29.11.25

AS COSTUREIRAS E OS ALFAIATES

   

Costurar para mais durar


  Hoje há muita oferta e muita variedade de peças de roupa para as pessoas. E a industrialização do ramo têxtil democratizou o uso do chamado "pronto-a-vestir". Mas apesar destas mudanças, a profissão de alfaiate e modista continua a ser uma arte nobre e que resiste a todos os avanços das máquinas. 
  Quem ainda se lembra dos Cursos de Bordados e Costura que eram ministrados nas aldeias deste país?
  Nessa época a roupa tinha que ser mandada fazer. As pessoas iam a casa do alfaiate ou da costureira com os metros de tecido necessários para uma blusa, uma camisa, uma camisola, uma saia, um par de calças, um casaco ou um fato completo, um vestido de comunhão ou um vestido de noiva. Tiravam medidas, regressavam para fazer as provas e os ajustes necessários e por fim, vestiam a peça de roupa já à medida do seu corpo, gosto e conforto. Um espaço pequeno, normalmente com uma janela, uma mesa comprida, um espelho, giz, fita de costureira, moldes de papel, linhas e alfinetes e a máquina de costura. As marcas mais conhecidas eram a SINGER e a OLIVA.  
  Quem ainda usa estas máquinas de costura? Por Malcata havia muitas e praticamente em todas as casas havia sempre uma Singer ou uma Oliva que as mulheres tanto queriam ter. 

  Vou então deixar as primeiras imagens com histórias relacionadas com máquinas de costura:
  



                                                                     Estas eram as máquinas de costura                                                                  mais vendidas nas aldeias de Portugal

MALCATA: CARTA ABERTA À JUNTA E AOS MALCATENHOS

 

  Aos membros da Junta de Freguesia de Malcata,
  aos malcatenhos em geral,
  

 Venho através desta carta aberta, em meu nome, cidadão natural da freguesia de Malcata, mas residente na região norte do país, apresentar a minha insatisfação relativamente às falhas e, muitas vezes, inexistente informação nas páginas digitais da nossa freguesia, a cargo da Junta de Freguesia, que lembro, são canais oficiais na internet.
 É incompreensível que, depois de duas renovações do website da Junta de Freguesia e das páginas das redes sociais Facebook e Instagram e ainda a subscrição das Newsletter da freguesia, não estejam a cumprir o seu papel de uma verdadeira ponte entre a Junta de Freguesia e os cidadãos naturais de Malcata. A falta de informação institucional actualizada e acessível a todos, independentemente do ponto geográfico em que residem os cidadãos, não é apenas inconveniente, preocupante; é uma falha e uma atitude de desrespeito pela lei, pelos direitos dos cidadãos ao acesso a informação, no fundo, é um obstáculo à clareza do trabalho da autarquia.
 A ausência crónica de informação importante, como o acesso a documentos e notícias essenciais, como as actas das reuniões da Junta, das Assembleias de Freguesia, dos Avisos e Editais, deixa qualquer malcatenho indeciso, baralhado e impedido de poder vir a participar mais activamente na vida política, social e comunitária, porque ao não ser informado a tempo, é como se não se desejasse que o cidadão comum participe na vida cívica da freguesia.
 E a solução destas falhas de informação até são fáceis de executar, não exige gastos avultados, apenas o compromisso e o cumprimento das propostas apresentadas pelo senhor presidente, na mensagem de apresentação da actual página oficial da freguesia. E para começar a funcionar melhor a informação, basta começar por nomear e responsabilizar um membro da Junta de Freguesia pela manutenção, verificação e actualização diária do conteúdo da página oficial, dando as garantias possíveis de que a informação está correcta.
 Hoje numa era da digitalização, a Junta de Freguesia deve dar o exemplo de abertura, de bem-receber e informar, de transparência e de desejar que a freguesia se mostre ao mundo como lugar de união, de proximidade e felicidade.
 A resposta a esta minha carta também pode ser pública. Aguardo então que implementem medidas no sentido de melhorar as relações com todos os cidadãos, em especial com os malcatenhos. Isto sim, é importante.
 Saúdo todos os membros da Junta de Freguesia e subscrevo-me, com
os melhores cumprimentos, sempre em defesa dos interesses comuns dos malcatenhos, de todos os malcatenhos,
                                           José Nunes Martins

  

27.11.25

SE BEM ME LEMBRO...HÁ 56 ANOS JÁ ISTO ACONTECIA!

