A IMPORTÂNCIA DA NOSSA CASA












O lince inspirou a mais célebre campanha de conservação da Natureza que até hoje se fez em Portugal. Apesar disso, o animal acabou por desaparecer da Serra da Malcata, não se importando em nada que lhe tenham criado, por decreto, uma reserva natural, que já lhe pertencia.

O animal não aguentou que lhe andassem a mexer no seu ninho. Nos idos anos 1960 a 1980 foram muitos os intrusos que incomodaram o sossego do bicho. A empresa de celulose, Portucel, lançou-se na plantação de pinheiros bravos, mansos e de eucaliptos e acabou por limpar aqueles matagais que existiam e que ajudavam os coelhos a viver e a esconderem-se do lince. As pessoas que vivem ao redor da serra, pelo avançar da idade e por mudanças nos seus hábitos, abandonaram a agricultura tradicional, deixando de limpar e usar a lenha da serra. Depois, apareceram aquelas doenças da mixomatose e da pneumonia hemorrágica viral, matando enormes coelhadas  e outros animais, que serviam de alimento ao lince. Para agravar um pouco mais as condições do habitat do lince vieram alguns homens de espingarda e se algum lhes aparecia na mira só pensavam em ganhar o troféu. Mas apesar da sua caça ter sido proibida a partir de 1973, não evitou o seu desaparecimento da serra.




 Lince embalsamado


O Jornal “Público” noticiou que  Caribú, um lince espanhol, foi detectado no território português, lá para os lados de Moura-Barrancos. O animal passou a fronteira e as autoridades espanholas andam a tentar capturá-lo para poderem trocar as baterias do sistema transmissor que transporta. As autoridades portuguesas e espanholas andam desde a última semana de Janeiro à procura do lince “perdido” aos encantos da nossa floresta. Caribú, com cinco anos de idade, foi libertado na área protegida de Doñana no final de 2008. Graças a um colar localizador os técnicos espanhóis têm seguido as pegadas ao longo destes anos.
   Entretanto, no passado dia 1 de Fevereiro morreu o Garfio, o “patriarca”  dos linces nascidos em cativeiro, tendo sido o primeiro macho adulto a ingressar no programa ibérico de criação em cativeiro.
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