentando conhecimento técnico e mais condições de levar as coisas para a frente. E às associações da nossa aldeia está destinado um papel importante na dinamização e promoção de actividades que atraiam turistas e gente que gosta do campo. Actividades culturais, desportivas e de lazer, desde teatro, cinema, recuperação de usos e tradições através de algumas reconstituições, jornadas de campo, actividades de caça e pesca, partilha de saberes e histórias com os idosos do lar e da aldeia, são tudo importante para operar as tais diferenças entre a nossa e as outras terras. E não podemos esquecer a área do turismo, que até já se começou a dar alguns passos para oferecer algo que também temos e que são potenciais factores diferenciadores.
   Tudo isto está nas mãos de todos nós e das associações. Agora que as festas de Natal e Ano Novo acabaram, é tempo de acabar com as azias e as más disposições. As instituições e associações devem pensar em manter o que está bem e melhorar tudo aquilo que tem corrido menos bem e avançar para outros desafios, novas actividades sem receios e medos das críticas e das invejas.
   O começo de um Ano Novo é para todos uma oportunidade para fazermos perguntas a nós próprios e encontrar respostas. Já sabemos que mudar de vida faz parte das nossas intenções para todos os anos novos. Este ano em vez de pensarmos nas coisas más que ficaram para trás, desafio os malcatenhos a reflectir sobre as coisas boas que querem manter e fazer.

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