domingo, janeiro 27, 2008

A GRANDE OBRA: ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DE MALCATA



Associação Solidariedade Social de Malcata



A Associação de Solidariedade Social de Malcata é uma instituição de enorme alcance social e humanitário que dia a dia presta variados serviços às pessoas idosas de Malcata. Nomeadamente o Lar e o Centro de Dia da Associação, é um exemplo de trabalho e entrega aos mais idosos. É a grande obra construida na aldeia até hoje. Não porque tenha envolvido montantes astronómicos de dinheiro, mas porque tem sido um sinal claro da solidariedade que as pessoas de Malcata mostraram ao acautelarem a velhisse dos seus familiares ( e porque não a sua), já que hoje têm um lugar onde passar o tempo, comer, divertir-se e dormir e viver uma vida com mais qualidade, com mais conforto e com mais dignidade.


Carrinha de apoio ao domicílio

É também importante para dar trabalho a algumas pessoas que, de outra forma, teria que se deslocar para fora da aldeia. Graças à Associação, criaram-se condições para que os idosos permanecessem em Malcata, evitando o desenraizamento forçado, que teria efeitos nefastos para aqueles que sempre viveram na aldeia.
O apoio domiciliário é um dos serviços que a Associação oferece aos utentes do Centro de Dia. Os funcionários da instituição levam, todos os dias, as refeições a quem esteja em sua casa e aproveitam esse tempo para se inteirarem das necessidades da pessoa visitada e assim prestarem a ajuda necessária.

Serviço de refeições ao domicílio

sexta-feira, janeiro 25, 2008

BENDADA: É URGENTE SOLUCIONAR OS PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO

















Termo de identidade e residência foi a medida de coação que o Tribunal do Sabugal aplicou hoje ao Presidente da Junta de Freguesia da Bendada, aldeia do concelho do Sabugal.
O que aconteceu ainda são repercuções dos desentendimentos por causa de uma antena de telemóveis(ou duas!) que há uns anos se instalou num monte da aldeia. A freguesia passou a receber uma renda anual. Mas desde esses tempos de discussão para a escolha do local da instalação da antena a população da aldeia anda dividida. Os anos passaram mas as feridas deixaram chagas por sarar e na passada quinta-feira, no largo da aldeia, cerca das 20:00, o presidente da Junta de Freguesia da Bendada envolveu-se numa discussão com um indivíduo, também da Bendada,mas com antecedentes criminais na sua vida. Este acabou por ser atingido por um tiro de pistola, alegadamente disparado pelo presidente da Junta de Freguesia.
Os habitantes da aldeia da Bendada, atribuem estes distúrbios e conflitos às divergências que se arrastam desde a instalação da antena dos telemóveis e das posições assumidas pelo padre Manuel Janela, pároco da aldeia e que tem sido muito contestado por um dos grupos de bendalenses. Houve pessoas que já recorreram ao Bispo da Diocese da Guarda para sanar o conflito, tendo sugerido a substituição do pároco por outro, mas até hoje a Diocese nada decidiu a esse respeito.
E eu imagino o ambiente que reina na aldeia. O meio é pequeno, todos se conhecem uns aos outros e as relações de convivência humana e espiritual não têm sido sadias. Este acontecimento deve ser tomado em conta e não é mais do que um " grito" por parte dos bendalenses para que os ajudemos a dar uma solução ao problema que têm para resolver. E é um problema de relações humanas, de diálogo, de os dois lados unirem esforços para encontrar a solução verdadeira:
"Amar o outro, como eu me amo a mim mesmo!"

quinta-feira, janeiro 24, 2008

A SAÚDE QUE TODOS DESEJAMOS


A saúde é o que as pessoas mais desejam para a vida. O Serviço Nacional de Saúde(SNS) está a passar por uma enorme mudança. Há serviços a encerrar, outros acabados de construir mas de portas fechadas aguardando ordem para abrir. Hospitais que foram remodelados e agora veêm os seus serviços transferidos para outras unidades de saúde. Gastou-se o dinheiro, criaram-se espectativas nas pessoas que iam beneficiar de melhores cuidados de saúde e são confrontadas com o contrário.

Os casos de falta de assistência em casos de emergência são cada vez mais noticiados. Hoje , o jornal dá voz às pessoas de Castelo, lá para os lados de Alijó, no norte de Portugal. O senhor António, de 44 anos, faleceu na madrugada da passada terça-feira. Porquê? Dizem os seus conterrâneos que a assistência foi demorada e...
"Vila Real é demasiado longe para nós. São 60 quilómetros, mas não é como na auto-estrada, que é tudo mais rápido. Não deviam ter fechado o Serviço em Alijó."

"Imagine eu, com 76 anos. Se me acontecer alguma coisa, para eles é igual. Já passamos do prazo, não interessamos a ninguém."

O senhor António vivia lá para os lados de Vila Real. Precisou de assistência médica urgente e demorou uma eternidade a ter essa assistência. O 112 diz uma coisa, os bombeiros outra e os familiares e amigos do António outra. A verdade, é que o António perdeu a vida, ou seja, o auxílio de que necessitava não veio a tempo. O concelho do Sabugal estende-se por uma extensa área. As pessoas, quando precisam de cuidados de saúde, têm que percorrer dezenas de quilómetros até ao Centro de Saúde. Quando é necessário transporte de urgência, têm de esperar que os bombeiros do Sabugal ou Soito cheguem. E o tempo passa, passa ao mesmo tempo que a vítima luta pela vida. Claro que não podemos ter um médico à porta de casa, ou um enfermeiro, ou um Centro de Saúde em cada aldeia. Mas se o Centro do Sabugal possuissse uma equipa de emergência com a respectiva ambulância devidamente equipada, o socorro passaria a ser mais rápido e a vida dos sabugalenses teria outra qualidade e longevidade. É urgente melhorar a assistência aos cuidados de saúde críticos e de emergência. Os hospitais da Guarda, Covilhã ou Coimbra estão demasiado distantes para as estradas que o concelho do Sabugal tem. É urgente que a cidade do Sabugal tenha melhores ligações rodoviárias às auto-estradas que passam ao lado e que depressa chegam aos hospitais da Covilhã, da Guarda e até de Coimbra. Tudo é importante quando uma vida humana está dependente dos outros e do lugar onde vive. As pesoas, mesmo as que já têm 76, 80 ou mais anos, contam e são vidas que têm o direito à vida.