Este ano vamos viver um Natal bem diferente. Para
mim, desde 2008, que esta época do ano é um misto de alegria e alguma tristeza
e saudade.
Na companhia da minha família, mulher
e filhas, mais um cão e um gato, porque todos os outros familiares estarão
comigo em pensamento.
A magia do Natal, apesar das
circunstâncias que o mundo vive, chegará a todos aqueles que partilham as
alegrias e as luzes dos presépios e das ruas por onde caminham.
É fundamental que se partilhe alegrias
e luzes neste Natal. Basta de covid-19 !
Muitos de nós sabemos que este ano,
por causa da pandemia, por causa da situação que se vive no nosso concelho, o
Natal não é para viver como estamos acostumados.
É importante manter a magia do
presépio no coração dos malcatenhos. Felizmente que na nossa aldeia há pessoas
dedicadas e com memória e trabalharam estes dias na construção do seu presépio
de rua. E que bonitos estão, cheios de cor, luz, musgos e figuras em barro como
sempre vimos fazer.
Estes presépios ajudam os malcatenhos
a viver num clima mais natalício e a levantar um pouco o ânimo. E quanto mais
pobre e simples for o presépio, mais a mensagem se aproxima da sua essência
principal: harmonia, paz, humildade, compreensão, numa só palavra, amor!
NOTA: Daqui envio o meu
reconhecimento e agradecimento a todos os que estão a contribuir para manter
viva a tradição desta quadra festiva. O exemplo da nossa freguesia,
nomeadamente os presépios que embelezam as ruas do Carvalhão, a Praça do Rossio
e a Rua da Tapadinha. Também as decorações que iluminam a torre do relógio e a
árvore iluminada junto à Sra. dos Caminhos.
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
LUZES E PRESÉPIOS
sábado, 5 de dezembro de 2020
BAGUNÇADA NA TOPONÍMIA DA FREGUESIA
Quem consegue ler a placa com o nome da rua
sem se habilitar a um torcicolo?
A toponímia
em Malcata está num caos, há muitos anos. Ruas sem placas toponímicas, outras
que as têm apenas numa das extremidades, outras estão tapadas por sinais de
trânsito, há placas que indicam rua e devia ser bêco sem saída. Também há números
de polícia repetidos ou domicílios sem número.
Estas são as novas placas aprovadas pela CMS
Na nossa freguesia não faz sentido a ausência, por exemplo, de placas toponímicas na Rua da Fonte, na Rua da Rasa ou chamar Rua do Soitinho a uma via sem saída, acontecendo o mesmo com a Rua do Canto!
Quanto às placas e aos critérios a ser seguidos, as placas mais antigas, têm resistido ao passar dos anos, da chuva e dos raios solares, apenas algumas necessitam de uma pincelada a tinta preta. Já o modelo que colocaram na Rua Braz Carvalhão e Rua do Cabeço, feito em plástico, basta olhar com atenção para as placas feitas com o mesmo material e método, desbotam e revelam-se pouco duráveis. Ao contrário do que acontece com as placas antigas, em pedra de mármore, estas novas placas toponímicas deixam muito a desejar.
Uma boa toponímia na nossa freguesia é indicador único de verificar o amor que as diversas juntas de freguesia tiveram pela nossa terra.
José Nunes Martins
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
POR QUEM TOCAM OS SINOS EM MALCATA?
Legenda: Os sinos da igreja de Malcata da actualidade são de origens diferentes, mas ambos provenientes de fundições com prestígio mundial, Rivera Campanas(Espanha) e Fundição do Porto(Rio Tinto).
Tenho a certeza que há em Malcata quem tenha histórias e curiosidades à volta dos sinos da nossa igreja. Que bom seria ficarem registadas para memória futura!
José Nunes Martins
sábado, 21 de novembro de 2020
QUANDO OS SINOS TOCAM EM MALCATA
Os sinos da minha aldeia continuam a ouvir-se, apesar de já não terem a importância que tinham no passado. Na nossa freguesia há os sinos da igreja e o sino da Torre do Relógio. Não se confundem os seus toques e cada um tem a sua função e quando tocam a mensagem é enviada para todos os cidadãos.
