MALCATA: À TERCEIRA É PARA CONFIAR ?



    

1-Galinheiro

2-Limonada



               
     

3-Ao vento e à chuva
 

    Abandono e desleixo são as palavras que melhor descrevem o estado em que se encontram algumas das estruturas e lugares da nossa terra. Aquilo que se vê na Fontacal, já vos falei disso. Há muitos anos que  que a população da nossa terra se habituou a ver  as coisas e nunca se manifestou.

   Aquela área, onde se concentra o parque desportivo da freguesia, tem sido uma sombra daquilo que  
se pode ali fazer. O campo de futebol e o ringue polidesportivo lá se vão aguentando com as limpezas que a equipa de sapadores florestais lá vai fazendo. A churrasqueira é um equipamento útil para churrascos. A sua estrutura e pontos de apoio a quem a utiliza, é pobre e há que precaver-se em casa quando se quiser acender o lume para uns simples assados.
4- Parque de estacionamento

   Quanto ao parque onde os turistas estacionam as autocaravanas, é uma área com árvores e com iluminação nocturna. Mais um espaço que tem sido esquecido e apesar de ser muito procurado pelos turistas, parece que não interessa dotar aquele  com as estruturas de apoio que merece. A Área de Serviço de Autocaravanas, que está equipada e oferece as condições básicas para limpeza e lavagem, como a troca de águas sujas, tem-se mantido graças ao projecto da obra. Apesar disso, tenho algumas dúvidas dos calendários e dos destinos dados às águas sujas que ali são depositadas.

    Voltando ao assunto do pré-fabricado, deixo à consideração de todos vós o que ali podia ter sido feito e não foi. O estado daquele armazém é uma imagem de marca da nossa freguesia. É incompreensível que esteja assim tão esquecido e maltratado como está.
    
 
      Isto é mais um alerta. As eleições já passaram e a actual junta de freguesia está a poucos dias de terminar o seu 2º mandato.
     A duas ou 3 semanas do final , certamente já não tem tempo para arranjar esta área que rodeia estes terrenos da Fontacal e essa será uma tarefa para a futura junta de freguesia de Malcata. Mas outras obras e arranjos ficarão por realizar, nomeadamente a Sala das Memórias, a introdução das cabras nos baldios, a requalificação da Rua de Baixo, a reabilitação das casas da freguesia e a tão esperada ligação do reservatório da água à nova adutora que irá fornecer a água a toda a freguesia. E, segundo a informação divulgada em Setembro, pela junta de freguesia, 
só estão a aguardar a instalação de um contador. Estas são as coisas que eu me lembro.
   Certamente que com a entrada da nova (mesma ) junta de freguesia a situação irá mudar e todos estes espaços vão ser renovados e melhorados.
   Claro que todos sabemos que as coisas nem sempre se resolvem à nossa vontade e há tanto a fazer, alguma coisa fica para trás. Mas quando as situações atingem o estado em que estão hoje, deixa de ser compreensível para o cidadão, porque passaram anos e mandatos e as situações nunca se resolveram.
   Pelo que referi aqui e em concreto ao pavilhão de madeira que está podre, pior ainda, deixaram apodrecer, alerto os malcatenhos para reflectirem sobre aquela proposta da construção do pavilhão/armazém multiusos. Todos sabemos que as obras e as promessas eleitorais servem de “cenouras” e “íman” para ganhar as eleições. Esta obra do armazém é importante e vai resolver os problemas da freguesia, pois tudo vai ficar abrigado da chuva e das mãos alheias. A questão a colocar à comunidade é esta: o projecto, o local e o valor dos custos   deve ser objecto de apresentação e discussão pú
blica?

                                                        José Nunes Martins

MULTIUSOS DE MALCATA: ARMAZÉM E OUTROS FINS

 



   

   Foi uma das propostas da candidatura do PSD à Assembleia de Freguesia de Malcata, nestas últimas eleições autárquicas, cujo panfleto escrito, foi divulgado nas redes socias, na manhã do penúltimo dia de campanha eleitoral por um elemento da lista.

