MALCATA CONTINUA PROTEGIDA PELOS ANJOS
Malcata e a sua segurança |
Na nossa região rural as
propriedades florestais são de dimensão pequena. Esta característica dificulta
a criação de estratégias que sejam eficazes para prevenir incêndios e aumentar
o seu valor económico. Há muitos anos que a estrutura das propriedades se
encontram muito divididas por muros, por heranças, por desacordos entre as
pessoas. Quando uma família não se entende ou quando sabemos que são muitos os
donos dos terrenos, que fazer para coordenar e trabalhar áreas maiores?
Em Malcata existe uma solução ao nosso dispor: gestão associativa ou ZIF, com ainda a vantagem de existir também os Baldios com uma equipa de sapadores florestais.
O que nos falta então?
Recorrer a mecanismos mais persuasivos, dos que foram usados até agora, para convencer o maior número de proprietários da importância que é apoiar a ZIF de Malcata, vinculando-se e marcando presença nas suas acções, nomeadamente nas reuniões periódicas e nas actividades que realiza.
Alguns de nós sabemos que isto da ZIF ainda tem muito que amadurecer e o próprio Estado também tem que financiar devidamente estas entidades. Contudo, há decisões que estão apenas e só nas mãos dos proprietários e não nas ZIF’s ou organismos do Estado.
Qual está a ser a maior dificuldade para que a ZIF de Malcata não tenha neste momento mais aderentes e mais visibilidade? Na minha opinião, sem estar aqui a apontar o dedo a alguém, o individualismo é o maior entrave à entrada de mais proprietários na Zif. Eu iria mais longe e estenderia esta dificuldade também à fraca participação das pessoas de Malcata no que toca ao trabalhar para o bem comum, sacrificando algum benefício pessoal ou familiar em favor de toda a comunidade.
Nestes últimos meses ficámos cansados e fartos de ouvir falar da limpeza das florestas, da obrigação dos proprietários de limpar as suas propriedades, de se criarem zonas de segurança para as povoações rurais, etc. Muito se escreveu, colaram-se cartazes nas vitrinas dos cafés, na porta da torre do relógio. Limado o período das ameaças de notificações e multas, alargando no tempo os trabalhos de limpezas, podemos afirmar que a nossa aldeia está agora segura na eventualidade de ser rodeada pelos incêndios?
O que foi feito e está ainda a ser feito deixa a população de Malcata descansada?
Numa visita recente à nossa aldeia constatei que algumas propriedades já tinham sido limpas de matos e silvas, os espaços sob as linhas de electricidade são agora zonas sem arvoredo e mostram o trabalho feito. Ainda bem que se trabalhou para o bem de todos, mas não nos devemos contentar com o que se fez, há ainda terrenos por limpar e planos de segurança para aplicar. Agora que o Estado anunciou o programa “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras” a aplicar pelos municípios que possuem freguesias de risco, alguns “oficiais do município sabugalense” têm agora a oportunidade de tirar da gaveta os planos guardados e em colaboração com a Autoridade Nacional de Protecção Civil o demais entidades, tomem as decisões necessárias para proteger os bens e as pessoas e esqueçam a antecipação e o atrevimento da AMCF-Associação Malcata Com Futuro quando enviou um pedido de elaboração de um Plano de Segurança para a Aldeia de Malcata, no Verão de 2017, onde José Escada, presidente da AMCF e toda a direcção pensaram nas possíveis medidas a implementar e a resposta dada pela Unidade Sabugal+ foi esta:
"Relativamente ás questões que coloca sobre a proteção e defesa da aldeia de Malcata, cumpre-nos esclarecer que está expresso no Plano Municipal de Emergência e proteção civil do concelho do Sabugal compete á comissão Municipal de Proteção Civil de acordo com a Lei 65/2007 de 12 de Novembro dar resposta em articulação com as demais organizações às ações de socorro, emergência e assistência bem como tomar as decisões necessárias para alcançar os objetivos em situação de emergência seja ela causada pelos incêndios florestais, inundações ou qualquer outra situação natural.”
É em estreita colaboração com Autoridade Nacional da Proteção Civil que em cenários mais catastróficos é necessário tomar as decisões para proteger pessoas e bens assim é pois extemporâneo estabelecer de forma teórica locais de reunião das populações ou percursos de fuga uma vez que a arbitrariedade das situações de catástrofe é de tal maneira grande que apenas no cenário real e conhecendo todas as variáveis no momento se pode e deve estabelecer estas medidas.