Os toques dos sinos da igreja mudam-se conforme a mensagem que se pretende transmitir. Sempre que o sino grande tocava a rebate desordenadamente, sem jeito e as badaladas soavam repetidamente sem parar, era sinal que estava a acontecer uma situação de perigo, de alguém que necessitava urgentemente de ajuda. Podia ser um fogo numa habitação, num palheiro ou numa meda de pão e o "toque a rebate" era a forma de clamar por auxílio. Nos casos de fogo, fosse lá quem estivesse aflito, todo o povo largava o que estava naquele momento a fazer e com baldes e caldeiros nas mãos, corria até ao local da tragédia e imediatamente formavam uma fila, passavam de mão em mão as vasilhas cheias de água para apagar as chamas e salvar os pertences que o fogo consumia. A prontidão e a rapidez era de tal ordem que, alguns casos de fogo, quando os bombeiros chegavam, já o povo tinha o fogo apagado ou sob controlo.
++
No que respeita a assuntos ligados à igreja e às práticas religiosas, o sacristão tinha a tarefa de tocar os sinos e chamar os fiéis para a igreja. Aos domingos, tocava três vezes antes da missa começar, no final de cada vez que tocava, o badalo do sino grande batia uma, duas ou três vezes, dando assim a conhecer aos fiéis o tempo que faltava para o padre se pusesse ao altar e começar as cerimónias religiosas. Todo o povo conhecia e entendia as badaladas dos sinos da igreja. Quando ouviam tocar as três badaladas do sino grande, era sinal que o padre estava a dirigir-se para o altar-mor e a partir desse momento quem ainda não se encontrava no interior da igreja, ia chegar atrasado e havia que despachar-se para valer a pena ir à missa.
Isto de avisar o povo, com as três badaladas, que a missa ia começar, às vezes serviam de sinal para aquelas almas desejosas das coisas do alheio, pois sabiam que estavam todos dentro da igreja e portanto, podiam entrar na propriedade alheia com mais tempo e mais à vontade...
Nos dias festivos também se tocavam os sinos e muitas vezes era dessa forma que o povo ficava a saber da cerimónia de um casamento, baptizado, funeral, etc.
A história ensinou-nos que o som dos sinos era importante e respeitado por toda a gente. Tal como hoje as mensagens do telemóvel, outrora, nos tempos em que havia dois telefones na freguesia, não havia luz eléctrica e poucos tinham relógio em casa e muito menos no bolso ou no pulso esquerdo, os sinos enviavam as mensagens de interesse público e como hoje, o cidadão depois de ouvir a mensagem, tomava a sua decisão.
Continua...
José Nunes Martins
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
A VIDA QUE NÃO QUEREMOS
Estamos
todos a viver tempos de incertezas e de medos. Já não sentimos a liberdade para
planear uma viagem à terra ou visitar familiares que vivem numa região que não
a nossa. E pior, é que o Natal está à porta e corremos o sério risco de o
termos que passar dentro da casa de cada um de nós. Cada vez mais a nossa vida
está dependente das decisões dos que nos governam e hoje não sabemos se amanhã
vamos poder sair de casa. O vírus e os políticos estão a tomar conta de nós e
são eles que têm a faca e o queijo nas mãos. Nós, os cidadãos, parece que nos
contentamos com aquilo que nos querem impor e achamos que isto é tudo normal.
Na nossa aldeia, tivemos a polémica entre
dança zumba e saúde comunitária, entre facilitar e ignorar e a preocupação de
contribuir para o bem estar social e de saúde. Os fregueses, na nossa aldeia,
são pessoas que gostam de momentos alegres e divertidos, pessoas pouco dadas a
pensar e a tomar atitudes que beneficiem o bem comum e interessa mais os fins
que os meios para se alcançarem os objectivos de um determinado conjunto de
pessoas. E o que se passou de Março até hoje na nossa aldeia, foi mau, diria
mesmo mau demais para ser esquecido e empurrado para baixo do tapete. Vou
continuar a apelar a uma cidadania responsável e à capacidade das pessoas para
respeitarem todos por igual e evitar revoltas irracionais.
