UMA PEDRADA NO CHARCO DE MALCATA
Por momentos pensei que a audição ia
ser um autêntico fracasso e que ninguém estaria naquela sala para ouvir os
ilustres oradores que a associação tinha convidado. Sair do conforto da casa ou
do convívio do café da aldeia, caminhar uns bons dois quilómetros de
guarda-chuva na mão e esperar que o vento não mande para o lixo o raio do chuço
para passar umas horas a ouvir uns fulanos a falar de Malcata, do futuro de
Malcata, valerá o sacrifício?
À medida que os ponteiros do relógio iam avançando, também as pessoas iam chegando, cumprimentavam quem estava e iam tomando o seu lugar. E poucos minutos após a hora marcada no programa, com a sala já bem composta,deu-se início aos trabalhos.
A meio da tarde, depois de todos os oradores terem dito ao que vinham, depois do café e alguns momentos de convívio, seguiu-se uma mesa redonda, com a presença de gente com saber e experiência de vida dando uma autêntica lição de boa cidadania.
Hoje, uns dias após esse encontro, continuo a interrogar-me acerca daquele participante que entrou mudo e saiu calado. Aguentou durante horas em silêncio e nem uma frase em público, nem para o povo que nele confiou e elegeu como líder . Se estava à espera que lhe fosse dada a palavra, era do seu conhecimento que o poderia fazer durante o decorrer da mesa redonda, nunca antes, como era sua pretensão. E porque apenas lhe era dada a oportunidade de falar sobre o tema em discussão na altura devida, ou seja, durante a mesa redonda, recusou o convite para participar mantendo a cadeira ficou. Sabia que iria ter ao seu lado uma senhora que, por sinal, tem uma concepção de exercício de poder local diferente e que, nas diferenças encontra desafios onde primeiro está o dever como autarca e representante do seu povo, num momento em que qualquer político gostaria de mostrar que é líder de um povo acolhedor e simpático e que apoia quem se dispõe a ajudar essa gente,que muitas vezes vive abandonada e desamparada.
Durante as horas que durou a reunião, falou-se da Malcata e de Malcata. Falou-se do território da Malcata, das pessoas da e de Malcata, do lince da Malcata, dos desafios que Malcata tem pela frente.
Que lição de cidadania se viveu naquela sala, onde não aconteceu aquilo que alguns desejavam que acontecesse! Houve lição, fizeram perguntas e ouviram-se respostas e até algumas informações que foram do agrado dos participantes. Houve responsabilidade, respeito, café e bolinhos misturados com sorrisos e sonhos, muitos sonhos e muita vontade de os realizar, porque afinal o associativismo no território da Malcata tem muito mais valor que aquele que muitos pensam que tem. Saímos da audição convencidos que o rumo traçado pela Associação Malcata Com Futuro e respaldado e apoiado por parceiros institucionais, como a Universidade da Beira Interior, a Associação Para a Economia Cívica de Portugal e a Associação Portuguesa de Marketing Rural e Agronegócios, pela Junta de Freguesia de Quadrazais, pela Associação Cultural e Desportiva de Malcata, pela Associação de Solidariedade Social de Malcata e outras associações da região, é o caminho certo para assegurar o futuro das pessoas da Malcata.
Mais informação aqui:
(http://malcatacomfuturo.pt) e https://www.facebook.com/malcatacomfuturo
À medida que os ponteiros do relógio iam avançando, também as pessoas iam chegando, cumprimentavam quem estava e iam tomando o seu lugar. E poucos minutos após a hora marcada no programa, com a sala já bem composta,deu-se início aos trabalhos.
A meio da tarde, depois de todos os oradores terem dito ao que vinham, depois do café e alguns momentos de convívio, seguiu-se uma mesa redonda, com a presença de gente com saber e experiência de vida dando uma autêntica lição de boa cidadania.
Hoje, uns dias após esse encontro, continuo a interrogar-me acerca daquele participante que entrou mudo e saiu calado. Aguentou durante horas em silêncio e nem uma frase em público, nem para o povo que nele confiou e elegeu como líder . Se estava à espera que lhe fosse dada a palavra, era do seu conhecimento que o poderia fazer durante o decorrer da mesa redonda, nunca antes, como era sua pretensão. E porque apenas lhe era dada a oportunidade de falar sobre o tema em discussão na altura devida, ou seja, durante a mesa redonda, recusou o convite para participar mantendo a cadeira ficou. Sabia que iria ter ao seu lado uma senhora que, por sinal, tem uma concepção de exercício de poder local diferente e que, nas diferenças encontra desafios onde primeiro está o dever como autarca e representante do seu povo, num momento em que qualquer político gostaria de mostrar que é líder de um povo acolhedor e simpático e que apoia quem se dispõe a ajudar essa gente,que muitas vezes vive abandonada e desamparada.
Durante as horas que durou a reunião, falou-se da Malcata e de Malcata. Falou-se do território da Malcata, das pessoas da e de Malcata, do lince da Malcata, dos desafios que Malcata tem pela frente.
Que lição de cidadania se viveu naquela sala, onde não aconteceu aquilo que alguns desejavam que acontecesse! Houve lição, fizeram perguntas e ouviram-se respostas e até algumas informações que foram do agrado dos participantes. Houve responsabilidade, respeito, café e bolinhos misturados com sorrisos e sonhos, muitos sonhos e muita vontade de os realizar, porque afinal o associativismo no território da Malcata tem muito mais valor que aquele que muitos pensam que tem. Saímos da audição convencidos que o rumo traçado pela Associação Malcata Com Futuro e respaldado e apoiado por parceiros institucionais, como a Universidade da Beira Interior, a Associação Para a Economia Cívica de Portugal e a Associação Portuguesa de Marketing Rural e Agronegócios, pela Junta de Freguesia de Quadrazais, pela Associação Cultural e Desportiva de Malcata, pela Associação de Solidariedade Social de Malcata e outras associações da região, é o caminho certo para assegurar o futuro das pessoas da Malcata.
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