O LINCE DA MALCATA
O LINCE DA MALCATA Era rei e senhor desse território Tive ainda o privilégio de um ver Numa ajuda que os bombeiros da Guarda deram aos do Sabugal Quando a Malcata estava a arder Já passaram trinta e poucos anos Mas ainda hoje consigo ver Esses olhos negros que me miravam Que até me fizeram estremecer O animal estava preso Não se conseguindo libertar Num emaranhado de vegetação Tivemos que o ajudar a soltar Assim que se sentiu livre Num repente desapareceu Mais parecia um foguete E por essa serra se perdeu Era um gato gigante Nunca vira nada igual O meu companheiro dizia que era um lince Mas eu dizia que ele estava a bater mal Foi sem duvida uma experiência única Que com o tempo se escondeu Veio-me novamente à memória Quando o centro de reprodução do lince da Malcata desapareceu Já é hora do distrito se unir e pedir a autonomia E lutar contra esta devastação Tudo tem desaparecido na nossa região Porque qualqu