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sexta-feira, 5 de agosto de 2022
DE MALCATA PARA O MUNDO
Ponto de encontro
terça-feira, 2 de agosto de 2022
FALTA DE CADASTRO ESTÁ A AFASTAR O LINCE IBÉRICO DA MALCATA?
Só quem joga é que pode ganhar |
No nosso país, há muitos proprietários que desconhecem os
terrenos que dizem ser seus, seja por heranças recebidas ou outros meios.
É por isso importante elaborar o
cadastro por todo o país. Assim, o Governo decretou que todos os donos de
terrenos têm que fazer o cadastro. Para que o processo seja menos complicado,
mais rápido e mais aceite, criou o BUPi
(Balcão Único do Prédio). O concelho do Sabugal é já um dos municípios que
aderiu a este banco de registo.
Ontem, 1 de Agosto, em Malcata, decorreu
uma sessão de esclarecimento sobre o tema do cadastro dos terrenos. Segundo o
que consegui apurar, poucas pessoas apareceram no salão da Freguesia e sede da
ACDM, na Rua da Escola Primária.
Será que em Malcata já está feito o cadastro dos terrenos?
As pessoas não estavam ao fim do dia de ontem na freguesia?
A comunidade foi devidamente informada e sensibilizada para participar?
Agora que a reunião passou, o que se aprendeu?
Que compromissos ficaram escritos?
Que outras acções vão ter lugar?
Estou surpreendido, pela indiferença, das gentes da freguesia no que diz respeito
ao património comum e particular.
Não meus caros, assim não saímos do estado em que está a floresta e a vida de
toda a comunidade! Assim nem o lince ibérico desejará vir. Mas, quando a tragédia chegar, nem Cristo nos vai valer,
pois está fartinho de nos enviar uns avisos!
sexta-feira, 29 de julho de 2022
A LIBERDADE DE VIVER
As duas Malcatas |
Há quem pense e
persista naquela ideia de que para uma pessoa estar de boas relações com todos
e com o mundo ficar quieto e em silêncio é mesmo indispensável, ou devia ser
obrigatório. Eu felizmente não sou mudo, os meus olhos ainda veem mais ou menos
bem e também escuto razoavelmente. Então qual a razão de auto submeter-me ao
silêncio? Louvado seja Deus por me concederes o dom de pensar pela minha mente,
de ver com os dois olhos, de ainda escutar com ambos os ouvidos e também dizer
palavras em frases com sentido e mais ainda, agradeço-Te a Liberdade de
utilizar todos estes dons, porque sem eles, iria ter uma vida mais difícil.
Tenho sempre um motivo para escrever:
dar utilidade ao talento que Deus me
concedeu e viver livre, em pensamentos e palavras.
José Nunes Martins
quarta-feira, 27 de julho de 2022
QUE SONS GOSTAMOS DE OUVIR EM MALCATA ?
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Sinos com bom som |
Os sons da aldeia serão diferentes dos sons das cidades?
Os mais idosos que sons recordam mais?
Os seus netos continuam a ouvir os mesmos sons ou há alterações?
Quando eu era garoto ouvia o som do
sino da torre que repetia as horas e as meias horas, todos os dias e todas as
noites. Olhando para o mostrador podemos ver que existem uma série de números
que vão de 1 a 12; então como é que as pessoas sabiam que horas eram às tardes e às
manhãs? Sabiam, raramente se enganavam e muitos dos nossos avós e pais eram
analfabetos. Eram bem-falantes e tinham inteligência, faziam contas simples e
outras coisas do dia a dia, alguns tinham uma cabeça que metia inveja a alguns
doutores.
Outro dos sons que se ouvia no povo
eram os sinos que estavam no campanário da nossa igreja. Claro que ainda hoje
lá estão dois sinos, um maior que o outro. Tenho para mim a ideia de que o som
dos sinos da igreja já não tem o mesmo timbre, quando os ouço refugio-me
naquelas sonoridades limpas, de eco prolongado, que é completamente distinto do
que hoje se ouve. Dizem que o sino pequeno está com fissuras e isso prejudica
imenso o toque. O outro, é maior e devia ouvir-se ainda melhor e não é assim. O
seu tamanho esconde, ao que parece, a causa da sua rouquidão que a acompanha
desde que ali foi colocado.