   A proposta apresentada reza assim:
   “Construção de edifício multiusos da Freguesia   Malcata (armazenamento de equipamento e outros fins); (Já em condições para lançamento do concurso de empreitada);
  
Este anúncio, ao integrar a lista de propostas da lista vencedora, veio confirmar a intenção da junta de freguesia em avançar para a construção de um edifício destinado a servir de armazém, para nele se guardar todo o tipo de equipamentos de apoio à actividade da junta de freguesia e outros fins!
  Se se confirmar o que ouvi em Julho falar na aldeia, essa obra vai ser erguida
ali para os lados do Vazão, onde a junta de freguesia adquiriu ou está em vias de adquirir, um terreno para nele erguer o dito pavilhão multiusos.
 Caso estas informações se confirmem, quer isto dizer que o pavilhão cedido pela empresa construtora da barragem do Sabugal, irá continuar a cair aos 
pedaços, perdendo-se uma boa oportunidade de ser reabilitado e valorizado, mesmo até poupar dinheiro à freguesia. 
 É ou não verdade que aquele pavilhão serviu de refeitório para os trabalhadores ali tomarem as suas refeições?
  A área que ocupa é suficiente para ali ser armazenado muito equipamento, 
mesmo tractores e outras ferramentas. O seu piso é em cimento. Não fosse tanto desleixo e abandono consciente, ele não tinha chegado ao triste e vergonhoso estado em que se encontra. Nem se dignaram cuidar do edifício quando estava funcional.
 Quando a proposta da construção do multiusos é feita em plena campanha eleitoral, da maneira que ela foi apresentada, é de tal modo preocupante, que não deve ser aplaudida e não  deve ser aberto o lançamento do concurso da empreitada, sem antes haver uma apresentação pública da obra aos fregueses.


  A ideia de construir um armazém para a freguesia é meritória, e todos os malcatenhos concordarão que é precisa pois a freguesia ainda não tem um espaço destinado a armazém para nele guardar e cuidar dos diversos espólios que 
possui, desde máquinas, ferramentas, materiais para eventos, peças antigas que lhes são oferecidas para as conservarem e mostrar, guardar telhas velhas, pedras invulgares…etc. Esta falta de um armazém já é uma necessidade antiga e não de agora. O que a junta de freguesia andou a fazer  anos de governo não tem explicação e se ainda não tem um armazém é porque não o quis construir. 
 Então porque insisto na apresentação pública do multiusos que querem construir? 
 Porque as pessoas estão interessadas em conhecer o projecto e dar a sua opinião sobre ele, querem  também dar uma palavra, uma opinião. 
Para além de conhecer mais pormenores da obra, também é importante saber como e onde vão buscar financiamento e em que condições. 
  
  A expectativa nos malcatenhos já está elevada e para isso, bastou o anúncio da obra durante a campanha eleitoral. Mas, o que é mais importante para os malcatenhos, é que a obra honre e valorize o património público.   Uma proposta ou promessa que pode não ser concretizada, como outras promessas que também não estão cumpridas, apesar de saltitarem de mandato para mandato. 
Ou seja, olhando para o histórico recente, quem é o malcatenho que verdadeiramente acredita que a obra vai ser realizada? E quem quer  primeiro  ouvir os esclarecimentos públicos, até apresentar alguma sugestão ?
 
 Eu confesso que já apontei o problema do pavilhão da Fontacal, mas nada foi feito e mesmo depois de insistir, não consegui que fosse olhado com outros olhos.
 Agora, quando soube da proposta que vou falei acima, volto a bater na mesma 
tecla mesmo que seja chover no molhado. E aqui estou outra vez a chamar a atençãdesta proposta da junta de freguesia. Mas se avançar com a obra, corre risco de ser acusada de má gestão, falta de transparência por não ter a coragem de apresentar devidamente e atempadamente esta obra ao povo para lhe dar a oportunidade de a conhecer melhor e até enriquecer.  Ou até  arrepiar caminho e tomar outra decisão: aproveitar o que existe e com menos recursos construir o edifício que a junta de freguesia considera uma necessidade: um armazém. Porque espaços públicos para outros fins, eu conheço três e dois têm palco e luzes, ar condicionado, mobiliário, cozinha de apoio e muito espaço exterior para os que têm o vício do tabaco, jogar à petanca ou à malha. 
  Um multiusos da freguesia? Significa o quê em concreto? Um armazém com paredes e telhado, uma espécie de balcão elevado ao fundo e espaço para colocar 200 cadeiras articuladas, mas pouco confortáveis?
 
