O FUTURO DE MALCATA
O FUTURO DE MALCATA É:
AVALIAR CAPACIDADES,
IDENTIFICAR POTENCIALIDADES,
TENTAR DESENVOLVÊ-LAS
INCENTIVANDO A PARTICIPAÇÃO.
Aníbal Nabais Ferreira é um rosto muito conhecido em Malcata, terra onde nasceu. Em 1974, logo a seguir ao 25 de Abril, o Governo nomeou-o como Secretário da Junta de Freguesia de Malcata, com a missão de preparar as primeiras eleições livres e está neste momento quase a terminar o seu mandato enquanto Presidente da Assembleia de Freguesia de Malcata e aceitou fazer um balanço do seu trabalho.
Aníbal Ferreira, que para quem não sabe, foi o introdutor dos Regulamentos que orientam o funcionamento da Assembleia de Freguesia de Malcata foi trabalhador da Administração Pública, tendo exercido vários cargos e terminou a sua longa carreira profissional em 2006, mas sempre disponível a participar activamente na vida pública, nomeadamente presidindo à Assembleia de Freguesia de Malcata.
1- Quem é o Presidente da Assembleia de Freguesia de Malcata?
Aníbal Ferreira (AF):
Espero ser breve nos esclarecimentos solicitados, que estamos em período de eleições.
A propósito da minha pessoa penso que todos me conhecem assim como o meu passado. Nascido e criado em Malcata, tenho domicílio na cidade da Guarda, alternando com Malcata. Completei os estudos obrigatórios na Guarda. Desempenhei funções nas Finanças do Sabugal como aspirante estagiário. Cumpri durante três anos o serviço militar obrigatório. Incorporei um contingente militar destinado ao CTIG (Guiné) como sargento miliciano especializado em Administração Militar. Cumprido esse tempo regressei à vida civil como funcionário público, na CPAF do distrito da Guarda. Transitei para o Ministério da Saúde a meu pedido. Frequência de inúmeros cursos de informática e outros relacionados com o trabalho a desempenhar. Por minha opção transitei para o quadro de pessoal do C. Saúde de Manteigas. Progressão na carreira e nomeado Chefe dos Serviços Administrativos do C. Saúde e Hospital de Manteigas. Aposentado em 2006.
Politicamente falando: Não pertenço a nenhum partido político. Não me filio em nenhum. Nunca tirei proveito algum da política. Sou um cidadão livre e todos os meus atos são feitos em democracia e liberdade. Sou um cidadão consciente do meu dever e sobretudo das minhas obrigações.
2- Quais são as competências da
Assembleia de Freguesia?
AF: As competências da Assembleia de Freguesia estão regulamentadas no Regimento da mesma, devidamente aprovado em Assembleia no início de cada mandato. Para os casos omissos no regimento, aplica-se a lei geral publicada em D.R. nomeadamente a Lei 75/2013 de 12 de Setembro.
AF: As competências da Assembleia de Freguesia estão regulamentadas no Regimento da mesma, devidamente aprovado em Assembleia no início de cada mandato. Para os casos omissos no regimento, aplica-se a lei geral publicada em D.R. nomeadamente a Lei 75/2013 de 12 de Setembro.
3- O mandato de presidente da mesa da Assembleia de Freguesia de Malcata está quase no fim. Que balanço faz dos trabalhos da Assembleia de Freguesia?
AF: A resposta a esta pergunta não pode ser longa, pelos motivos atrás citados. No entanto, a Assembleia de Freguesia é o órgão deliberativo da Freguesia. Sempre que houve matéria levada às sessões, a mesma foi objeto de análise, discutida, ponderada e votada, sendo ainda quantificados os respetivos resultados. Todas as opiniões, decisões e votações estão exaradas em ata. Parece-me que, no essencial, se deu cumprimento às orientações estipuladas no legislado sobre os valores fundamentais para a atuação de pessoas que estão ao serviço do interesse público. Penso que a Assembleia de freguesia prestou um serviço com qualidade, transparência democrática, ética e rigor. Com isenção, imparcialidade, competência e proporcionalidade, probidade e cortesia.
4- Qual foi a maior dificuldade que sentiu no exercício do cargo?
