2- Visitas Culturais
AMCF-Segredo dos trapos
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O momento do início é histórico e hoje, 30 anos depois,
ainda não conheço obra com tamanha ambição.
O QUE VOS DIZEM ESTAS IMAGENS?
José Nunes Martins
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Um destes quatro malcatenhos doou o terreno
para a construção do Lar da Freguesia-Pólo I
Como é bom vermos a nossa
aldeia em destaque!
O lar, é uma das instituições que tem conseguido
responder aos pedidos de apoio, das famílias e dos idosos, da freguesia e também de terras vizinhas.
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Entrada principal da Freguesia de Malcata |
Na freguesia de Malcata, nada do que se decide nas assembleias de freguesia é do conhecimento geral das pessoas. Em Dezembro de 2024, portanto, o ano passado, foi convocada a última sessão da Assembleia de
Freguesia, para apresentação e votação do Orçamento e das Actividades
para o próximo ano, o de 2025, que é bom lembrar, é ano de eleições
autárquicas. Já passou quase um mês e nenhuma notícia oficial foi divulgada
pela Junta de Freguesia ou Assembleia de Freguesia.
Porquê? Porque não se comunica nas suas páginas da internet?
Estão a faltar
ao respeito dos eleitores e dos malcatenhos que não sendo eleitores, mostram-se
interessados pelo que se vai passando na aldeia onde nasceram. Não estamos a
exigir nenhum aumento de ordenado ou subsídios para alguma associação. O facto
de não informar a comunidade, isto é, o povo, como se costuma para aí dizer é, já em si, uma falta de respeito por quem nela vive e paga os seus impostos e também pelos que vivem longe.
José Nunes Martins
Cabras e cabritos que conheciam bem o seu pastor. (No tempo em que o Ti Manuel Santos tinha saúde...) |
Vamos lá ter cabras quando?
Há tanta gente sem uma casa digna
desse nome que faz dó olhar para aquele enorme edifício vazio! A casa de abrigo
e o departamento comercial estão construídas as suas paredes exteriores e
respectiva cobertura. A chuva não entra graças às portas e janelas. O que falta
então? Até dinheiro para o fornecimento de energia fotovoltaica já foi dado
pela Câmara do Sabugal! E este valor é para juntar aos 100.000,00 euros que a
mesma Câmara já tinha aprovado em reunião! Também se pagaram plantas, pastos,
vedação do terreno…uma peça para a sala de ordenha (há muito que estava
embrulhada e protegida com plástico, eu a vi no coberto da antiga escola
primária).
Há luz? Água do furo? WC’S e papel
higiénico?
Se a resposta a estas questões for
positiva, só me resta mais uma questão:
Quem são os pastores das cabras?
Ajudem-me a compreender tanta demora neste
ambicioso projecto, que tanta gente fala e está como que com destino
previamente decidido pela autarquia, cujo presidente, é também, o responsável
pelo acompanhamento da obra.
Aguardo então pela vossa ajuda.
Obrigado
Há tanta gente sem uma casa digna
desse nome que faz dó olhar para aquele enorme edifício vazio! A casa de abrigo
e o departamento comercial estão construídas as suas paredes exteriores e
respectiva cobertura. A chuva não entra graças às portas e janelas. O que falta
então? Até dinheiro para o fornecimento de energia fotovoltaica já foi dado
pela Câmara do Sabugal! E este valor é para juntar aos 100.000,00 euros que a
mesma Câmara já tinha aprovado em reunião! Também se pagaram plantas, pastos,
vedação do terreno…uma peça para a sala de ordenha (há muito que estava
embrulhada e protegida com plástico, eu a vi no coberto da antiga escola
primária).
Há luz? Água do furo? WC’S e papel
higiénico?
Se a resposta a estas questões for
positiva, só me resta mais uma questão:
Quem são os pastores das cabras?
