SE BEM ME LEMBRO...HÁ 56 ANOS JÁ ISTO ACONTECIA!

 



Surpreendidas? Não, é o costume...não interessa.

   Lê-se no Jornal que:
  "Aristides da Fonseca Prata, deslocou-se a Lisboa para tratar de vários problemas do concelho, junto dos respectivos departamentos do Estado.
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PLANO DE ELECTRIFICAÇÃO
  Os atrasos na Electrificação das aldeias são motivo de descontentamento. Ficou marcada uma nova reunião de trabalho para o próximo ano.

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  APROVEITAMENTO HIDRÁULICO DO RIO CÔA
  O sr. Aristides lembrou a necessidade de estudar a construção de duas represas no Rio Côa, para fins agrícolas e de turismo.

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  ABASTECIMENTO DE ÁGUA
  Foi tratado o assunto sobre o abastecimento de água a Quadrazais, Rendo e Casteleiro.

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  VARIANTE DA ESTRADA NACIONAL NA TRAVESSIA DA SEDE DO CONCELHO
  Na Junta Autónoma de Estradas o sr. Aristides expos mais uma vez o
magno problema do prosseguimento da variante da Estrada Nacional, tendo sido solicitado que, a verificar-se a impossibilidade de satisfação imediata da grande aspiração da Vila do Sabugal, fosse marcado definitivamente o seu trajecto a fim de possibilitar a urbanização da zona contígua - das mais adequadas para a expansão da sede do concelho.
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VIAÇÃO RURAL
  Numa reunião com o sr. Governador Civil, foi passado em revista a situação das estradas rurais do concelho.
  Foi também falado o problema das ligações entre as freguesias que são do maior interesse para o desenvolvimento económico das povoações e para o fomento dos transportes colectivos e criação de novas carreiras. Contam-se entre estas as ligações entre Baraçal e Vila de Touro, Ozendo-Soito, Penalobo-Bendada, Vilar-Maior-Estrada Nacional de Vilar Formoso".
     Lido no Amigo do Sabugal, 30 de Novembro de 1969


  Todas estas informações que aqui vos trouxe, foram publicadas no Jornal A Guarda, que depois foram também aproveitadas para serem divulgadas no semanário “AMIGO DA VERDADE” (Suplemento amigo do Sabugal)!
  Este é um exemplo do péssimo serviço de informações da Câmara Municipal desta época, pois reporta-se ao ano de 1969, 30 de Novembro. Vão passados 56 anos…e pouco se alterou.
  No passado e no presente, as pessoas gostam de saber como vai a actividade da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia, como estão os autarcas a zelar pelos seus interesses e por isso, se interessam por informação para satisfazer esse desejo de ficar ao corrente do que se passa à sua volta.
  A Freguesia de Malcata tem escolhido uma política oposta à transparência e à informação, não partilha a informação obrigatória e opta pelo silêncio e que eu condeno. Como é possível a Junta de Freguesia não publicar aqueles documentos a que está, por lei, obrigada a cumprir? Porque não usa as suas páginas da internet para exercer uma política verdadeiramente próxima e aberta a todos? Eu sei que a Junta de Freguesia tem obrigação de prestar contas, de informar e solicitar à Assembleia de Freguesia a análise de várias matérias e decisões que deseja levar a cabo. E os fregueses que moram na freguesia? Então e os malcatenhos que vivem longe e continuam com diversos interesses em território da aldeia?
  A Junta de Freguesia de Malcata só tem a beneficiar e a ganhar com a disponibilidade de informação de interesse para os malcatenhos e para a sua comunidade. E se precisarem de ajuda ou mais espaços na internet, ofereço este meu “sítio” para publicar o que for importante publicar, sem pagar por isso. Basta que enviem a informação e como desejam ser divulgada.
  A Junta de Freguesia só faz bem em comunicar com os malcatenhos e hoje é tão fácil e tão rápido!


Ano de 1969, 30 de Novembro, 
as notícias sacadas a ferros!

José Nunes Martins

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