OS DE BAIXO COM MUITA ÁGUA E OS DE CIMA EM BANHOS DE LAMA

Foi em Setembro e este ano será em Agosto?







   Desde os anos 50 que não parou a abalada de pessoas da nossa aldeia para outras terras, outros países. Por necessidades de melhorar as condições de vida familiar,  foram muitos os que foram obrigados a emigrar e longe da sua terra aprenderam a mostrar que eram pessoas trabalhadoras.  Alguns desses primeiros que abalaram já regressaram e aqui estão a viver a reforma.
   Hoje já não emigram assim tantos, mas agora quem emigra são os nossos recursos de água. Tal como aconteceu com os emigrantes, a água das nossas nascentes está a ser rentável para aqueles que vivem na Cova da Beira. Preocupa-me olhar para o nível a que se encontra a água da albufeira da barragem do Sabugal, nomeadamente na zona envolvente a Malcata. Há dias visitei a albufeira da barragem do Meimão/Meimoa. Lá não falta água em toda a extensão da albufeira. Não estava em pleno armazenamento, mas se compararmos com o estado em que se encontra a albufeira da barragem do Sabugal, sou levado a pensar que não estão a ser justos no controlo dos níveis de água nas duas albufeiras. Enquanto os malcatenhos ficam a ver os esqueletos da antiga estrada e a antiga ponte, dando quase para voltar a caminhar pelo velho alcatrão, as gentes da Cova da Beira e os utentes da Zona de Lazer do Meimão desfrutam e abusam de tanta água à disposição. Lá para baixo ficam mais ricos, mas cá os malcatenhos não podemos ficar mais pobres simplesmente pela inexistência de pressão política sobre os responsáveis dos transvases da água de Malcata para o Meimão. Alguma acção deve ser feita para que se faça justiça.
                                                                      José Nunes Martins

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