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UM CONTO QUE VOS CONTO PARA PENSAR

 

Águas que vão dar à albufeira chorai...

   A análise à qualidade da água que abastece a freguesia de Malcata foi feita no dia 2 de Setembro. Posteriormente, a 7 de Setembro à noite, a freguesia de Malcata, através de informação publicada nas páginas da Junta de Freguesia, é informada da contaminação da água, limitando-se o executivo a publicitar cópia do aviso que tinha recebido da entidade gestora da água, a APAL-SIM.
   Eu mesmo, procurei reunir informação credível para divulgar através das redes sociais e também do blog www.aldeiademalcata.blogspot.com, enviando mails, apresentando
pedidos de esclarecimento, reclamando na própria APAL-SIM e na página A MINHA RUA. E o que tenho para dizer sobre a contaminação da água da rede de abastecimento público à aldeia de Malcata é… apenas e só as palavras de um residente a informar que
“há água nas torneiras”!

  
   A situação em Malcata é grave e séria e as entidades não revelam publicamente os problemas que têm nas mãos. Tanto a junta de freguesia e a maior parte dos residentes da nossa aldeia, desvalorizam e ignoram os reais riscos que, desde meados de Julho estão as pessoas sujeitas apenas por ingerir água da rede pública.
   Estamos perante um problema de saúde pública.
   Também a junta de freguesia devia estar preocupada com a outra água que se consome na freguesia e que provém de minas públicas, de poços particulares, alguns abertos no quintal, sem qualquer análise de laboratório credenciado.
   Tudo isto é assunto sério e deve ser tratado como tal. A junta de freguesia tem de pressionar ainda mais a empresa responsável pelo controlo da qualidade da água às pessoas. É um líquido que é pago e bem pago todos os meses.
   A apatia das autoridades de saúde e o desinteresse dos moradores, muitos já de idade avançada e sem voz forte e esclarecida dos riscos a que estão expostos, estão a contribuir para uma situação insustentável e perigosa.
   Há que abrir as gargantas e agitar as águas que circulam em Malcata. E na freguesia não devem faltar poços ilegais, sem controlo de qualidade da água, fossas a receber as águas sujas das habitações, esgotos da aldeia que se misturam com água da barragem e depois bombeados para a Estação de Tratamento.
   Se isto fosse um conto passado na aldeia, não me sentiria tão preocupado. Não sendo um conto, estou preocupado e muito.

                                        José Nunes Martins

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