 Um edifício rectangular, mais parecido com um caixote grande, sem espaços e serviços anexos para servir de instalações de apoio, sempre que ali se realizarem eventos de "outros fins” para além da guarda das máquinas e ferramentas, dos restos de areia ou telhas?
  É para construir um multiusos, igual ou parecido ao das outras freguesias que já se adiantaram à nossa?
  Chamo a vossa atenção para esta situação:

 - A existência do pavilhão pré-fabricado à Fontacal,  a construção de paredes no seu interior e o facto de nunca ter sido utilizado;

- A informação de que está planeada a compra de um novo terreno para uma construção com funções semelhantes,  faz pensar  num potencial desperdício de recursos;

- A falta de transparência sobre o novo projeto, que supostamente está pronto a ser lançado a concurso, mas não foi divulgado adequadamente à população;

 Que atitude mais democrática e mais responsável devem os malcatenhos exigir à junta de freguesia?
  Só o facto de se esquecerem dos bens que a freguesia já possui e agora estarem a planear um gasto
de dinheiro público, havendo projectos por acabar ( sala das memórias, cabras nos baldios), abandonando e nem sequer considerar como uma solução, lamento dizê-lo, mas isso pode levantar algumas interrogações sobre a gestão dos recursos económicos da freguesia. 
  Este alerta que faço, vem no sentido de contribuir responsavelmente e de forma pacificadora e desinteressada
na defesa dos interesses da freguesia, dos seus habitantes e de todos os malcatenhos. 
  É a forma que encontro para fazer oposição, apesar da vitória avassaladora e absoluta que o PSD alcançou nas últimas eleições autárquicas, para a Assembleia de Freguesia de Malcata. 
  Malcata primeiro. 
                                                           
José Nunes Martins





PIRPES - NEM SABEM O BEM QUE VOS pode dar !

 

O PIRPES - Programa de Incentivos à Recuperação do Património Edificado do Sabugal, é uma iniciativa relevante e importante da Câmara Municipal do Sabugal, que pode interessar às pessoas da nossa aldeia e a todos os malcatenhos, que se estende a todo o concelho do Sabugal.
 
 O PIRPES é um programa da câmara municipal e oferece apoios financeiros e benefícios fiscais para ajudar a recuperação de casas e outras construções no nosso concelho. O objectivo é melhorar as condições de habitação e reabilitar as casas em vez de construírem outras novas.
 Portanto, todos os que estiverem interessados em fazer obras de conservação, obras de alteração ou de reconstrução nos edifícios
(casas ou frações) que tenham sido construídas há pelo menos 30 anos, estejam localizadas no concelho do Sabugal, destinadas a habitação, a estabelecimentos comerciais e de serviços. Um dos objectivos é garantir mais condições de segurança, de conforto, de mais funcionalidade. Importante também que o proprietário mantenha as características das casas tendo em conta a sua localização e o seu enquadramento na área onde está inserida, respeitando sempre as outras habitações à sua volta.
 Que incentivos oferece este programa?
 
 Este programa não se aplica às obras já executadas à data da apresentação da candidatura.
 O apoio está dividido em quatro tipos:
 Programa A: Obras de Conservação e Reabilitação de
             Fachadas, e/ou Coberturas/Telhados.
            
