Carlos e Graciete Clemente merecedores de justa homenagem!
Ao contrário do que as pessoas
possam pensar, a principal marca do presidente do Lar de Malcata, foi estar e ter
sempre presente os utentes que a instituição acompanhava e acolhia. As vezes
que me cruzei com ele foram poucas e recordo que, depois de nos
cumprimentarmos, perguntava-me sempre como estava o meu pai.
A saída do lar, não acredito que tenha
sido um processo que ele tivesse sequer imaginado acontecer como aconteceu. Foi
uma saída sofrida e dolorosa que afectou a sua família, com sinais mais
visíveis na esposa. E mais do que falar ou lembrar as polémicas em que possa
ter estado envolvido, a pergunta é se uma freguesia pode dar-se ao desplante de
não reconhecer o homem que mais anos esteve ao leme do lar de Malcata. Porque
mais do que aquilo que cada um de nós pode pensar, é o trabalho que deu frutos
e trouxe um bem-estar social e familiar a todos. Até podemos sempre, quem o
quiser fazer, rebuscar aqui e além, e encontrar até razões para apontar um dedo
a este homem, presidente eleito durante vários mandatos, mas acredito que os
motivos para enaltecer e reconhecer a obra feita são em maior número e por isso
não o fazem.
Presidir a uma instituição social, uma
associação de solidariedade, não é fácil e não é para todos. Malcata, sendo uma
freguesia pequena, deve ter orgulho no lar que desde 1991 é uma estrutura
estruturante e sob a sua alçada se governam muitas famílias, que se sentem
tranquilas por saber que os seus familiares mais idosos estão bem instalados e
há sempre quem cuide deles. Como já
disse, não é tarefa simples dirigir o lar de idosos e também não é fácil
encontrar pessoas totalmente limpos e com um histórico totalmente imaculado.
Encontrar um santo ou uma santa em Malcata é tarefa ainda mais difícil e como
não se conhece nenhum santo(a) viva, de carne e ossos, boca, ouvidos, mãos e
cabeça sem nódoas, com uma ficha limpa, se calhar os malcatenhos devemos fazer
um esforço para aplaudir quem já presidiu e de futuro encontrar quem melhor
faça. Claro que a nossa vida não é traçada a régua e esquadro, o caminho também
tem curvas e dificuldades e as polémicas aparecem sempre, o que nem todos somos
capazes é de deixar obras boas, marcadas pelo amor ao próximo e o lar é uma
dessas obras boas, que já marcou e vai continuar a deixar marcas nas pessoas e
na aldeia, disso não tenho dúvidas.
O impossível esvaia-se quando alguém
torna real o que antes se pensava ser impossível acontecer. E a família de
Graciete e Carlos Clemente, sem qualquer dúvida, são credores de obra
realizada, de trabalho feito. Para quando uma homenagem pública?
Obrigado João(José Martins) por este alerta. Não haja dúvida que o Lar é uma obra estruturante para Malcata. E tem de se dar valor e fazer justiça a quem o criou e dele se ocupou tantos anos.
ResponderEliminarPara quando um agradecimento público (homenagem, se quiserem? Penso que todas as forças vivas de Malcata se deviam preocupar para que isso aconteça.
Enquanto assim não for, OBRIGADO Carlos Clemente e Graciete pelo vosso empenho e dedicação a esta causa.
Este meu alerta é o que neste momento está ao meu alcance. Oxalá surja na comunidade malcatenha um grupo dinamizador e que organize algo interessante e nobre. Obrigado pelo seu ponto de vista.
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