Este ano talvez tenhamos de alterar as
maneiras de celebrar o Natal, de combinar a matança do porco, de organizar
qualquer celebração que implique a participação de grupos de pessoas, mesmo
pertencentes à mesma família.
A cura ainda não foi encontrada e cada
pessoa é um caso único. Tudo indica que para a próxima semana saibamos o que o
Governo vai querer fazer. Preocupa-me saber que no nosso concelho, há 746 cidadãos infectados, por cada 100 mil habitantes! Quantos habitantes vivem no
nosso concelho? Contentemo-nos com 12 mil e demo-nos por felizes viver num
concelho com muito território livre de poluição e ruídos incomodativos. Querem
lançar o pânico e preocupar ainda mais as pessoas?
Termino com uma palavra, de conforto e
solidariedade, a todos os profissionais de saúde que dia a dia dão o que têm e
sabem em prol dos doentes.
Bem-haja a todos.
José Nunes Martins
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
MALCATA: A ALDEIA DA MINHA INFÂNCIA
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Malcata antes da barragem |
Lembro-me de quando era criança, Malcata era o Mundo. Vivi até aos meus onze anos na aldeia onde havia uma escola, duas professoras que ensinavam a escrever, a ler e a fazer contas. Havia uma igreja com um campanário, três tabernas, dois comércios e duas fontes. As ruas eram estreitas, com o chão em pedras lisas e outras em terra barrenta que se transformavam em lama quando chovia no Inverno. Havia um rio (ribeira) onde cresciam trutas e barbos, moinhos que moíam o grão e moleiros que entregavam as talegas de farinha aos seus donos. Era nas suas águas que se aprendia a nadar e as mulheres lavavam as roupas sujas.
Quando era criança, na minha aldeia havia um ferrador, um albardeiro, um sapateiro que também era moleiro, um carpinteiro e um barbeiro.
Quando eu era criança as casas da aldeia eram mais pequenas, mais frias e com as paredes muito grossas e em pedra de xisto, telhados com telha de barro de um cano. Eram simples, mas cheias de vida humana e animal. As vacas, os burros e as cabras ocupavam a loja, as capoeiras tinham galinhas e ovo e de noite entravam através dum buraco para a loja, onde já havia as coelheiras. O piso por cima da loja acomodava as pessoas da família. Era a cozinha, a sala e os quartos de dormir.
Quando eu era criança a minha mãe levava-me ao médico sempre que estava a precisar. E a minha mãe, quando o médico receitava injecções, não ficava nada preocupada porque sabia que o Ti Varandas se prontificava a dá-las até acabar a caixa que o doutor receitava. A única maçada era ir à noite ao comércio e dizer à Ti Deolinda ao que ia e esperar a vez.
Quando eu era criança...
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
MALCATA: TERRA DA BOA CASTANHA
Esta é a altura do ano onde o cheiro a castanhas anda no ar pelas ruas das cidades, vilas e aldeias. Estamos no Outono, altura das castanhas e jeropiga. Adoro castanha assada e não sou fã quando são simplesmente cozidas. Existem diversas receitas em que a castanha pode fazer parte dos ingredientes. Elas são tantas que decidi reunir algumas. Não as conheço e algumas delas foram escolhidas pela sua apresentação fotográfica e o interesse visual.
Castcôa-Associação de Produtores de Castanha do Côa.
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
MALCATA: NATAL SEM PINHEIRO
Fui apanhado de surpresa pelo ruído das motoserras que naquela manhã de sábado se ouviam na freguesia. Uma pessoa amiga disse-me que estavam a cortar o pinheiro existente no jardim da junta. Também me contou que a Junta de Freguesia estava a cortar a árvore por causa dos estragos que está a causar ao “muro e aos canos da rua”.
Sou contra o abate de árvores e a favor da floresta, dos espaços verdes e das relações sensatas entre o homem e o arvoredo em geral.