Lembram-se dos profetas que anunciavam
a chuva? Pois claro, os amoladores que apareciam na aldeia armados em técnicos
no arranjo de varetas soltas dos guarda-chuvas, deixavam as meninas costureiras
satisfeitas e felizes porque a tesoura ficava a cortar como nova...e faziam
todo o trabalho sem gastar um escudo de electricidade, mas ao fim do dia a
perna mostrava-se cansada de tanto dar ao pedal para que a correia fizesse
rodar a pedra de amolar.
O som das galinhas, do gado na loja ou
na rua, os chocalhos e as campainhas que os lavradores penduravam ao pescoço
das cabras, das vacas e nunca vi burro ou cavalo com este tipo de albercoques.
Não tenho explicação!
Hoje os sons que se ouvem na nossa
aldeia são bem diferentes daqueles que eu me lembro de ouvir há pelo menos 50
anos atrás. Mesmo que alguns sons se pareçam e tenham ainda o mesmo
significado, continuo a ter melhores recordações dos sons que ouvia de
pequenino.
Que sons se ouvem neste Verão pelos
ares de Malcata?
José Nunes Martins
Tocar os sinos em dia de festa |
A concertina do Fernando |
Capoeira com galinhas |
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Burros, cabras, vacas... |
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Sons raros |
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Sons de concertos |
quinta-feira, 14 de julho de 2022
BEM VINDO A MALCATA
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Foto de António F. Rato |
segunda-feira, 4 de julho de 2022
ELES SABEM O QUE FAZEM, MAS O POVO NÃO!
Uma junta de
freguesia que trabalha com transparência em tudo o que faz, divulga e dá a
conhecer o que anda a fazer. Ora bem, o
historial da nossa junta de freguesia é precisamente esconder o máximo de
informação, mesmo quando se trata de assuntos do interesse dos malcatenhos.
Quantas actas das reuniões da junta de
freguesia estão publicadas na página oficial da freguesia de Malcata na
internet?
Alguma vez o executivo publicou
informação sobre as obras que vai fazer?
Já informou alguma vez o ponto da
situação da obra da construção das instalações para as cabras sapadoras?
A resposta é “não” a todas estas
perguntas. Este estado de coisas é revelador da falta de transparência que
reina na junta de freguesia. Por muito que se pergunte, ninguém dá qualquer
explicação. Em Malcata, a democracia fica terminada no dia seguinte às
eleições. Será que os malcatenhos não podem saber o que é discutido e decidido
nas reuniões da junta?
E o que se passa com a junta de
freguesia, para nossa desilusão, também se passa com as reuniões da Assembleia
de Freguesia.
Mas alguém em Malcata ou noutro canto
deste planeta se preocupa com merdices destas? Gostam de viver numa aldeia que
é governada como se de uma república das bananas se tratasse. Na nossa terra,
quem tem um olho, é rei e senhor dos seus súbditos.
Continuem assim a “dormir na forma” e
a bater palmadinhas, mas depois não se queixem ou me enviem mensagens a pedir
socorro. Já me bastou o caso da antena dos telemóveis!
quinta-feira, 16 de junho de 2022
TEM ESTÁTUA, TEM MURAL, TEM CENTRO DE INTERPRETAÇÃO, AGORA VENHA O LINCE !!!
Centro de Interpretação
do Lince Ibérico - Malcata
Malcata, Sabugal
O edifício do antigo
posto da Guarda Fiscal, património de referência na aldeia de Malcata, no
concelho do Sabugal, foi recuperado há já alguns anos, sendo um espaço onde são
desenvolvidas atividades culturais e de apoio à prática desportiva. Todavia,
era pretensão da Junta de Freguesia dar maior visibilidade ao espaço, proporcionando
mais uma atratividade aos turistas que visitam a região.
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Lince ibérico vindo daqui: https://www.minhaterra.pt/centro-interpretativo-do-lince-iberico-da-malcata.T13958.php porque as coisas são como são! |
Para concretizar esse objetivo, a Junta de Freguesia decidiu recorrer ao GAL PRÓ-RAIA, para, através de uma candidatura no âmbito da operação” Renovação de Aldeias” da medida LEADER do PDR2020, poder adaptar uma das salas do edifício, de forma a poder albergar o Centro de Interpretação do Lince Ibérico, animal que até há poucas décadas habitava na Serra da Malcata, hoje e por causa do lince, tem o estatuto de Reserva Natural da Serra da Malcata sendo partilhada pelos concelhos do Sabugal e de Penamacor.
