RONDA PELA FREGUESIA DE MALCATA
Tudo o
que nasce morre, diz o ditado.
Nós às vezes esquecemos que as aldeias
também envelhecem. Estou a referir-me ao seu património, ao seu mobiliário
urbano, ao seu edificado...casas que já foram habitadas, nelas se criaram os
filhos e hoje essas habitações são um monte de pedras ou para lá caminham. Paredes
com “barrigas” que podem romper a qualquer momento, janelas sem vidros,
carvalhos e sabugueiros nascem entre as paredes, enfim, um dó de alma olhar
para aquilo.
Vesti a roupagem de um turista e dei
uma volta pela nossa aldeia. Cheguei à Fonte Velha, ali reparo na nora, uma
relíquia de antigamente, arrepio-me ao ver tanta ferrugem e tanta degradação. Olho
para as paredes e a tinta onde ela já vai. Disse para mim mesmo: “Valha-me
Santa Engrácia! Então não seria possível arranjar a nora e pintar as paredes?”
Aqui deixo o pedido, como malcatenho, a quem de direito, que devolva a beleza e
a dignidade que aquela fonte merece.
Mas as coisas não acabaram, há mais
para contar. Na Rua da Moita há muitas casas desabitadas e abandonadas à sua
sorte. Não tenho palavras para descrever o estado de abandono que vi naquela
rua. A Junta de Freguesia devia continuar a seguir o mesmo critério que já
aplicou noutras casas abandonadas ou em ruínas existentes noutras ruas. Quando
um proprietário não quer saber da casa para nada, quem olha pela segurança do transeunte
ou mesmo os residentes que por necessidade, têm que passar naquela rua? Não
basta chamar a Autoridade da Protecção Civil Municipal, estender uma fita
vermelha e branca e lavar as mãos se ocorrer um acidente!
Hoje vou ficar por aqui. As duas
situações são gritantes e merecem ser
motivo de maior atenção por parte da Junta de Freguesia, pois penso que
dinheiro e soluções existem. E há que resolvê-las para não acontecer uma
desgraça a alguém que passe no local errado e à hora errada!!!!
Josnumar
(José Nunes Martins)
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