CARTA ABERTA À JUNTA DE FREGUESIA DE MALCATA
Um mês após as eleições autárquicas e depois
da tomada de posse da Junta de Freguesia, terminou formalmente, o mandato do anterior executivo.
É o fim de um ciclo e o início de um
mandato novo, com os eleitos nas eleições do passado dia 1 de Outubro.
Estar próximo dos cidadãos, tanto na
vida política, como na vida da comunidade é sem dúvida uma nobre missão.
O que eu desejo e espero da acção
deste Junta de Freguesia é que seja mais social e mais compreensiva e pouco
agarrada à política partidária.
A vida dos cidadãos é muito mais
importante e tem muito mais valor do que os circunstanciais confrontos
políticos e associativos. Como malcatenho eu aguardo que haja debates de ideias
sempre que o assunto implique a vida da comunidade, tendo sempre em conta o
sentimento dos fregueses e a vontade pessoal de cada um, de forma clara e
transparente, com responsabilidade e a realidade de respeitar as diferenças de
opinião e a forma como cada uma das partes olha para a realidade. É que ter uma
opinião diferente nem sempre é sinal de espírito mau, mas sim de olhar de forma
diferente para o mesmo assunto.
Sabemos, pelos episódios e tomadas de
posição por parte de alguns cidadãos, que nestes últimos tempos a participação
cívica activa causou alguma surpresa na aldeia. Todos e cada um dos cidadãos
têm o dever de zelar pela governação do bem público, da forma como gere e
aplica na freguesia o dinheiro do erário público.
Seria um passo bem dado pela Junta de
Freguesia se nas obras a realizar na aldeia fossem atempadamente do
conhecimento da população, evitando-se dessa forma aquele sentimento do cidadão
sentir-se ignorado e de pouca importância quanto às decisões tomadas em
reuniões de Câmara ou de Junta de Freguesia. Acrescento também a necessidade,
por parte da Junta de Freguesia, informar com mais clareza quem paga esta ou
aquela obra que se faz na freguesia, por exemplo, colocando um painel com a informação
respeitante à obra em questão, quem adjudicou a obra, se é a Câmara que paga ou
é a Junta de Freguesia; isto porque, a ausência dessa informação traz mal
entendidos e todos devem ficar a saber quem manda executar e quem paga.
É que apesar de a Câmara fazer transferências de competências e de dinheiro há
obras que não são pagas com o orçamento da Junta de Freguesia, mas sim com o
orçamento da Câmara Municipal. Ou estou errado?
Há muitos desafios para serem
alcançados e, mais importante que o cimento e o tijolo, é a construção de uma
comunidade unida, coesa e participativa na vida da aldeia.
O respeito recíproco e as boas
relações institucionais com todas as associações da nossa terra devem ser
privilegiadas, promovidas e cultivadas procurando trabalhar para o bem comum e
assim promover um ambiente saudável e melhorar a qualidade de vida de todos os
que vivem na aldeia de Malcata.
Uma relação franca e aberta, mais próxima do
cidadão é a forma de exercer a democracia e das associações poder facilitar o
dia-a-dia da junta.
Votos de um bom trabalho, aqui deixo o
meu desejo e esperança que juntos somos
mais capazes e mais fortes.
Viva Malcata!
José Nunes Martins
Nota: Esta carta foi primeiro enviada para o mail da JFM.
José Nunes Martins
Nota: Esta carta foi primeiro enviada para o mail da JFM.
Comentários
Enviar um comentário
Comentários: