O BOM FREGUÊS
Há feridas que é preciso sarar e até que isso aconteça, temos que ter a coragem de procurar os remédios para a curarmos. Colocar as mãos na ferida e com ajuda e cuidados necessários, um dia ficará curada.
Se olharmos para o tempo que já passou, o que podemos ver e o que somos levados a pensar? O que foi feito até aqui? Sabemos que há projectos por fazer, outros por acabar e ainda aqueles que se pensam um dia fazer.
E o que nos diz ou transmite o poder local? Pouca informação, quase nada, para não dizer mesmo nada. Como vão as coisas? Vão bem, vai tudo bem e tudo como dantes em Abrantes. É o que me apetece dizer, pois parece que quanto menos perguntas forem feitas, tanto melhor.
O boca a boca de hoje já deixou de ser exclusivo dos residentes na nossa freguesia. Com o uso das novas ferramentas tecnológicas de informação e comunicação, mesmo não estando presente e a residir na aldeia, rapidamente sabemos o que se diz, se espalha. Já não há como fugir e aqueles que continuam a negar a importância da utilização da internet e das suas capacidades de informação e divulgação é porque ainda não estão preparados para aceitar viver numa democracia participativa para além do colocar a cruzinha no voto sempre que há eleições.
É ou não importante que o cidadão comum participe nas acções do poder local?
É às juntas de freguesia que compete o Estado bem próximo. E o que sabem os cidadãos sobre a sua junta de freguesia, os trabalhos que fizeram, os que estão a fazer, as dificuldades e as demoras num determinado projecto ou obra? Há quem entre na sede da junta de freguesia quando lhe falta alguma coisa, quando rebenta o contador da água, quando falha a luz eléctrica e algumas vezes são capazes de sair de lá sem resposta, sem nada nas mãos. Sabemos que a junta de freguesia deve responder aos pedidos do cidadão, quer se trate de uma reclamação, um pedido de ajuda e fazê-lo com eficácia e rapidez.
Aqui chegados, a utilização das novas ferramentas da comunicação têm que ser incentivadas na sua utilização para servir melhor o cidadão. E o que tem feito a nossa junta de freguesia a este respeito é muito pouco, apesar de estar a pagar por serviços e ferramentas que podiam contribuir para aumentar as relações do poder local com o cidadão e este se sentir mais participativo na vida da comunidade. E que dizer dos malcatenhos espalhados um pouco por todo este mundo? Hoje, com a ajuda da internet, há a possibilidade de resolver muitos assuntos importantes sem que haja necessidade de aguardar até ao mês de Agosto para se dirigir à junta de freguesia a fim de ficar resolvido um qualquer problema ou documento necessário para o cidadão.
O que nos define como uma aldeia desenvolvida, é o empenho e a capacidade de cada malcatenho se responsabilizar pelos seus actos e cumprir os cumpromissos assumidos em determinada data.
José Nunes Martins
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