A MELHOR VINGANÇA É A NÃO VINGANÇA
Sentados na mesa da esplanada do Café Lince,
tinham acabado de servir-nos o nosso café enquanto planeávamos o que íamos
fazer nesse dia, quando se abeirou da nossa mesa. Cumprimentou e logo iniciou
uma conversa que tinha a ver com as obras que mandou fazer no logradouro da sua
casa da aldeia, sobre as quais eu sempre mostrei discordância e disso mesmo dei
a conhecer aos leitores do meu blog, que desde 2006 mantenho na internet. Desta
abordagem sobraram algumas palavras e alguns desacordos. Pelo meio, a
intromissão totalmente descabida e sem sentido por parte da esposa que,
contrariamente ao seu marido, estava visivelmente exaltada, se intrometeu na
conversa que estávamos a ter, falando de assuntos que nada tinham a ver com o
tema da nossa conversa, originando um aumento do tom de voz, em autêntica gritaria e proferindo palavras em frases sem sentido, criticando os meus gostos pela fotografia, lançando para o ar em alto e bom som, afirmações e juízos falsos sobre a minha vida privada, pessoal e profissional. Perante as injúrias, a minha esposa pediu para terminar a conversa, pedido que ignorou, levando a que a minha esposa abandonasse o local justificando essa atitude dizendo que não tinha ido ao café para ouvir e assistir aquelas coisas, mas que apenas queria tomar café e estar em sossego. A dita mulher e aos gritos e só parou com a chegada do seu cunhado que, após ter sido atendido no interior do café, dali saiu e veio na minha direcção, com gestos e palavras muito duras e cheias de impropérios, como se estivesse a ser atacado por um cão raivoso, proferindo ameaças de morte e esforçando-se para me agredir fisicamente. A agressão física só não aconteceu porque foi barrado e imobilizado pelos seus familiares presentes.Teve a intenção clara e consciente de me agredir e provocar, para que eu respondesse também com recurso à violência e ameaças.
tema da nossa conversa, originando um aumento do tom de voz, em autêntica gritaria e proferindo palavras em frases sem sentido, criticando os meus gostos pela fotografia, lançando para o ar em alto e bom som, afirmações e juízos falsos sobre a minha vida privada, pessoal e profissional. Perante as injúrias, a minha esposa pediu para terminar a conversa, pedido que ignorou, levando a que a minha esposa abandonasse o local justificando essa atitude dizendo que não tinha ido ao café para ouvir e assistir aquelas coisas, mas que apenas queria tomar café e estar em sossego. A dita mulher e aos gritos e só parou com a chegada do seu cunhado que, após ter sido atendido no interior do café, dali saiu e veio na minha direcção, com gestos e palavras muito duras e cheias de impropérios, como se estivesse a ser atacado por um cão raivoso, proferindo ameaças de morte e esforçando-se para me agredir fisicamente. A agressão física só não aconteceu porque foi barrado e imobilizado pelos seus familiares presentes.Teve a intenção clara e consciente de me agredir e provocar, para que eu respondesse também com recurso à violência e ameaças.
Eu mantive a calma e a serenidade
suficiente e não reagi, nem por palavras ou actos. O homem agressivo acabou por
ser levado para a rua pelos seus familiares, que nada satisfeitos com o
acontecido, a mulher olhou para mim gritando que eu não conhecia mas que um dia
ainda ia ficar a saber a família dos ….e do que são capazes.
Ali permaneci sozinho, sentado na
cadeira onde sempre estive enquanto tomava o café da manhã, como era meu
costume. Levantei-me quando vi passar na rua o carro da patrulha da GNR e fui
ao seu encontro porque sentia necessidade de dar conhecimento dos factos
ocorridos minutos antes e a gravidade assim o exigia.
Uns tempos depois, fui notificado
pelas autoridades dando-me um determinado período para tomar uma decisão. E desde esse dia, apesar dos
conselhos e apoios que recebi e dos apelos para que eu não deixe que o caso
seja esquecido, que não devo ter receio de avançar com o caso, ainda nada
decidi sobre o futuro.
O povo costuma dizer que a justiça de
Deus não é a justiça dos homens. Na nossa sociedade a justiça dos homens, tem
prazos a cumprir e a respeitar, os incumprimentos dos prazos são constantes, o
que parecia um simples processo é muitas vezes transformado num muito maior, os
erros ou omissões são motivos para fazer justiça e quem tiver conhecimentos do
funcionamento do sistema judicial e no interior do sistema, leva a muitas idas
e vindas e nada fica decidido, apenas prolonga o sentimento de ansiedade e
mal-estar e sempre a pensar numa absolvição ou num arquivamento.
Ainda acredito que tenho liberdade
para viver, acredito que gozo de liberdade de expressão, de pensar por mim e de
sentir que é neste mundo que, como ser humano, quero viver feliz, alegre e essa
aldeia do interior também faz parte do meu mundo.
Tenho a consciência de ser uma pessoa
de bem e que deseja o bem para o próximo. O bom nome dos meus pais e
familiares, aliado à minha vontade de ajudar a construir um mundo melhor, com
pessoas mais felizes, leva-me a pensar que também o posso conseguir através das minhas tomadas de posição, das minhas ideias e das minhas acções e ambições, apesar de pensar de forma diferente das outras pessoas, mas com a certeza que o faço com o sentido de responsabilidade de querer ajudar.
Para mim, a vingança comparo-a aos remédios
que o médico me receita: ele receita um remédio, mesmo em pequenas doses, mas se eu o tomar em grandes quantidades, pode
causar-me consequências muito graves para a minha saúde, pode até causar a
morte.
Quem me dera ter a força de responder
como uma pessoa minha amiga que, às vezes, em certas situações como esta que se
passou comigo, se sai com esta de dizer que
“o pobre pode ir sem esmola, mas não vai sem resposta”!
“o pobre pode ir sem esmola, mas não vai sem resposta”!
José Nunes Martins
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