Ajudem-me a compreender tanta demora neste
ambicioso projecto, que tanta gente fala e está como que com destino
previamente decidido pela autarquia, cujo presidente, é também, o responsável
pelo acompanhamento da obra.
Aguardo então pela vossa ajuda.
Obrigado
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No tempo em que todas as famílias criavam cabras e as levavam para o campo. |
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Portas fechadas da queijaria em Malcata explicam muito o que se passa. |
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A obra existe e está à vista no Google. Sem cabras e sem pastores é dinheiro desperdiçado! |
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Foto copiada das redes sociais |
Lembram-se do que dissemos
na noite de 31 de Dezembro?
“Boas Festas e Próspero Ano Novo”,
também alguns dizemos
“Olha, para o ano, corra pelo mesmo
cano”!!!
E nada contra este costume. Todos os
anos repetimos estas mesmas frases. Esta de desejar ao outro que “corra pelo
mesmo cano”, é o mesmo que desejar que as coisas continuam a correr como têm
corrido, ou seja, é a continuação do que não se acabou no ano velho e ao menos,
manter a canalização limpa e desimpedida, é um dos 12 desejos.
Em Malcata, terra onde nada acontece como nas outras terras, somos sempre originais na forma de levar as coisas avante. Tudo é um mistério, ninguém fala, as coisas anunciam-se e depois esquecem-se de manter a comunidade informada.
O que não vão conseguir esconder, são
as obras dos anos passados, tantas vezes prometidas e não cumpridas. Como não foram feitas na primeira vez que as anunciaram, voltaram à lista das
obras importantes e pensam que o povo nem dá conta. Mas, como a máquina que mede o tempo, está sempre em movimento e não podem interromper o avanço dos anos, em Malcata, há obras por fazer, que já vêm do tempo de santa Engrácia, mais parecem projectos para finalizar na semana dos nove dias!
Este ano, que agora está a começar, vai ser uma pressinha e de muito trabalho, é que daqui a uns meses vamos para eleições autárquicas. Quem agora está na cadeira de sonho, sabe, por experiência vivida, que tem de apresentar obra feita. Eles sabem que há muita falta de memória, há ainda desconhecimento e algum analfabetismo nas pessoas mais idosas. A estes dois factores há ainda um pensamento e estilo de vida conservador, muito marcado pelas crenças religiosas. A gente é humilde, pouco ambiciosa e nada aventureira, preferem cair várias vezes na conversa e nas promessas que lhes solucionem os seus problemas, os pessoais e não os da comunidade, que zangarem-se a sério, até porque têm medo de represálias! Há que estar bem atentos aos movimentos, às conversas ou chegada de paisanos estranhos à freguesia. É assim que as coisas começam...lembro que, em anos de eleições, as obras surgem em quantidade tal que assusta. Lembram-se do que aconteceu em Malcata nos anos 2008, 2009...eu avivo a memória: ofélia club, sala das memórias, praia fluvial, antena telemóveis...etc...mais recentemente, o "rebanho das cabras" nos baldios que já levou uns milhares de euros e cabras nem sinal!
Lembro aos habitantes da minha
aldeia que, em tempo de eleições, muitas coisas se acabam, outras se começam e ainda aparecem os partidos que estão no poder, com projectos de interesse municipal, de interesse para as freguesias, agitando a bandeira e dizem que, só eles sabem fazer melhor…depois, ainda fazer mais e melhor! Tudo não passa de promessas e ilusionismo que o público gosta, mas não percebe porque acredita.
Por isso, o conselho que aqui deixo é
que, estejam vigilantes, tanto de dia, como de noite, porque, nunca sabemos quando um profeta falso bate à porta, interpela na rua ou no adro, depois da missa, um hábito que se repete muitas vezes, para todo o mundo ver que até vai à igreja e só sai no fim da missa.
Alerta e cuidado até ao
dia das eleições. Não se deixem levar pelo conto, porque quando alguém conta um conto, acrescenta-lhe sempre um ponto. Exijam papeis, documentos, peçam autorização para consultar, mostrem interesse em ser informados.