A Junta de Freguesia,
com o patrocínio da Câmara Municipal do Sabugal, apresenta assim um espaço que
serve de divulgação, mostra, estudo e documentação sobre o Lince Ibérico, cuja
sua presença já não é real, apenas existem ainda algumas memórias e a Junta de
Freguesia achou por bem avançar para este centro de interpretação, nos modos
seguintes:
Operação: 10.2.1.6 – Renovação de Aldeias do PDR2020
Promotor: Junta de Freguesia de Malcata
Localização: Malcata, Sbugal
Investimento total elegível: 58.854,27 €
Despesa pública: 29.427,14 €
Postos de trabalho: - !!!!!!!
Nota: a informação aqui reproduzida está baseada em pesquisas por mim realizadas, principalmente no sítio referido acima.
quarta-feira, 15 de junho de 2022
MALCATA : ABRE NOVO CENTRO DO LINCE IBÉRICO
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No dia 18 de Junho, este sábado, em Malcata, pode experimentar uma nova forma de conhecer o lince ibérico, que foi reintroduzido no Algarve, continuando vazia a Reserva Natural da Serra da Malcata! |
A inauguração do Centro Interpretativo do Lince-Malcata,
na freguesia de Malcata, concelho do Sabugal, está agendado para o próximo
sábado, 18 de Junho, no edifício do antigo quartel da Guarda Fiscal, situado na
Rua do Cabeço. É mais um centro dedicado a divulgar a história do lince ibérico,
o seu passado, as ameaças a que está sujeito, a sua biologia e ecologia, bem
como o processo de recuperação desta espécie em Portugal.
Por isso, a partir do dia 18 de Junho, Malcata
dispõe de nova forma de dar a conhecer o lince ibérico.
Esta obra foi adjudicada pela Freguesia de
Malcata, em parceria com a Câmara do Sabugal, à Glory-Box, tendo sido divulgado
no Portal Base do Governo em 17 de Dezembro de 2019, pelo valor de 46.894,00
euros, mais Iva, com um prazo de execução de 180 dias (seis meses). Desconheço
a distribuição das despesas alusivas a esta empreitada, tanto no seu custo
total como na repartição desses valores pelas duas entidades autárquicas.
Lembro que a obra sofreu significativo atraso, devido aos constrangimentos
vividos no nosso país no combate à pandemia. Mesmo com a justificação da
pandemia, um atraso de tantos anos, será que o valor da obra se manteve
inalterado?
A decisão de avançar com o Centro Interpretativo, foi tomada pela Junta
de Freguesia, na reunião de 23 de Novembro de 2019, tendo que escolher de entre
três, a empresa vencedora. Nunca antes da publicação do contrato a obra foi
alvo de apresentação pública ou de algum processo de recolha de sugestões,
ideias, estudos prévios, etc. E sendo um tema tão importante e tão abrangente
para a região dos dois concelhos que integram a Reserva Natural da Serra da
Malcata, é no mínimo, incompreensível estes investimentos acontecerem sem
previamente serem efectuados trabalhos preparatórios, que possam valorizar e
criar oportunidades de apresentar maiores ambições. Oxalá eu esteja errado e as
instalações, cedidas pela Junta de Freguesia de Malcata, para ali exibir o
Centro Interpretativo do Lince, em Malcata, correspondam ao que merece que se
faça em divulgar, promover, preservar e ser local de muitas visitas ao lince de
carne e osso. Sabemos todos que os recursos financeiros são escassos. Tendo em
conta os custos da estátua ao lince no Largo da Fonte, na cidade do Sabugal, a
que juntamos o Centro Interpretativo do Lince, em Malcata, estaremos a falar de
custos na ordem dos 100.000€ a 150.000 euros, concordam? Seria interessante
fazer uma comparação do Centro Interpretativo do Lince, em Malcata e o outros
Centro de Interpretação e Observação do Lince Ibérico, em São João dos
Caldeireiros.