 Programa B: Obras de Conservação e Reabilitação de
            Fachadas e/ou Coberturas/Telhados acompanhados de
            intervenção interior.
 Programa C: Obras de Reabilitação geral do edifício englobando
            intervenção exterior e interior de que resulte a
            modificação da estrutura da estabilidade, da forma
            das fachadas e da forma dos telhados ou coberturas,
            sem aumento da área de construção, da área de
            implantação, da altura da fachada ou do volume da
            edificação existente.
  Programa D: Obras de Reabilitação geral do edifício tipifi-
             cados no Tipo C que, cumulativamente prevejam
             obras de ampliação, fundamentada na necessidade de
             melhorar as condições de habitabilidade e de
             funcionalidade. Estas obras de ampliação recebem
             apoios desde que não excedam 30% da área de cons-
             trução existente e licenciada, ficando o excesso
             excluído do financiamento.
 

  As pessoas interessadas em candidatar-se ao PIRPES
 (Programa de Incentivos à Recuperação do Património
  Edificado do Sabugal), devem ler o documento e aconselhar-se com pessoas tecnicamente qualificadas, com competências na matéria e/ou nos serviços da Câmara Municipal do Sabugal.
  O regulamento entrou em vigor no dia 22 de Setembro de 2025 e pode ser consultado aqui:

            file:///C:/Users/Utilizador/OneDrive/Desktop/Regulamento-do-PIRPES.pdf

 
 O regulamento foi colocado em consulta pública, por um prazo de 15 dias, para os cidadãos enviar sugestões e publicado em Diário da República, edição de 22 de Setembro de 2025, 2ª Série.


Ler aqui: Regulamento PIRPES (https://cm-sabugal.pt/wp-content/uploads/2025/02/DOC_257022.pdf)

                                     Voltarei ao assunto!
                                                                                     
José Nunes Martins

OS DIAS SEGUINTES COMO VÃO SER?

 

Executivo da Freguesia de Malcata 2017-2025
                                  

 O que vou tentar fazer aqui é analisar as eleições autárquicas do passado dia 12 de Outubro.
 Quando li os resultados destas eleições para a Assembleia de Freguesia de Malcata, a pergunta que me veio ao pensamento foi:
 E agora?
 Para responder a esta questão, começo por dizer  agora que escolheram a Junta de Freguesia, o que interessa, é que os reeleitos trabalhem para o bem da freguesia e sirvam por igual todos os malcatenhos. Agora é tempo de respeitar os eleitos e esperar que  ponham em prática o programa que apresentaram e se comprometeram a fazer com paixão. 
 Vai começar um novo ciclo para a nossa aldeia. É a altura certa para reunir e unir, é hora de confiar e acreditar e ser positivo e optimista quanto for possível.
 O filme deste dia 12 de Outubro já é uma repetição do que vi em 2021, até os actores principais são os mesmos.  
Os resultados não trouxeram nenhuma novidade e nem foi surpresa para ninguém. A cam- panha foi o que é costume ser, sem alma, com pouca informação pública, especialmente na divulgação dos propósitos e actividades políticas dos que se apresentaram a estas eleições. Na nossa terra, eu esperava maior participação e interesse em defender as gentes e a freguesia.
 


 Pelo que observei, tendo sempre presente a distância a que me encontro e a falta de informação disponível, a junta de freguesia foi eleita com 93 votos e está longe da aceitação da maioria dos malcatenhos. Quando há 351 eleitores inscritos e só 144 votaram, ficamos a interrogar-nos onde estão os 207 que faltaram? E se a estes 207 somarmos os 50 eleitores que votaram em branco e votos nulos, o que temos são 257 eleitores em desacordo com os fiéis à candidatura concorrente. Estes números dão que pensar, deviam servir de reflexão. Claro que para eleger, só contam os votos válidos e nada há a apontar a quem votou favoravelmente na continuação da junta de freguesia. O que fica claro é que a vitória absoluta está muito distante da maioria silenciosa dos malcatenhos.
 Os eleitores expressaram-se e o voto reflectiu a sua decisão pessoal. Por conseguinte, a próxima junta de freguesia, legitimamente eleita, mesmo não sendo agradável a todos os malcatenhos, tem pela frente mais quatro anos de trabalho. Todos sabemos que as exigências vão ser muitas e por vezes a falta de recursos humanos e monetários atrasam as decisões. Também há que ter em conta que,  nenhuma junta de freguesia consegue agradar a todos e como as necessidades são muitas, é preciso trabalhar, ser tolerante e cultivar a compreensão e a confiança.