AF: A maior dificuldade foi a não união entre todas as instituições. Uma série de mecanismos e ferramentas inovadoras que levaram ao aparecimento do Facebook contribuíram para essa situação. Aí, onde tudo se escreve, de tudo se vê e o vale tudo é uma constante. Os políticos agarram-se a esta coisa para desbobinar algumas ideias e, pasme-se, para lavar roupa suja, pois os insultos, por vezes são mais que muitos. Neste triste espetáculo onde a ciência moral devia determinar que os responsáveis seguissem a razão, a ética foi arredada, fazendo com que a linguagem batesse no fundo. Houve ainda outras situações que não posso nem devo agora quantificar nem esclarecer.
AF: A maior dificuldade foi a não união entre todas as instituições. Uma série de mecanismos e ferramentas inovadoras que levaram ao aparecimento do Facebook contribuíram para essa situação. Aí, onde tudo se escreve, de tudo se vê e o vale tudo é uma constante. Os políticos agarram-se a esta coisa para desbobinar algumas ideias e, pasme-se, para lavar roupa suja, pois os insultos, por vezes são mais que muitos. Neste triste espetáculo onde a ciência moral devia determinar que os responsáveis seguissem a razão, a ética foi arredada, fazendo com que a linguagem batesse no fundo. Houve ainda outras situações que não posso nem devo agora quantificar nem esclarecer.
5- A nível pessoal, como foi esta experiência?
AF: Não foi experiência nenhuma. Noutros tempos fui também eleito Presidente da Assembleia de freguesia por oito anos. Fui o introdutor dos regulamentos que orientam o funcionamento da assembleia. Em 1974, a seguir ao 25 de Abril fui nomeado pelo Governo de então, secretário da junta de Freguesia de Malcata para se prepararem as primeiras eleições livres.
Algumas coisas se fizeram em prol do cidadão. Outras poderiam ter sido feitas. No geral parece-me que se cumpriu. Tanto o órgão deliberativo como o executivo, parece-me, tiveram uma atuação positiva. Mas, como já disse atrás, não me vou alongar mais sobre este tema.
6- Como olha para o futuro da nossa freguesia?
AF: O futuro é avaliar capacidades. Identificar potencialidades, tentar desenvolvê-las incentivando a participação. Projetos estruturantes que sejam um motor auxiliar de desenvolvimento económico e social da Freguesia. As Autarquias têm compromissos e obrigações, perante as instituições, empresas e cidadãos. Vamos também ter esperança em projetos comunitários. É necessário apresentar candidaturas. Só assim se pode acreditar que Malcata terá futuro.
AF: Não foi experiência nenhuma. Noutros tempos fui também eleito Presidente da Assembleia de freguesia por oito anos. Fui o introdutor dos regulamentos que orientam o funcionamento da assembleia. Em 1974, a seguir ao 25 de Abril fui nomeado pelo Governo de então, secretário da junta de Freguesia de Malcata para se prepararem as primeiras eleições livres.
Algumas coisas se fizeram em prol do cidadão. Outras poderiam ter sido feitas. No geral parece-me que se cumpriu. Tanto o órgão deliberativo como o executivo, parece-me, tiveram uma atuação positiva. Mas, como já disse atrás, não me vou alongar mais sobre este tema.
6- Como olha para o futuro da nossa freguesia?
AF: O futuro é avaliar capacidades. Identificar potencialidades, tentar desenvolvê-las incentivando a participação. Projetos estruturantes que sejam um motor auxiliar de desenvolvimento económico e social da Freguesia. As Autarquias têm compromissos e obrigações, perante as instituições, empresas e cidadãos. Vamos também ter esperança em projetos comunitários. É necessário apresentar candidaturas. Só assim se pode acreditar que Malcata terá futuro.
ResponderEliminarMuito bem Aníbal. Assim se fala em bom português. Não são necessárias muitas palavras para se fazer entender. O mote da entrevista resume o essencial de qualquer programa político-social para a nossa terra: AVALIAR CAPACIDADES, IDENTIFICAR POTENCIALIDADES, TENTAR DESENVOLVÊ-LAS INCENTIVANDO A PARTICIPAÇÃO. Esperemos que em Malcata, seja qual for o resultado das eleições, o executivo se empenhe neste objetivo.
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ResponderEliminarQue futuro?
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