José Nunes Martins
sexta-feira, 3 de junho de 2022
MALCATA: A ÁGUA QUE PODE SER COMO O PETRÓLEO
A imagem foi copiada do projecto Ofélia Club previsto para Malcata. Como não passou do papel, ainda acredito no potencial do território. Utopia? Sonhos? Maluco? O Ofélia, aquele Hospital tão falado no concelho e na aldeia de Malcata, projecto que nunca seria um hospital, mas um "Lar" residencial vocacionado para os cidadãos beneficiários de chorudas reformas ou "retretes", que para ali vinham habitar e dispor de apoios em serviços de cuidados básicos de saúde, cuidados de roupas, alimentação, fisioterapia...um complexo residencial para acolher gente adulta e já sem actividade laboral. No fundo, o grande filão viria dos países nórdicos, onde os idosos auferem boas reformas e apreciam um estilo de vida saudável, em clima ameno, tranquilo e com ar respirável. Uma estrutura como é uma Estação Náutica, necessita de edifícios de apoio e de espaços para estacionamentos. Então eu pensei: aqui temos malcatenhos, a oportunidade de construir a tal piscina, a tal praia fluvial "dourada" e deixamos de ir com medos à água ou baloiçar em cima da madeira da velhinha piscina, que coitada, no estado em que se encontra, é boa lenha para as churrasqueiras. E como a construção da Estação Náutica ainda não começou, é a altura certa ( se é que já estamos um nada atrasados) para avançar com a transferência da piscina e da praia de Malcata e sim, investir a sério numa Zona Lazer, numa piscina(s)...porque os clientes e utentes da Estação Náutica também vêm dos tais países nórdicos (Suécia, Noruega, ....Finlândia, Áustria...) que procuram locais para treinar as suas selecções mundiais...sonhar ainda continua a ser gratuito. Ou não? José Nunes Martins |
quinta-feira, 2 de junho de 2022
FONTE DA TORRINHA EM PERIGO?
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Fonte da Torrinha(foto de 24-02-2019) |
Na nossa aldeia existem memórias que correm
o sério risco de serem destruídas, alteradas e que merecem ser alvo de maior
cuidado. Estas memórias são-nos oferecidas pelos testemunhos vivos que existem
na freguesia e como são públicos, encontram-se em espaços públicos, mais ou
menos resguardados, estando alguns ainda ao serviço de todos. E o estatuto de
público significa que é usado por todos e está ao serviço de todos. Ora esta
posse tão ampla vem conferir-lhes uma importância ainda maior para que se
cuidem bem deles.
E por falar em memórias e testemunhos,
vou continuar a contar um pouco da história da Fonte da Torrinha, ou a Fonte
das Bicas. Já sabemos que a sua água era a melhor água de todas as fontes que
havia dentro do povo. Também já sabemos que a sua construção deu muitas dores
de cabeça ao presidente da junta de freguesia. O senhor António Nita não tinha
panos quentes para aparar as nicas da Câmara do Sabugal! Defendia os interesses
da freguesia com todas as forças e estratagemas que criava, pois, só lhe satisfazia
ver o povo bem servido e com os mesmos direitos que as outras terras gozavam.
Mesmo o facto de à sua frente estar um presidente de Câmara, um engenheiro de
obras e responsável por muitas canalizações, mesmo sendo pressionado por
comandantes da Guarda Fiscal, as obras de abastecimento ao novo quartel, canos
que ligavam os tubos vindos da mina para a fonte e que a Guarda Fiscal também
queria receber, foram mandadas parar. O problema ficou resolvido uns tempos
depois e depois de as partes assinarem um documento com as condições impostas
pela Junta de Freguesia.
A história da Fonte da Torrinha não
fica toda contada. Esta é uma ínfima parte e tratou-se de avivar as nossas
memórias. A história deste monumento e de outros que há na nossa aldeia, a sua
importância na história do povo e de muitas pessoas que ali iam diariamente,
são motivos suficientes para conservar a todo o custo estes testemunhos ainda
visíveis.
Nota: sendo eu malcatenho, defendo a
freguesia sempre que há necessidade. Há situações
que pela sua interferência
no espaço público, à vista de toda a gente, mesmo que os
intervenientes não tenham
más intenções, sujeitam-se ao julgamento público.
E na última vez que estive
em Malcata, vi o que muitos também viram e o pequeno
muro foi o tema mais
falado nos bancos da Torrinha. Cada pessoa e cada uma das
que vive em Malcata tem uma opinião,
uma sugestão, um apontamento a escrever
e depois esclarecer ou
simplesmente não querer ver, não falar e remeter ao silêncio
porque se fosse ele,
fazia o mesmo ou até pior...
Vivemos em democracia, não
é verdade? Se a democracia nos dá a liberdade de cada
um comentar, aqui vos
deixo espaço para tornar pública a vossa opinião.