 
 Para mim e por ser malcatenho, todos os membros da Junta de Freguesia, merecem ser respeitados e estarei disponível para colaborar com todos, desde que seja útil e solicitado para o bem de toda a terra. Mas também, prometo estar atento e vigilante a tudo aquilo que, no meu ponto de vista, não corresponder à gestão responsável, competente e clara de procedimentos, de decisões  ou de atitudes de desleixo ou alguma incompetência e falta de transparência.


 Aos que venceram, parabéns.
 E agora? Mangas arregaçadas e ao trabalho.


  Aqui vos deixo a lista das promessas eleitorais da candidatura que se apresentou às eleições autárquicas de 2025, para a Assembleia de Freguesia de Malcata:

Programa eleitoral
2025-2029
(clicar na foto para ler melhor)

José Nunes Martins


   

SABUGAL: NÃO SOMOS DAÍ NEM SOMOS DE CÁ

 



Sobre o artigo do Sr. António Luís Serra, figura muito conhecida por muitos sabugalenses:

"Sr. António Serra, o “SER de CÁ” não é um programa de governo
António Luís Serra, conhecido militante do PSD, brindou-nos com um artigo onde defende, com notável entusiasmo, a continuidade do atual Presidente da Câmara. Fá-lo, segundo diz, por este ser um bom gestor, conhecer as pessoas e o concelho, e — argumento central da sua prosa — por não ser um forasteiro, mas sim “um de cá”.
Ora, convém começar por esclarecer que o simples facto de alguém “ser de cá” não confere automaticamente um selo de competência, nem substitui a avaliação objetiva da sua obra ou da sua capacidade de liderança. A gestão autárquica mede-se por resultados, por visão estratégica, por políticas que melhorem a vida das pessoas — não por laços de vizinhança ou afinidades locais.
O artigo é revelador de uma certa forma de fazer política que já vai sendo velha: a que confunde lealdade partidária com mérito, e proximidade pessoal com competência. Em momento algum apresenta dados concretos, projetos estruturantes, ou resultados verificáveis que sustentem a sua apologia. O único argumento que sobra é o da origem — como se o lugar de nascimento bastasse para legitimar a governação.
Mas talvez o entusiasmo do autor se explique melhor se recordarmos o seu próprio percurso politico. O Sr. António sempre beneficiou da generosidade do PSD em matéria de nomeações e lugares. Foi membro do Conselho de Administração da ULS da Guarda, nomeado pelo PSD, e desempenhou funções na Assembleia Municipal, igualmente por via da lista PSD.
Durante o mandato que agora terminou, abandonou em divergência com o atual Presidente da Assembleia Municipal — divergência essa que muitos compreenderam, pois as críticas à forma como essa presidência tem conduzido os trabalhos são conhecidas. No entanto, antes de se retirar, o Sr. António deixou bem visível a sua ideia particular de democracia: por ele, a liberdade de expressão de quem pensa diferente seria facilmente silenciada.
E é este mesmo senhor que agora vem a público defender o seu “líder”, denunciando o seu dever de retribuir o muito que recebeu. Um gesto de lealdade pessoal? Sem dúvida. Mas também um exemplo claro do velho “toma lá, dá cá” que tem marcado demasiado o poder local: apoia-se quem nomeia, louva-se quem promove, protege-se quem mantém o círculo fechado.
O concelho não precisa de quem diga “é de cá, portanto é bom”. Precisa de quem pergunte “o que fez?”, “o que propõe?”, “que resultados concretos apresenta?”. A política local exige transparência, competência e serviço público — não fidelidades partidárias nem gratidões pessoais.
A democracia não se esgota nos agradecimentos entre camaradas; vive da exigência dos cidadãos, do debate livre e do escrutínio. E, nesse campo, o Sr. António teria feito melhor em apresentar argumentos, em vez de currículos de amizade".
Sabugal 10 de outubro de 2025
José Escada Copiado daqui: https://www.facebook.com/profile.php?id=100008481252859&locale=pt_PT
Epístola do Dr. Serra aos seguidores do Sr. VP
Só tenho a dizer-vos, caros conterrâneos malcatenhos, que o poeta António Aleixo disse mais verdades que o senhor Dr. Serra, António e Luís... tenham isto em conta no domingo próximo. José Nunes Martins

