24.8.21

PARA GANHAR BASTA NÃO DESISTIR

 


   

  É difícil entender o estado de acomodação da gente das nossas aldeias. A maioria das pessoas que residem habitualmente nas aldeias do nosso concelho, facilmente se esquecem da herança daqueles que lhes precederam. E aqui não me refiro aquelas heranças dos prédios (terrenos e casas), mas às riquezas culturais, aquelas heranças que não se cultivam nos campos e guardam nas arcas de madeira.
  Estou cá com uma vontade de tocar os sinos e chamar o povo, os bons e os menos bons, os falsos e falsas, as beatas e os ateus.
  O que se passa no nosso concelho é desconhecido pela maioria das gentes. Uns por desinteresse e alheamento, outros porque têm a convicção que o assunto relacionado com a administração da “coisa pública” está entregue aos autarcas e são eles que sabem como resolver.
   Estamos a um mês das eleições autárquicas e ontem saiu nas redes sociais uma informação que me deixou preocupado e parece que o que aí vem, é  até assustador. Estou a referir-me à notícia que li e divulgava que em 15 das 30 freguesias do concelho do Sabugal, nestas eleições autárquicas de 2021, só se apresentou uma única lista. Dessas 15 freguesias, 10 são listas do PSD, 1 freguesia a única lista é do PS e 4 freguesias apresentaram-se só independentes. Tendo em conta que este grupo de 15 constituem 50% das pessoas que vão governar as juntas de freguesia e também a ser membros da Assembleia Municipal, qualquer leigo em questões políticas tira a mesma conclusão ou pelo manos há uma forte tendência para acontecer.
   Portanto, o cenário que temos no nosso concelho é este e não é nada bom. Algum de vós ficou chocado com esta situação? Isto assim como está, prova que as pessoas que vivem nestas freguesias raianas não se apercebem em que terra vivem. Quando se escolhe um rei fraco, os súbditos deixam-se fraquejar. E a verdade é que nas
democracias, para o bem e para o menos bem, a responsabilidade das escolhas dos líderes políticos está no voto das pessoas, do povo. 
   Como vai responder o povo ?
                                                            José Nunes Martins

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