Câmara quer ter uma VMER.
Se as urgências do centro de saúde do Sabugal encerrarem, é indispensável equipar a unidade com uma Viatura de Emergência Médica.
A solução é defendida pela Câmara Municipal do Sabugal, que se justifica com o aumento das dificuldades da população no acesso à urgência. A Câmara do Sabugal contesta o encerramento das urgências do centro de saúde , mas defende que, a confirmar-se, a unidade deve ficar equipada com uma viatura médica de emergência para transportar os casos mais urgentes para o hospital. A posição da autarquia presidida pelo social-democrata Manuel Rito, transmitida à Lusa por uma fonte da autarquia, surge no seguimento do relatório da Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação da Rede de Urgência Geral, que prevê o encerramento do Serviço de Atendimento (SAP) do centro de saúde da cidade raiana.A contestação ao encerramento do serviço, já transmitida ao ministro da Saúde, Correia de Campos, Administração Regional de Saúde do Centro e a todos os grupos parlamentares da Assembleia da República, reúne a concordância de todo o executivo Municipal. A posição da autarquia é fundamentada nos critérios da proposta da nova Rede de Serviço de Urgência, relacionados com o tempo de resposta ao local de socorro e com o tempo de trajecto gasto até ao serviço de urgência, neste caso, o Hospital Sousa Martins, na Guarda, disse a mesma fonte.
Em relação ao tempo de resposta ao local de socorro, a autarquia refere que, fechando o SAP, as dificuldades da população no acesso à urgência aumentam, porque na cidade – que dista cerca de 30 quilómetros da Guarda – não está sediada uma VMER. Aponta ainda que o documento considera que a velocidade média de uma ambulância de socorro é de 60 quilómetros/hora e que 20 quilómetros em linha recta são aproximadamente 30 quilómetros reais, no entanto, tendo em conta a realidade do concelho, “ficam de fora deste objectivo 12.992 residentes, ou seja 87,37 por cento da sua população residente”.Quanto ao tempo máximo de trajecto gasto até ao novo serviço de urgência, o estudo prevê que seja consignado um tempo de acessibilidade de cerca de trinta minutos, mas a Câmara do Sabugal, lembra que com o fecho do SAP local, “os critérios definidos não cumprem relativamente a 5.475 habitantes, ou seja, 36,82 por cento da população do concelho”. Outra das preocupações da autarquia está relacionada com o aumento da população nos períodos de férias – Verão, Natal e Páscoa – tendo em conta tratar-se de um concelho com um elevado número de emigrantes. O concelho tem hoje 14.871 habitantes, mas segundo a Câmara Municipal, nos períodos referidos esse número ronda os 40 mil habitantes, razão pela qual deve ser equacionado o critério que diz respeito à “mobilidade sazonal da população”.
In "O Primeiro de Janeiro"