 



Surpreendidas? Não, é o costume...não interessa.

   Lê-se no Jornal que:
  "Aristides da Fonseca Prata, deslocou-se a Lisboa para tratar de vários problemas do concelho, junto dos respectivos departamentos do Estado.
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PLANO DE ELECTRIFICAÇÃO
  Os atrasos na Electrificação das aldeias são motivo de descontentamento. Ficou marcada uma nova reunião de trabalho para o próximo ano.

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  APROVEITAMENTO HIDRÁULICO DO RIO CÔA
  O sr. Aristides lembrou a necessidade de estudar a construção de duas represas no Rio Côa, para fins agrícolas e de turismo.

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  ABASTECIMENTO DE ÁGUA
  Foi tratado o assunto sobre o abastecimento de água a Quadrazais, Rendo e Casteleiro.

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  VARIANTE DA ESTRADA NACIONAL NA TRAVESSIA DA SEDE DO CONCELHO
  Na Junta Autónoma de Estradas o sr. Aristides expos mais uma vez o
magno problema do prosseguimento da variante da Estrada Nacional, tendo sido solicitado que, a verificar-se a impossibilidade de satisfação imediata da grande aspiração da Vila do Sabugal, fosse marcado definitivamente o seu trajecto a fim de possibilitar a urbanização da zona contígua - das mais adequadas para a expansão da sede do concelho.
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VIAÇÃO RURAL
  Numa reunião com o sr. Governador Civil, foi passado em revista a situação das estradas rurais do concelho.
  Foi também falado o problema das ligações entre as freguesias que são do maior interesse para o desenvolvimento económico das povoações e para o fomento dos transportes colectivos e criação de novas carreiras. Contam-se entre estas as ligações entre Baraçal e Vila de Touro, Ozendo-Soito, Penalobo-Bendada, Vilar-Maior-Estrada Nacional de Vilar Formoso".
     Lido no Amigo do Sabugal, 30 de Novembro de 1969 . Estas notícias foram dadas pelo Governador Civil da Guarda, à época dos factos. Câmara Municipal ficou calada.


  Todas estas informações que aqui vos trouxe, foram publicadas no Jornal A Guarda, que depois foram também aproveitadas para serem divulgadas no semanário “AMIGO DA VERDADE” (Suplemento amigo do Sabugal)!
  Este é um exemplo do péssimo serviço de informações da Câmara Municipal desta época, pois reporta-se ao ano de 1969, 30 de Novembro. Vão passados 56 anos…e pouco se alterou.
  No passado e no presente, as pessoas gostam de saber como vai a actividade da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia, como estão os autarcas a zelar pelos seus interesses e por isso, se interessam por informação para satisfazer esse desejo de ficar ao corrente do que se passa à sua volta.
  A Freguesia de Malcata tem escolhido uma política oposta à transparência e à informação, não partilha a informação obrigatória e opta pelo silêncio e que eu condeno. Como é possível a Junta de Freguesia não publicar aqueles documentos a que está, por lei, obrigada a cumprir? Porque não usa as suas páginas da internet para exercer uma política verdadeiramente próxima e aberta a todos? Eu sei que a Junta de Freguesia tem obrigação de prestar contas, de informar e solicitar à Assembleia de Freguesia a análise de várias matérias e decisões que deseja levar a cabo. E os fregueses que moram na freguesia? Então e os malcatenhos que vivem longe e continuam com diversos interesses em território da aldeia?
  A Junta de Freguesia de Malcata só tem a beneficiar e a ganhar com a disponibilidade de informação de interesse para os malcatenhos e para a sua comunidade. E se precisarem de ajuda ou mais espaços na internet, ofereço este meu “sítio” para publicar o que for importante publicar, sem pagar por isso. Basta que enviem a informação e como desejam ser divulgada.
  A Junta de Freguesia só faz bem em comunicar com os malcatenhos e hoje é tão fácil e tão rápido!


Ano de 1969, 30 de Novembro, 
as notícias sacadas a ferros!

José Nunes Martins