7.5.15

AS OPORTUNIDADES SÃO PARA SE APROVEITAR

  Estamos na Primavera e pelos montes e vales nascem flores de todas as cores a que se junta a frescura dos lameiros e a água fresca das fontes.  Os dias agora nascem mais cedo e adormecem mais tarde. Faz de conta que temos mais horas para aproveitar o dia. Sair de casa, caminhar pelos caminhos e veredas que nos levam para lugares tranquilos e floridos. O tempo anda devagar e somos empurrados pelos cheiros e aromas campestres. Lá para a serra a natureza anda nos preparativos para a festa que está para chegar. A natureza sabe que os malcatenhos sobem à serra para celebrar e louvar o Criador pela carqueja e sua bonita flor. Talvez, sem o saberem, os malcatenhos já estão a aprender que é importante salvaguardar os recursos naturais e o ambiente.
   Malcata vai receber esta sexta-feira gente que diz ser a favor do desenvolvimento sustentável e do turismo sustentável. No programa dessa reunião lê-se que interessa a três municípios e que estarão representados no 1ºFórum de Turismo Sustentável da Malcata, a saber: Almeida, Penamacor e Sabugal.
   Turismo Sustentável na Malcata não é só para a nossa aldeia, mas para toda a região abrangida pela Serra da Malcata. Foi feliz a escolha de Malcata para a realização deste primeiro encontro. É um tema e uma oportunidade única que a nossa aldeia tem para mostrar o valor e a riqueza que a região da Malcata pode significar para o presente e o futuro do turismo alternativo, do turismo de natureza. Não somos o Algarve e nem devemos pretender sê-lo. O turismo sustentável é uma actividade que gera desenvolvimento e contribui activamente na melhoria económica das famílias, respeitando sempre a natureza, o meio ambiente, reconhece e respeita as culturas e as tradições locais ( no nosso caso, as pessoas, as culturas e tradições de Malcata ), é também reconhecido o valor que tem a água e a energia.
   Ora, à volta de Malcata, temos muita água, muita floresta e energia eólica. Temos casas florestais espalhadas pela serra, actividades de caça e pesca e muitas outras poderão ser realizadas. Há fornos, moinhos, percursos pedestres, parques de merendas, fontes e muitos caminhos. Os malcatenhos só têm a ganhar com o desenvolvimento sustentável e do turismo ecológico. Este é um dos investimentos que aliado à melhoria da nossa hospitalidade, trará para Malcata uma mudança qualitativa que beneficiará a todos e ajudará a melhorar a vida de todos nós.
   Este é o momento. Saibamos aproveitar esta oportunidade.

6.5.15

1ºFÓRUM DE TURISMO SUSTENTÁVEL DA MALCATA



Carta de Turismo Sustentável da Malcata?
Isso é o quê? Que interesse tem para Malcata e para os seus habitantes?
A resposta a estas perguntas vai ser ouvida na próxima sexta-feira, 8 de Maio de 2015 pelos que participarem no 1ºFórum de Turismo Sustentável da Malcata. A Serra da Malcata estende-se pelos concelhos do Sabugal e Penamacor. A serra modificou-se com a criação da Reserva Natural da Serra da Malcata, com a construção das barragens da Meimoa e do Sabugal. Mais recentemente, a instalação do parque eólico com 19 aerogeradores,  actualmente em funcionamento, mas a empresa promotora tem planos para a instalação de mais seis aerogeradores. O processo encalhou porque o Movimento Malcata Pró-Futuro  levou às autoridades competentes as preocupações do povo e desde então é o tema das conversas de café, dos jornais e das televisões.
O Movimento Malcata Pró-Futuro defende um desenvolvimento sustentável e tem a noção da responsabilidade que têm estas entidades no futuro desta região. O desenvolvimento sustentável aliado a um turismo também sustentável, são ferramentas que podem ajudar a população de Malcata a viver melhor e a aprender a conservar o seu mundo rural. O desenvolvimento sustentável e o turismo sustentável, segundo a Organização Mundial de Turismo, proporcionam novas oportunidades de desenvolvimento e vão de encontro às necessidades dessas regiões. Quer isto dizer, Malcata tem ou vai ter oportunidade para se desenvolver e oferecer ao mundo aquilo que tem de natural e humano. Vamos lá ver se é desta vez que Malcata agarra esta oportunidade. A realização do Fórum do Turismo Sustentável da Malcata no salão da Associação de Solidariedade Social ( Lar ) é um primeiro passo. Um longo caminho, começa com um primeiro passo.


29.4.15

FONTES E NASCENTES



FONTES E NASCENTES 
Antes de 1937 onde iam as pessoas de Malcata buscar a água para beber, para a sua higiene pessoal, para cozinhar e para alimentar o gado?
Bem, antes da construção da Fonte da Torrinha em 1937, a algum lado as pessoas deviam ir. Talvez fossem encher os cântaros de barro à Fonte Velha, na Rua da Fonte e que é uma fonte de mergulho que já existia. Ou então, na Fonte das Fontainhas, muito perto das casas da Moita.
A Fonte da Torrinha é de construção em granito, sem grandes floreados, muito simples e funcional. Possui duas saídas de água e que cai num pequeno tanque, passando depois para outros três tanques maiores. A Fonte da Torrinha é um dos monumentos emblemáticos da aldeia. A água sempre foi fresca e de boa qualidade. Os que vivem em Malcata e aqueles que já lá viveram, sabemos que antes da existência do sistema de água ao domicílio, a água que se bebia em casa ou que se dava aos animais, vinha desta fonte. Ia-se buscar a água nos cântaros que eram colocados na cantareira. A água que se bebia vinha directamente desses cântaros, retirada com a ajuda de um copo, um copo usado por toda a gente, que depois era pousado sempre no mesmo sítio para usar quando necessário.
Hoje em dia, com a chegada da água canalizada e das torneiras, desapareceram as cantareiras das casas e vão ficando esquecidas as memórias desses objectos e dessa forma de consumir a água. Quando era necessária água para o gado, iam encher  os caldeiros de lata ao tanque pequeno, pois toda a gente sabia que era aí que o gado bebia quando ali passava nas idas ou vindas do campo.
Porque não recordar estes tempos?
Porque não recordar as fontes e as nascentes esquecidas?
Outrora, eram locais onde muitos namoros se iniciaram. Eram locais de encontros e grandes conversas. Mas hoje em dia, as fontes e nascentes ou fontaínhas, pouco dizem à maioria das pessoas porque já nasceram no tempo em que basta abrir uma torneira para beber água ou tomar um banho de água quente.