Fiquem atentos e tornem-se bons observadores do que
vai acontecendo um pouco por todo o lado, particularmente, na nossa aldeia. Talvez desta vez, lhe queiram vender uma "nova aldeia" para tratar das pessoas com doenças que emperram a memória e alguns vão simplesmente dar um passeio e depois esquecem o caminho para regressar. Olhem que já pagaram a um gabinete de "planeamento" para analisar o assunto...que promete mais uma vez, ser interesse de todos.
Com presépios e camiões lá se leva o povo à sede do concelho. E a estrela em cima do palco sabem quem desta vez? O artista fez a festa, deitou fogo de artifício e o povo é que paga a festa onde ele foi um dos artistas principais e bem acompanhado das bailarinas!
O povo gosta é de festas e bolos! O novo ano, começou alegre e aos saltos.
E assim se vive por terras do Sabugal, onde tudo é normal, menos eu.
José Nunes Martins
O tempo passa e acabamos por nos esquecer do que já aconteceu no passado, muitas vezes não foi há um ano mas muitos mais...
José Nunes Martins
Venha dar as Janeiras,
Em Malcata, mesmo com ventania e chuva que é próprio dos
Invernos, há muitas casas vazias, como em muitas outras aldeias raianas.
Durante décadas, a emigração, a saída de gente para as cidades portuguesas,
transformou por completo a vida que se fazia.
As pessoas que ficaram continuaram a fazer o mesmo que os seus
antepassados lhes ensinaram. Aos poucos e poucos, à medida que a idade avançava,
iam-se deixando as culturas, as hortas, o gado e até os marranos já se podem
contar pelos dedos das mãos! Vacas amarelas ou às manchas brancas e pretas, nem
uma cabeça, não precisam destes animais e pronto, é mais fácil comprar o leite
de pacote, os frangos e os coelhos fazem a mesma coisa, o que levou ao abandono
dos lameiros, do cultivo de nabos, milho…e das consequências destas “desnecessidades”
nota-se uma tranquilidade demasiado silenciosa, até dá sono e deixou-se de
ouvir os chocalhos, as campainhas de outros tempos. Agora, os netos/as nem
sequer têm como andar com um cabrito nos braços, ou pedir aos avós que lhe
mostrem a vaca, o burro, só na televisão ou ter a sorte de ter uns avós com
carta de condução e carro para os levar à quinta do Ramalhas ou do Albano.
E, como se esta descaracterização da
nossa terra não fosse preocupante, mais uma vou acrescentar e que era uma
tradição geradora de bons momentos de alegria, de confraternização e partilha.
Estou a referir-me à tradição de “cantar as janeiras” por toda a aldeia. Noutros
tempos, era a associação a entidade que anualmente, fazia questão de que, no
seu programa de actividades, estivesse incluído o evento “Cantar as Janeiras”
na aldeia. No presente, a Associação Cultural e Desportiva de Malcata, deixou
de organizar o evento e não há iniciativa para retomar esta tradição natalícia.
O mês de Janeiro tem sido pródigo em muitas coisas, mas nada que se compare ao
cantar das janeiras.
Que razões e justificações tem a ACDM
para ter desistido das Janeiras?
Gostava que este ano se retomasse esta
tradição. Para não haver mal-entendidos, as pessoas deviam questionar a ACDM e
esta responder se pretende retomar o cantar das janeiras ou se abdica
definitivamente de as organizar. E esta dúvida deve ser clarificada o mais
depressa possível. Enquanto isso não acontecer, ou seja, se a ACDM se mantiver
em silêncio, é mau sinal e o meu apelo de nada valeu, ou não conhecesse eu os
malcatenhos!
PS: Recordar é reviver, consulte aqui
o Cantar das Janeiras em Malcata:
https://acdmalcata.blogspot.com/2012/01/janeiras-8-de-janeiro-de-2012.html
José Nunes Martins
Nome: Carlos Alberto Marques Pereira