O pinheiro manso começou por ser uma das árvores daquele espaço e hoje parece que se transformou num problema. Naquele tempo em que ali foi plantada, com as crianças a ajudar, todos pensaram na sombra e na beleza que a árvore iria oferecer.
Por muito boa intenção e vontade que eu possa ter, não devo plantar ou mandar plantar uma árvore em espaços públicos. Esta acção requer algum cuidado e o respeito pelas leis em vigor. É que nem todas as árvores são as adequadas para serem plantadas nos espaços urbanos, as distâncias têm regras e devem ser respeitadas para proporcionar um correcto desenvolvimento e também para evitar situações de perigo.
E o pinheiro manso é uma das árvores que não deve ser plantada sem ter os devidos cuidados.
O pinheiro em causa estava mesmo a pôr em causa a segurança das pessoas, dos moradores, do muro e dos canos?
A árvore abatida vai ser substituída?
Será que o pinheiro manso não contava para nada?
Não conhecendo bem toda a história deste pinho, como cidadão e malcatenho que se interessa pelo que acontece na nossa aldeia, vou dar a minha modesta opinião acerca deste abate que me coloca algumas perguntas às quais eu vou tentar responder.
Começo por perguntar as razões do silêncio e da falta de informação da autarquia à Assembleia de Freguesia e ao povo? É que para além dos sinais de trânsito que colocaram na rua, ninguém sabia de mais nada! Será que o povo não merece um AVISO, uma publicação nas redes sociais, espaço que a autarquia muito recorre para colocar informações relativas a acções recreativas e gastronómicas?
Aquele espaço há muito tempo que anda esquecido e tendo em conta os cuidados que a autarquia lhe tem dado, recordo-me de outra árvore que existia ao lado das escadas e teve o mesmo fim do pinheiro manso. A continuar assim, quando chegarmos a Outubro de 2021, restará a “capoeira em rede verde” porque não têm meios para retirar a pesada sapata cinzenta de cimento.
Lembro que a Junta de Freguesia tem o direito e o dever de fazer obra, obras necessárias para a freguesia. Isso não lhe dá o direito e não lhe foi passado cheque em branco para fazer tudo e mais qualquer coisa, sem ter de informar quem de direito.
Eu tive a oportunidade de registar, para memória futura, algumas imagens que ilustram o abate do pinheiro manso. Observando o tronco, verifico que estava de boa saúde, o muro não me pareceu em iminência de cair e a calçada também me pareceu normal. A árvore não estava doente e isso parece ser um facto. Estava muito crescido, com uma copa muito alta e apreciável. Então porque abatê-lo já? Eu olhava para aquele pinheiro e admirava-lhe a sua copa e a sombra que ás vezes me refrescava em dias de mais calor. Pelos vistos, outras pessoas olhavam para a mesma árvore e viam um grande estorvo.
Democracia participativa, já ouviram falar em Malcata?
José Nunes Martins
Fotos:
terça-feira, 8 de setembro de 2020
MALCATA: MAIS UM VERÃO SEM "CABRAS SAPADORAS" NA SERRA
Um cidadão comum, como é o meu caso, quando
ouve o presidente da junta informar que está aberto um concurso público para
determinada obra na freguesia, em princípio, é porque essa obra irá ser feita.
Sendo uma pessoa distraída como eu sou, outras pessoas também ficam com a ideia
que essa obra é mesmo para começar em breve, até porque já há concurso e datas
para cumprir.
Ora bem, em Junho foi anunciado na
Assembleia de Freguesia de Malcata que estava aberto o Concurso Público para a
construção das estruturas que vão receber o rebanho das “cabras sapadoras”,
a instalar na nossa freguesia.
Os prazos de apresentação para as
empresas candidatas à construção dos edifícios já terminaram, bem como a data para
a abertura das propostas recebidas e estamos em Setembro sem sabermos o
resultado final.
Durante o mês de Agosto estive na
nossa aldeia e nunca se falou desta obra. Afinal o que aconteceu ao concurso?
As obras vão começar ou não?
O mínimo que o freguês deve exigir a
uma junta é que consiga resolver aquelas tarefas mais básicas da freguesia.
