NOS E NÓS
A Junta de Freguesia de Malcata, num documento enviado à Associação Malcata Com Futuro, mas ao qual tive também acesso, fez saber que “a pedido da NOS e após estudo das possíveis alternativas ( tendo em conta a cobertura, a optimização de recursos existentes – energia, segurança, espaço público e rentabilidade para a Junta de Freguesia de Malcata”, foi depois apresentado projecto à Câmara, à semelhança de outros em várias freguesias do concelho”.
A NOS iniciou as obras sem qualquer contestação da população, e na boa fé preparou
a colocação da antena de telecomunicações…]
Como já escrevi e demonstrei noutros artigos, o processo da antena já vem desde 25 de Outubro de 2016, data em que o DPUOT enviou para a Câmara Municipal informação rela-
cionada com a instalação das antenas em várias aldeias do concelho. A Freguesia da Bismula, porque não aceitou as condições apresentadas, ficou de fora.
E em Malcata o que é que se está a passar? De 25 de Outubro a 29 de Dezembro de 2016 não houve tempo para reunir uma Assembleia de Freguesia, ou pedir ao senhor prior
para ler o EDITAL Nº104/2016 onde se publica este processo da antena?
À Junta de Freguesia de Malcata parece que lhe tinha saído uma cautela da lotaria de
Natal, pois sem nada fazer, a NOS instalava na freguesia uma antena. O mesmo já não
posso dizer em relação aos nossos autarcas dos Fóios, que se mexeram por iniciativa
própria para resolver o problema da deficiente rede telemóvel. José Manuel, o professor,
o nosso “Alberto João Jardim” que enquanto presidente mostrou sempre o sangue raiano
que de criança lhe corre pelas veias, enfrentou os bois das operadoras com o seu forcão
e qual D.Quixote, lutou até vencer: estávamos no ano 2008 e o nosso herói desencadeou um processo para melhorar as comunicações móveis, pois os seus paisanos fojeiros andavam sempre a encher-lhe aqueles ouvidos dizendo-lhe que as chamadas caíam, não eram capazes de enviar uma sms ao amigo e pior era os donos dos restaurantes que não
podiam sair do seu lugar porque o telemóvel falecia e desfalecia e os clientes e fornecedores estavam sempre a dizer-lhe que assim, sem sinal no telemóvel, perdiam
esperança na resolução do problema das deficientes comunicações. A primeira ideia foi conjuntamente com a Aldeia do Bispo, conseguir a antena que servisse ambas as freguesias. Mais tarde, essa ideia foi abandonada e segundo nos disse o “professor”,
por uma questão de economia, acabaram por abandonar essa ideia e decidiram colocar uma antena bastante próxima da povoação, visto que já não seria necessário instalar qualquer PT ( posto de transformação ) que a operadora teria que pagar à EDP.
E voilà! Fóios melhorou as suas comunicações móveis, graças ao trabalho e persistência
dos representantes do poder local. Perante uma dificuldade e uma necessidade, pensando
no benefício comum, os fojeiros e quem os visitar, não se importam nada de ouvir telemóveis a tocar, a fotografar e partilhar por todo o mundo que nos Fóios é que se
está bem a beber água na nascente do rio Côa ou a deliciar-se com boa comida.
Deixo esta pergunta:
Tendo em conta a cobertura, a optimização dos recursos existentes-energia, segurança da saúde das pessoas, desvalorização do património particular, terreno público, aprovaria a
instalação da(s) antena(s) noutro local de Malcata (ex: junto ao cemitério e junto ao campo da bola)
sítios com energia da EDP ?
Em Malcata há muitos que acreditam que os almoços são gratuitos. Mal vai a freguesia que perante as dificuldades e sempre que lhe é oferecido um presente, não haja quem
se interrogue e interpele o porquê dessa dádiva.
Como sou um homem de fé e crente, não perdi a esperança e sei que um dia os problemas das comunicações no território de Malcata vão funcionar à maneira.
José Nunes Martins
josnumar@gmail.com
Pois é , há pessoas sempre prontas a apontar os defeitos dos outros , esquecendo os seus próprios defeitos , transformando os em benefício próprio . Poder se ia responder a essas pessoas , palavra a palavra ,mas fazê- lo, seria descer ao mesmo nível e pura perda de tempo . José , continue a ser como tem sido , livre, responsável e amigo de Malcata e Malcatenhos
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