Em Malcata existe uma solução ao nosso dispor: gestão associativa ou ZIF, com ainda a vantagem de existir também os Baldios com uma equipa de sapadores florestais.
O que nos falta então?
Recorrer a mecanismos mais persuasivos, dos que foram usados até agora, para convencer o maior número de proprietários da importância que é apoiar a ZIF de Malcata, vinculando-se e marcando presença nas suas acções, nomeadamente nas reuniões periódicas e nas actividades que realiza.
Alguns de nós sabemos que isto da ZIF ainda tem muito que amadurecer e o próprio Estado também tem que financiar devidamente estas entidades. Contudo, há decisões que estão apenas e só nas mãos dos proprietários e não nas ZIF’s ou organismos do Estado.
Qual está a ser a maior dificuldade para que a ZIF de Malcata não tenha neste momento mais aderentes e mais visibilidade? Na minha opinião, sem estar aqui a apontar o dedo a alguém, o individualismo é o maior entrave à entrada de mais proprietários na Zif. Eu iria mais longe e estenderia esta dificuldade também à fraca participação das pessoas de Malcata no que toca ao trabalhar para o bem comum, sacrificando algum benefício pessoal ou familiar em favor de toda a comunidade.
Nestes últimos meses ficámos cansados e fartos de ouvir falar da limpeza das florestas, da obrigação dos proprietários de limpar as suas propriedades, de se criarem zonas de segurança para as povoações rurais, etc. Muito se escreveu, colaram-se cartazes nas vitrinas dos cafés, na porta da torre do relógio. Limado o período das ameaças de notificações e multas, alargando no tempo os trabalhos de limpezas, podemos afirmar que a nossa aldeia está agora segura na eventualidade de ser rodeada pelos incêndios?
O que foi feito e está ainda a ser feito deixa a população de Malcata descansada?
Numa visita recente à nossa aldeia constatei que algumas propriedades já tinham sido limpas de matos e silvas, os espaços sob as linhas de electricidade são agora zonas sem arvoredo e mostram o trabalho feito. Ainda bem que se trabalhou para o bem de todos, mas não nos devemos contentar com o que se fez, há ainda terrenos por limpar e planos de segurança para aplicar. Agora que o Estado anunciou o programa “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras” a aplicar pelos municípios que possuem freguesias de risco, alguns “oficiais do município sabugalense” têm agora a oportunidade de tirar da gaveta os planos guardados e em colaboração com a Autoridade Nacional de Protecção Civil o demais entidades, tomem as decisões necessárias para proteger os bens e as pessoas e esqueçam a antecipação e o atrevimento da AMCF-Associação Malcata Com Futuro quando enviou um pedido de elaboração de um Plano de Segurança para a Aldeia de Malcata, no Verão de 2017, onde José Escada, presidente da AMCF e toda a direcção pensaram nas possíveis medidas a implementar e a resposta dada pela Unidade Sabugal+ foi esta:
"Relativamente ás questões que coloca sobre a proteção e defesa da aldeia de Malcata, cumpre-nos esclarecer que está expresso no Plano Municipal de Emergência e proteção civil do concelho do Sabugal compete á comissão Municipal de Proteção Civil de acordo com a Lei 65/2007 de 12 de Novembro dar resposta em articulação com as demais organizações às ações de socorro, emergência e assistência bem como tomar as decisões necessárias para alcançar os objetivos em situação de emergência seja ela causada pelos incêndios florestais, inundações ou qualquer outra situação natural.”
É em estreita colaboração com Autoridade Nacional da Proteção Civil que em cenários mais catastróficos é necessário tomar as decisões para proteger pessoas e bens assim é pois extemporâneo estabelecer de forma teórica locais de reunião das populações ou percursos de fuga uma vez que a arbitrariedade das situações de catástrofe é de tal maneira grande que apenas no cenário real e conhecendo todas as variáveis no momento se pode e deve estabelecer estas medidas.
Não sendo do domínio publico, por razões de segurança, a
informação que solicita encontra-se na parte 2 do documento que está disponível
no site do município do Sabugal.”
Que os anjos nos continuem a proteger!
Que os anjos nos continuem a proteger!
AMCF preocupa-se com a segurança da aldeia de Malcata:
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