OS ITALIANOS PESCARAM MAIS TRUTAS
O Jornal de Notícias foi dos poucos jornais de cobertura nacional a dar importância ao campeonato do mundo de pesca da truta, realizado este passado fim-de-semana, na cidade do Sabugal.
«Craques da pesca à truta estão no Côa
LUÍS MARTINS
Alguns dos melhores pescadores do mundo estão a medir forças com as trutas do rio Côa, palco da XVIª edição do Mundial desta modalidade com isco vivo. No Sabugal, italianos defendem título que mantêm há 15 anos.
Um objectivo quase garantido ao fim da primeira jornada, em que os transalpinos já lideravam a prova folgadamente. Estes 'galácticos' da pesca de correntes são semi-profissionais e parecem inalcançáveis.
"Estão a anos luz dos restantes concorrentes. A França bem tenta, mas persegue o título há 15 anos", confirma António Sandiares. O presidente da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, que organiza este Mundial juntamente com a autarquia local e a federação internacional, não esconde que os outros pescadores só estão ali para disputar os lugares que sobram e, sobretudo, aprender com a maestria italiana na arte de tirar trutas.
O material também ajuda. Enquanto os adversários despenderam, em média, cerca de 1.500 euros para serem "mais ou menos competitivos", os italianos gastaram cinco mil.
"Por isso é que não dão hipóteses", acrescenta o dirigente. Neste caso, onde o que importa é a quantidade de peixe pescado, a técnica e a capacidade de entender o rio são os principais requisitos.
Mas também muita paciência e nervos de aço, pois a competição decorre sem lugares marcados nos respectivos sectores.
"Podem pescar encostados uns aos outros, pelo que é preciso muita preparação para não se ir abaixo caso o pescador do lado tire mais peixe do que o vizinho", refere António Sandiares.
Ontem de manhã era vê-los a correr de um lado para o outro na perseguição das esquivas trutas do Côa. Repartidos por cinco sectores ao longo de um quilómetro, entre a ponte da açude e …, os melhores - os italianos, está bem de ver - tiraram mais de 20 exemplares, imediatamente devolvidas ao rio, uma das características deste Mundial.
Outra é que a competição também pode contribuir para repovoar o rio, já que foram introduzidas três mil trutas fario, a espécie autóctone do Côa.
De resto, o presidente da Federação elogia as "condições extraordinárias" deste rio, que nasce no concelho raiano, para a prática da modalidade e a sua limpeza, a tal ponto que pode vir a receber uma prova internacional de pesca à pluma.
Já Manuel Rito, presidente da autarquia, espera que a prova valorize este recurso turístico e económico. Basta só que os sabugalenses se mentalizem que "o peixe vivo tem mais valor económico do que morto", considera, adiantando que está em estudo a criação de uma pista de pesca no Sabugal. »
«Craques da pesca à truta estão no Côa
LUÍS MARTINS
Alguns dos melhores pescadores do mundo estão a medir forças com as trutas do rio Côa, palco da XVIª edição do Mundial desta modalidade com isco vivo. No Sabugal, italianos defendem título que mantêm há 15 anos.
Um objectivo quase garantido ao fim da primeira jornada, em que os transalpinos já lideravam a prova folgadamente. Estes 'galácticos' da pesca de correntes são semi-profissionais e parecem inalcançáveis.
"Estão a anos luz dos restantes concorrentes. A França bem tenta, mas persegue o título há 15 anos", confirma António Sandiares. O presidente da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, que organiza este Mundial juntamente com a autarquia local e a federação internacional, não esconde que os outros pescadores só estão ali para disputar os lugares que sobram e, sobretudo, aprender com a maestria italiana na arte de tirar trutas.
O material também ajuda. Enquanto os adversários despenderam, em média, cerca de 1.500 euros para serem "mais ou menos competitivos", os italianos gastaram cinco mil.
"Por isso é que não dão hipóteses", acrescenta o dirigente. Neste caso, onde o que importa é a quantidade de peixe pescado, a técnica e a capacidade de entender o rio são os principais requisitos.
Mas também muita paciência e nervos de aço, pois a competição decorre sem lugares marcados nos respectivos sectores.
"Podem pescar encostados uns aos outros, pelo que é preciso muita preparação para não se ir abaixo caso o pescador do lado tire mais peixe do que o vizinho", refere António Sandiares.
Ontem de manhã era vê-los a correr de um lado para o outro na perseguição das esquivas trutas do Côa. Repartidos por cinco sectores ao longo de um quilómetro, entre a ponte da açude e …, os melhores - os italianos, está bem de ver - tiraram mais de 20 exemplares, imediatamente devolvidas ao rio, uma das características deste Mundial.
Outra é que a competição também pode contribuir para repovoar o rio, já que foram introduzidas três mil trutas fario, a espécie autóctone do Côa.
De resto, o presidente da Federação elogia as "condições extraordinárias" deste rio, que nasce no concelho raiano, para a prática da modalidade e a sua limpeza, a tal ponto que pode vir a receber uma prova internacional de pesca à pluma.
Já Manuel Rito, presidente da autarquia, espera que a prova valorize este recurso turístico e económico. Basta só que os sabugalenses se mentalizem que "o peixe vivo tem mais valor económico do que morto", considera, adiantando que está em estudo a criação de uma pista de pesca no Sabugal. »
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