QUEM CABRIL CONSTRÓI E CABRAS NÃO TEM...
O cabril está feito, agora faltam as cabras e pastores |
A ideia de criar
um rebanho de cabras/ovelhas para limpar a floresta já tem alguns anos e na
nossa aldeia há muito tempo que este assunto é falado.
A primeira vez que ouvi ou li sobre as
cabras bombeiras foi quando foi anunciado, aos quatro ventos, o programa “SELF
PREVENTION” que pretendia que o Distrito da Guarda recebesse rebanhos de cabras
“bombeiras” ou também baptizadas de “cabras sapadores”! Esses rebanhos seriam
levados para o monte ou os baldios para ali se desenvolver um trabalho de
limpeza de matos e contribuir dessa forma para a diminuição do número de fogos
florestais.
E a ideia estava pensada, estudada e
planeada pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Duero-Douro,
(AECT-Duero-Douro).
Qual era o plano?
Os parceiros, ou sócios da
AECT-Duero-Douro), ou seja, as pessoas da região abrangida pelo programa, as
Câmaras Municipais, as Juntas de Freguesia, cada uma destas entidades
contribuiriam para a criação dos rebanhos ou para disponibilizarem os terrenos
para alimentar o rebanho.
Para gerir o rebanho, era preciso
criar uma empresa, com uma rede de várias lojas e queijarias.
Quando este projecto surgiu era
novidade no nosso país e criou bastante entusiasmo nas regiões onde se previa
ser aplicado.
O concelho do Sabugal entrou a todo o
gás na AECT-Duero-Douro e várias foram as freguesias que entraram para
associadas. A Freguesia de Malcata, através da Junta de Freguesia, foi uma das
que aceitou entrar na sociedade. Ainda beneficiou de umas pequenas obras e
ainda incluiu uma das valências ligadas ao turismo e cultura, onde foi
representada pelo senhor Vítor Fernandes, presidente da junta de freguesia
nessa época. Ver aqui:
https://aldeiademalcata.blogspot.com/search?q=aect
http://fronteiranatural.eu/lerNot.php?cod=63&lang=es e
https://aldeiademalcata.blogspot.com/2009/12/retrospectiva-do-ano-2009.html
Hoje a Freguesia de Malcata já não integra os sócios da AECT-Duero-Douro. Abandonou a associação e não sei se alguma explicação foi transmitida ao povo e se foi assunto deliberado na Assembleia de Freguesia. O que parecia ser uma aposta segura para captar negócios e visitantes, acabou não se sabendo das razões dessa saída.
Agora que o edifício da exploração caprina e respectivo gado caprino foi aprovado e há ajudas financeiras da União Europeia, caberá à Junta de Freguesia de Malcata liderar a criação e o desenvolvimento sustentável do rebanho.
Como o vai concretizar e administrar ninguém o sabe, tudo está no segredo do executivo da freguesia. Sendo um projecto de grande importância para toda a freguesia, sugiro que os responsáveis pelo “rebanho” promovam uma audição pública, aberta a todos os fregueses para esclarecimentos, discutir formas de acção e criar maior interesse e participação da comunidade que com certeza também quererá ver o rebanho
a contribuir para o desenvolvimento económico e social da freguesia.
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