OS DETALHES QUE FIZERAM A DIFERENÇA
OS
DETALHES QUE FIZERAM A DIFERENÇA
Estas eleições, no que respeita a uma freguesia, merece ser registada na história política do nosso concelho e dessa aldeia.
Estas eleições, no que respeita a uma freguesia, merece ser registada na história política do nosso concelho e dessa aldeia.
Uma candidatura apresenta no Auditório
Municipal o seu líder, o seu candidato a presidente. Em campanha, distribuíram
um folheto com fotos e programa. Desconheço se o líder ajudou ou não na sua
entrega aos eleitores. Com os eleitores com que tive oportunidade de conversar,
diziam-me que não conheciam o candidato, não os visitou durante a campanha
eleitoral e mesmo no dia de eleições, só depois de votar é que o viram sentado
na assembleia de voto e quando me encontraram disseram "olha, já sei quem
é, estava sentado lá na sala"!
Enquanto o líder se resguardava, o
actual presidente, que por limitação de mandatos concluídos, está impedido de
candidatar-se a outro, trabalhou no duro, deu o corpo e tudo o mais que tinha
acessível para garantir a vitória ao cabeça de lista. E conseguiu a eleição do
seu líder que mais parecia não querer vencer!
O que aconteceu nesta freguesia é caso
de estudo, pois os eleitores votaram no ex-presidente e não no novo candidato a
ocupar-lhe o lugar.
É verdade que foi o povo que votou e não
quis mudar as coisas. Ficou provado que para ser eleito presidente, basta que
os membros da candidatura, familiares e amigos se unam e com mais uns truques de
magia, o jogo está ganho. Com uma abstenção de 45,52%, dos 435 inscritos só
votaram 237. Onde andam os outros 198 ? Na sua maior parte não ficaram em casa,
porque talvez nem existam! Dos 237 que votaram, 65,82%, ou seja, 156 eleitores
escolheram o candidato apresentado pelo PSD. Os números não deixam dúvidas a
ninguém. Surpreendeu-me a ausência de participação activa do líder e a
estratégia preparada pelo ex-presidente da autarquia para alcançar a vitória.
Vou aguardar pelo desempenho do agora presidente da minha freguesia e cá
estarei para registar os factos e os números para memória futura. Termino com
um pensamento do grande político
que foi Francisco Sá Carneiro, fundador
do PPD - (PSD):
"A política sem risco é uma
chatice,
mas sem ética é uma vergonha".
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