SALVAGUARDAR É PRECISO
Como era a vida do campo
dos nossos pais e nossos avós?
Gostaria de vos lembrar alguns apetrechos da vida quotidiana, das ferramentas que as gentes da nossa aldeia utilizavam para fazer as tarefas agrícolas e as outras ligadas à vida rural.
Sempre se cultivou na nossa aldeia e ao longo dos séculos, tem sido a base económica da freguesia. Hoje, é praticada uma agricultura de subsistência. Cultiva-se de tudo um pouco, o suficiente para o autoconsumo doméstico. Por sempre existir tanta variedade de culturas, existem diversas ferramentas para amanhar as terras e culturas, enfim, uma inúmera diversidade de afazeres, mas que aos poucos vão deixando de se fazer e as ferramentas vão ficando encostadas a um canto, substituídos por tractores e as alfaias que os acompanham. Até o pipo e a dorna, onde se guardava o vinho novo, foram postos de lado porque as cubas de inox é que são boas.
Quando andamos pela aldeia e tropeçamos nas velhas ferramentas, antes de as cortar para o lume ou enfiá-las no caixote do lixo, a nossa obrigação é verificar se a podemos salvar. Há que olhar uns minutos para a peça ou peças e se por falta de espaço, ou porque não interessa guardar porque já não tem uso, deixo aqui um apelo para os entregar, por exemplo, à Junta de Freguesia ou a mim, quando por aí estiver. Eu terei o cuidado de guardar tudo para uma exposição permanente aberta a todos.
Para avivar a memória aqui ficam as imagens:
Arca |
Banca de protecção dos joelhos durante a lavagem da roupa no ribeiro |
Arado |
Canga |
Ancinho |
Ancinho e cesta |
José Nunes Martins
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