MALCATA: EU SÓ QUERO CONHECER O PROGRAMA 2025-2029 !

  




É já no próximo Domingo que vão decorrer as eleições autárquicas no nosso país. Isto quer dizer que a campanha eleitoral está também a acabar.

  A nossa freguesia, como todos sabem, para eleger o próximo “governo local” tem uma única candidatura.
  Toda a gente reconhece a importância que uma Junta de Freguesia pode ter na organização administrativa da nossa terra. Hoje, a junta de freguesia tem muitas competências e deveres para executar serviço público.
Já não se limita a passar atestados de residência ou atestados “prova de vida”. A freguesia de Malcata, como as outras do concelho, recebe uma determinada quantidade de dinheiro para realizar as tarefas que lhe são atribuídas ou para acorrer a determinadas urgências. Que me lembro, nunca a nossa aldeia arrecadou tantos milhares de euros como nestes últimos anos. Poucas são as terras que receberam compensações monetárias por parte das grandes empresas de exploração de energia eólica. Também são poucas as terras que viram ser aprovados projectos de investimento como o é com a nossa aldeia. Vou lembrar apenas um: a exploração pecuária nos baldios da freguesia, vulgarmente conhecido e chamado “Rebanho de cabras”.
 Se nos focarmos apenas nestes últimos 12 anos, o que temos na nossa freguesia que justifique a entrada de tanto dinheiro? O que tem para mostrar a presente Junta de Freguesia no que respeita a obra realizada e que valor acrescentado trouxe às pessoas? Deixo este desafio aos malcatenhos para fazerem as contas face ao que recebe a freguesia todos os anos e a obra paga pela junta e não pela câmara do Sabugal. Lembrem-se que as receitas são para ser aplicadas em favor da freguesia.
  E olhando para o que se está a passar nesta campanha, que é repetição da de 2021, eu noto que, os malcatenhos que se mostraram simpatizantes do PSD e os malcatenhos que ontem, dia 6 de Outubro, participaram no comício do PSD que se realizou no Salão da Freguesia e Sede da Associação Cultural e Desportiva de Malcata, são cidadãos de primeira, beneficiam de informação e conhecem o programa dos candidatos que o PSD apresenta para a Assembleia de Freguesia de Malcata durante mais quatro anos. Já o afirmei e vou repetir: malcatenhos somos todos, pequenos ou mais altos, simpatizantes ou não do mesmo partido, vivam na terra ou a 200 quilómetros de distância ou mesmo fora do nosso país.
Desde quando os malcatenhos perderam o direito de igualdade de tratamento por parte das candidaturas que se apresentem a eleições para os órgãos públicos da freguesia? Algum dos que se proclama democrata e apoia a social-democracia, me pode explicar a razão de não ser divulgado, para todos os malcatenhos, o que esses senhores dizem que vão realizar na freguesia nos próximos quatro anos?
  E a desculpa de ser só uma lista a concorrer não é válida, para mim não é. Isto só acontece em Malcata!
  Mesmo sabendo que a campanha eleitoral em Malcata não muda nada de importante, é um gesto de transparência e de abrir os braços aos que sendo nascidos na mesma aldeia, lhes seja comunicado alguma informação do que se pensa fazer a nível autárquico e na aldeia. Mesmo apesar de o voto dos malcatenhos que vivem fora pouco ou nada conta, ficava bem um gesto de respeito e aceitação e era mais um elo que nos podia unir como malcatenhos orgulhosos da sua terra natal. Se isso não está a acontecer, se nem os malcatenhos que leem estas palavras de um malcatenho, de mim não esperem que me venda por uma pequena promessa ou vantagem, eu ainda penso com a minha própria cabeça e quando tomo decisões, tenho presente os valores e circunstâncias que eu considero essenciais.
  A verdade é que a campanha eleitoral está a acabar e até Domingo, voltarei aqui na esperança de ainda ficar a conhecer a data de abertura e da entrada em pleno, do Edifício de Apoio à Exploração Pecuária na Freguesia de Malcata e já agora, a inauguração da Sala das Memórias
(Núcleo Identitário da Freguesia de Malcata, de cuja obra foi pago a maquete que, desde Fevereiro de 2017,
tem sido vista na única e pequena sala da Junta de Freguesia dos malcatenhos, de todos e não de alguns).
  É pedir muito?
  Até amanhã, durmam bem.
                       
