Agosto é aquele tempo de festa na aldeia e noutros tempos não havia festa, se não houvesse quatro coisas: foguetes, banda da música, missa solene e procissão e bailarico. Procissão Na nossa aldeia, a festa maior e a mais importante, era celebrada no mês de Setembro. Nos anos sessenta muitos malcatenhos saíram da terra e abalaram para as grandes cidades e para fora do país, sendo a França o destino mais concorrido. Nunca fui rapaz de bailes e namoricos, era criança e brincar era o que mais gostava. Para os garotos da minha idade, a festa era quando a minha mãe me levava à barraquinha onde se vendiam as amêndoas, as pandeiretas, pistolas de brincar e que tinham uma única bala de pau que assustava quando carregava no gatilho. Fazíamos de conta que ganhávamos a batalha, porque a guerra verdadeira estava a fazer-se nas províncias ultramarinas de Portugal. Mas doce e que todas as crianças adoravam exi...