SABUGAL LUTA PELO SERVIÇO DE SAÚDE












A Associação de Desenvolvimento Sabugal (ADES) vai promover um abaixo-assinado em defesa da continuidade do SAP (Serviço de Atendimento Permanente) nocturno no centro de saúde daquela cidade raiana. A associação vai também organizar uma manifestação em Lisboa.A decisão foi tomada numa reunião realizada no auditório municipal com a presença de cerca de 750 pessoas, incluindo dirigentes da ADES, elementos do executivo da Câmara Municipal e autarcas das 40 juntas de freguesia do concelho. O abaixo-assinado, que vai circular por todo o concelho a partir de quinta-feira com a colaboração das juntas, será posteriormente remetido ao ministro da Saúde, primeiro-ministro, Assembleia da República e provedor de Justiça, adiantou à Agência Lusa, José Robalo, presidente da direcção da ADES.Segundo o mesmo responsável, “ainda antes do final do ano”, será realizada uma manifestação em frente do Ministério da Saúde, a dar conta da reivindicação dos habitantes e autarcas do concelho. “Iremos fazer uma manifestação em Lisboa para dizer ao Governo que estamos descontentes e que não queremos o encerramento do SAP”, disse José Robalo.“O interior raiano entende que também tem direito a serviços públicos de saúde, educação e justiça. Somos cidadãos de primeira e pensamos que o Governo devia tratar de forma desigual aquilo que é desigual”, defende.O mesmo dirigente considera que são necessárias medidas para fixar as pessoas no interior do País, mas admite que “com este tipo de decisões, estão a matar esta região, porque fica cada vez mais desertificada”.Fecha, só não se sabe quandoO presidente da Administração Regional do Centro (ARS), Fernando Regateiro, já garantiu que a 4 de Dezembro não irá encerrar nenhum dos SAP do distrito da Guarda, nem estão ainda definidas datas para o seu encerramento. Contudo, José Robalo aponta que o presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Manuel Rito, deu a conhecer na reunião que o responsável da ARS garantiu que o SAP vai fechar, “só não sabemos quando”.Se tal acontecer, a ADES irá avançar com uma “providência cautelar de base popular para impedir que o Governo proceda ao encerramento da urgência”. Distâncias são o problema“No concelho do Sabugal temos uma população envelhecida que precisa de cuidados de saúde, temos aldeias a 60 e a 70 quilómetros de distância da Guarda. É impossível prestar cuidados de saúde às pessoas sem o SAP (Serviço de Atendimento Permanente) nocturno”, sublinha José Robalo, da Associação Desenvolvimento Sabugal.O concelho do Sabugal faz fronteira com Espanha e com o encerramento do SAP do centro de saúde, a população passará a ser assistida no Hospital Sousa Martins da Guarda. “No Sabugal temos aldeias a 70 quilómetros da Guarda”

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