José Nunes Martins

EM MALCATA O SILÊNCIO TEM FALADO PELO CANDIDATO

 

  Isto é único, merece ser notícia. Não finjam que não se passa nada: os eleitores ao votarem para a Assembleia de Freguesia de Malcata, são cúmplices do que possa acontecer nos próximos quatro anos.    Nada adianta tapar o sol com a peneira, ou a máquina do PSD fazer de conta que está tudo bem, ou as pessoas dizerem que esses assuntos não lhes dizem respeito.
 Sabem qual é o problema em Malcata?
 Faltam pessoas que saibam escrever! 
 Não perceberam?
 Eu passo a explicar:
 Lá escrever, os malcatenhos sabem; o que muitos não sabem
é escrever aquilo que deve ser escrito. 
 Isto de escrever exige pensar e muita gentinha não está disposta a isso.

 Malcata é de todos.
 Liderar uma Junta de Freguesia é cuidar, zelar, respeitar, informar, publicar e informar, utilizando todas as ferramentas  de forma a levar a mensagem a todos.
 Será que eu estou errado? Eu só procuro conhecer as propostas que a lista do PSD apresenta para governar a freguesia nos próximos quatro anos! 
  A ausência de propostas não tem justificação.  Volto a dizer que, no meu entender, estar na junta de freguesia é estar a prestar um serviço público. Não é um emprego ou profissão, não é suplemento de reforma e não deve servir para passar as horas livres ou nos dias em que sentem a obrigação de manter a porta aberta da sede da junta. Quando as pessoas se apegam a um cargo numa autarquia, ou noutra instituição, só porque estão acostumados, estão mais que habituados e já têm aquela rotina de tantos anos, mantêm-se só por não quererem dizer “não”, se for só por isto, então vai ser um bico d'Obra essas pessoas sair de lá. É também por isto que as instituições estagnam ou a freguesia está como está!
 Sabem que mais, já começo a ficar farto ! 
 Eu confesso que também me engano, também tropeço e vou com os joelhos ao chão. Nem sempre tenho razão e nem é para mostrar que venci que me expresso com frequência. Também reconheço que a sabedoria e a inteligência são características que todos temos, mesmo que em quantidades diferentes. 
 Eu já não tenho pachorra para tanto desmazelo, principalmente quando estão em causa as pessoas que tanto desejam viver em democracia. 
 Agora que se candidatam ao terceiro mandato, é normal que as pessoas sintam alguma ansiedade por saber as ideias que vão guiar a sua terra nos próximos anos. E sendo este o último mandato, é de esperar que o candidato deixe um legado claro e transparente. E dar a conhecer o programa, mesmo aos naturais da terra e que estão distantes, a próxima junta de freguesia tem a responsabilidade de manter boas e sadias relações com todos os malcatenhos, de todas as idades e orientações políticas. O que esta próxima junta de freguesia vai querer construir ou deixar para trás, vai definir o futuro de Malcata.
 E, meus queridos membros da próxima junta de freguesia, continuidade não é sinónimo de silêncio. 
 Digam aos quatro ventos qual é o vosso plano para os próximos quatro anos. Enviem-me através de comentário, para o e-mail que já conhecem, publiquem no jornal ou paguem um anúncio na TVSenhora da Hora, ou Conta Lá... mas façam o que deve ser feito. 
                                    
