O LINCE DA MALCATA
O LINCE DA MALCATA
Era rei e senhor desse território
Tive ainda o privilégio de um ver
Numa ajuda que os bombeiros da Guarda deram aos do Sabugal
Quando a Malcata estava a arder
Já passaram trinta e poucos anos
Mas ainda hoje consigo ver
Esses olhos negros que me miravam
Que até me fizeram estremecer
O animal estava preso
Não se conseguindo libertar
Num emaranhado de vegetação
Tivemos que o ajudar a soltar
Assim que se sentiu livre
Num repente desapareceu
Mais parecia um foguete
E por essa serra se perdeu
Era um gato gigante
Nunca vira nada igual
O meu companheiro dizia que era um lince
Mas eu dizia que ele estava a bater mal
Foi sem duvida uma experiência única
Que com o tempo se escondeu
Veio-me novamente à memória
Quando o centro de reprodução do lince da Malcata desapareceu
Já é hora do distrito se unir e pedir a autonomia
E lutar contra esta devastação
Tudo tem desaparecido na nossa região
Porque qualquer dia até os castelos e monumentos também vão
(esta é uma passagem verdadeira que se passou comigo
quando fui bombeiro voluntário )
Luís Pragana
15-04-2008
publicado por Luis Pragana às 11:35
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Li este texto no blog"www.luispragana.blogs.sapo.pt" .
essa história foi linda
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