COMO EU VEJO MALCATA?

 

   A minha Canon tem sido uma companhia insubstituível. E é raro o dia em que saio de casa sem ela. É que encontro sempre alguma coisa que me chama a atenção e aquela ideia de registar momentos, memórias, histórias, pormenores que me deixam feliz.

   Por exemplo, a aldeia de Malcata tem muito mais que as suas ruas, as suas casas ou o seu forno. Malcata tem pessoas, costumes, tradições, as suas festas e é a terra onde eu e muitos de vós, nascemos.
   O despovoamento tem aumentado e a nossa aldeia teima em manter as suas tradições, os seus usos e costumes. É uma aldeia pequena, com muitas ruas e muitas casas, alguns recantos belos e tranquilos, que convém não deixar morrer. É por estas razões que gosto de descobrir a nossa aldeia e através da fotografia procuro dar a conhecer. Às vezes são apenas registos de acontecimentos e que ao fotografá-los os guardarei como elementos representativos da história 
da aldeia e da memória colectiva.     

   Malcata é como é, ou é como eu a vejo através da fotografia? É em busca da aldeia que eu vejo que me leva a fotografar para dar a conhecer a mesma aldeia vista todos os dias por quem nela vive e que é diferente da minha visão. Duvidam do que acabei de dizer? Então para acabar com as vossas dúvidas, aconselho-os a olhar para as fotografias, não para acabar com as vossas duvidas mas para ficarem com dúvidas diferentes das que tinham...
                                                          

                                                              José Nunes Martins
  









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