                                                           José Nunes Martins






VOTAR EM MALCATA COM CONSCIÊNCIA

                                                                     VOTO CONSCIENTE ?
                                      OU
                                       VOTO POR OBRIGAÇÃO?


  As eleições estão cada vez mais próximas.
 Eu, eleitor na freguesia onde resido desde 1986, não me parece fácil decidir.
 Os eleitores que vão votar na freguesia de Malcata, a terra onde nasci, têm a tarefa mais facilitada. Será mesmo fácil?
 Pois, quando se sabe que para a Junta de Freguesia só avançou uma candidatura, os eleitores têm o trabalho feito e nem precisam de dar voltas à mioleira para que se decidam.
 Ora se assim vai ser, o que vão fazer aos outros boletins de voto? É quase garantido que o presidente da aldeia e todos os outros que o acompanham, só não ganham se todos os eleitores não votarem para a Assembleia de Freguesia. Ora como esse cenário é difícil de vir a acontecer, o que importa são as outras duas eleições a decorrer em simultâneo, votar para o presidente da Câmara e para a Assembleia Municipal.
 Nada em Malcata, se passa como nas outras freguesias.
 O PSD desde 2005 que aposta na mesma árvore genealógica. Apesar
de vivermos numa democracia desde 1976, na aldeia em que tudo é normal, o PSD tem sido incapaz de alargar a rede para aumentar a qualidade e a diversidade dos peixes que ao longo destes anos se habituaram à vida nesta terra com água por todo o lado.
 Em Malcata as pessoas têm consciência dos anos que já passaram desde 2005?
 Os anos são fáceis de contar. Também é fácil contar os presidentes que ocuparam o lugar de “presidente de junta”. São pessoas conhecidas de todos os que vivem na aldeia, dos que vivem e trabalham fora, também muitos dos que já não estão entre nós, conviveram e conheciam os presidentes da junta.
 
 O povo usa os ditados populares para através deles expressar ideias, pensamentos, fazer profecias, etc… e muitas vezes para elogiar uma pessoa, ou a habilidade que demonstra na sua profissão ou noutras áreas da vida, costumam dizer que
“filho de peixe, sabe nadar”. Será que podemos catalogar os políticos com esta frase popular e afirmar que “filho de presidente, também sabe ser presidente”?
 Estamos a “anos-luz” da democracia fina e transparente, participativa, inclusiva e agregadora. Os protagonistas que deviam reflectir, organizar e entusiasmar os cidadãos a fazer parte activa da democracia, aguardam o dia das eleições e no dia a seguir, sorriem para os que na véspera lhes esfregaram as costas ou respeitosamente acenaram com a cabeça.
 E então porque querem ser presidentes?
 Que vão fazer?
 Alguém sabe ou todos na terra sabem e só eu não?
 Estou mortinho que alguma cabra ou ovelha tresmalhada me faça chegar o programa eleitoral do PSD para a Freguesia de Malcata.
 Não, não é para pensar ou criticar. É o mínimo que qualquer candidato a uma Junta de Freguesia deve fazer antes do dia 12 de Outubro de 2025. Como não é fácil para mim, estou a pedir que alguém me envie ou através dos comentários, quais são as boas intenções da boa gente que, com muito sacrifício e amor à causa,
se apresenta como merecedor à liderança administrativa da aldeia onde eu nasci. Isto só e porque me interesso pela política, pela democracia, pela cidadania, preso a liberdade de pensamento e defendo muito a participação das pessoas em tudo o que se relacione com as gentes da minha genealogia familiar e malcatenha. Aguardo por alguma informação.

José Nunes Martins