Manter a comunidade informada é contribuir para o exercício de transparência, de
abertura ao esclarecimento de assuntos importantes para ambos os lados. Ao
informar esclarece e ao esclarecer diminui-se a pressão para que o cidadão deixe
de fazer perguntas à junta.
Não parece, mas o presidente de junta exerce
um cargo político e exerce as tarefas seguindo um programa político, no qual
fez o seu eleitorado acreditar.
Sabemos que em Malcata é cada vez mais
visível a falta de pessoas com coragem de criticar e pensarem na freguesia e na
qualidade e bem-estar da vida das pessoas.
Enfim, no entender de uns, Malcata
está muito bem entregue. Dou os parabéns a esse grupo de apoiantes, em especial
aos influentes de Malcata que os têm levado nos braços.
É a realidade assim e eu atrevo-me a
perguntar:
Qual o ponto da situação em que se
encontra a
“Construção
de Edifício para Exploração Pecuária” ?
Nota: Sendo uma pergunta escrita por mim, José Nunes Martins, que não é jornalista
encartado, apenas administra desde 2006, o blog “Malcata.net” e “Malcatenhos
Pelo Mundo”, seguido por muitos malcatenhos, sendo eu natural de Malcata e no
meu direito de exercício de cidadania
participativa, deixo o registo da minha posição de cidadão que se interessa
pelo que se vai passando ou não, na terra onde nasci e poder fazer perguntas às
instituições públicas, como é o caso da autarquia de Malcata. A resposta é
livre e as perguntas também. Eu pergunto e não posso ser eu a dar uma resposta
verdadeira porque não sei e não é da minha competência política!
quinta-feira, 3 de setembro de 2020
ESCREVO ESTA CARTA PARA VÓS
Esta minha incapacidade de estar calado pode ter criado alguma animosidade em relação à minha pessoa. E isso eu tenho a certeza e também tenho a certeza de que tenho a liberdade de dizer tudo. Também sei estar calado e guardar segredos. Quando diz respeito à comunidade, ao povo, eu digo sempre tudo e não preciso que me digam para o fazer. Olhem, já que tenho a fama de dizer mal de tudo, fico com a fama e o que desejo é que o povo ganhe alguma coisa com as minhas maluquices. Esta minha forma de pensar e dizer porque penso, seja através da internet ou numa conversa de rua, é porque não sou pessoa de olhar para as consequências ou do resultado daquilo que digo ou escrevo. Não me censuro a mim próprio, portanto não vou censurar os outros. Isto tem um preço alto? Sim, é claro que tem, estou disposto a pagar pela minha liberdade de pensamento.
Eu, como bem sabem, não abdico de defender as minhas ideias, até que me provem que estou errado. Acho que é importante a crítica, o elogio e o reconhecimento do que se faz e do que não se faz. Muito mais do que ficar calado e e dizer amém a tudo, mesmo que não se concorde. E ter pontos de vista diferentes é muito natural e acontece em muitas situações das nossas vidas. Até quando discutimos “bola” e depois de assistirmos a um jogo de futebol, temos pontos de vista diferentes sobre o mesmo jogador, o mesmo treinador e árbitro.
E se há quem não goste das minhas críticas, ao longo destes anos aprendi e faço questão de o fazer, é assinar os textos que escrevo. A liberdade democrática que Abril de 74 nos trouxe continua a ser uma das maiores conquistas alcançadas e ao meu dispor para defender o que acho estar correcto, apontar o que está errado, sem ter medo das consequências
E como malcatenho, o que o assumo com tudo o que isso significa, não me vou cansar de defender as minhas ideias. Em Malcata temos que procurar ser sensíveis e corajosos para corrigir os erros do passado e pensar (planear) um pouco (ou muito) antes de tomar decisões definitivas, porque é possível fazer melhor. É claro que as coisas são feitas com boa vontade, mas a nossa freguesia é do povo, não é só minha, não é só tua, pertence a todos. Esta aldeia tem história e tem tanta coisa bonita, que bem aproveitada e cuidada pode ser um verdadeiro paraíso.
José Nunes Martins