A VIDA QUE NÃO QUEREMOS
Estamos
todos a viver tempos de incertezas e de medos. Já não sentimos a liberdade para
planear uma viagem à terra ou visitar familiares que vivem numa região que não
a nossa. E pior, é que o Natal está à porta e corremos o sério risco de o
termos que passar dentro da casa de cada um de nós. Cada vez mais a nossa vida
está dependente das decisões dos que nos governam e hoje não sabemos se amanhã
vamos poder sair de casa. O vírus e os políticos estão a tomar conta de nós e
são eles que têm a faca e o queijo nas mãos. Nós, os cidadãos, parece que nos
contentamos com aquilo que nos querem impor e achamos que isto é tudo normal.
Na nossa aldeia, tivemos a polémica entre
dança zumba e saúde comunitária, entre facilitar e ignorar e a preocupação de
contribuir para o bem estar social e de saúde. Os fregueses, na nossa aldeia,
são pessoas que gostam de momentos alegres e divertidos, pessoas pouco dadas a
pensar e a tomar atitudes que beneficiem o bem comum e interessa mais os fins
que os meios para se alcançarem os objectivos de um determinado conjunto de
pessoas. E o que se passou de Março até hoje na nossa aldeia, foi mau, diria
mesmo mau demais para ser esquecido e empurrado para baixo do tapete. Vou
continuar a apelar a uma cidadania responsável e à capacidade das pessoas para
respeitarem todos por igual e evitar revoltas irracionais.
Este ano talvez tenhamos de alterar as
maneiras de celebrar o Natal, de combinar a matança do porco, de organizar
qualquer celebração que implique a participação de grupos de pessoas, mesmo
pertencentes à mesma família.
A cura ainda não foi encontrada e cada
pessoa é um caso único. Tudo indica que para a próxima semana saibamos o que o
Governo vai querer fazer. Preocupa-me saber que no nosso concelho, há 746 cidadãos infectados, por cada 100 mil habitantes! Quantos habitantes vivem no
nosso concelho? Contentemo-nos com 12 mil e demo-nos por felizes viver num
concelho com muito território livre de poluição e ruídos incomodativos. Querem
lançar o pânico e preocupar ainda mais as pessoas?
Termino com uma palavra, de conforto e
solidariedade, a todos os profissionais de saúde que dia a dia dão o que têm e
sabem em prol dos doentes.
Bem-haja a todos.
José Nunes Martins
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