Este pequeno filme mostra uma aldeia, as suas ruas,a serra que lhe deu o nome, das pessoas que ainda lá vivem durante todo o ano. Também revela a "outra" aldeia durante o mês de Agosto, com muita gente que aqui vem passar as suas férias. O Tempo não pára de avançar e os anos transformam as pessoas e as coisas e o passado vai-se esquecendo porque o presente ocupa-nos o dia a noite. Começo a ficar preocupado com a aldeia onde nasci. A vida mudou e muito. As ruas estão calcetadas e limpas. Na minha infância não havia rua que não tivesse vestígios da passagem das juntas de vacas, dos rebanhos de cabras e ovelhas e das galinhas em plena liberdade pela rua. Ainda me recordo daquela tarde de Verão em que uma patrulha da Guarda Republicana multou a Ti Ana por causa das galinhas que andavam na rua. Agora, galinhas com essa liberdade, só conheço as da Ascenção e coitadas, ficam encerradas no galinheiro sempre que levo os meus cães quando vou visitar o meu pai.
O Mundo continua redondo e Malcata continua a ser aquela aldeia perdida e esquecida pelos empreendedores deste país. Ah, se os sonhadores, soubessem o valor que tem Malcata, saberiam onde realizar os seus sonhos e ganhar uma vida de felicidade. Venham, visitem a aldeia, subam até ao cimo da Serra da Malcata e sonhem de olhos abertos ao mesmo tempo que observam o reflexo do sol nas águas tranquilas que a nascente do Côa vai levando até à albufeira da barragem. Se os olhos gostam...se os ouvidos gostam...se o nariz gosta...é porque vale a pena ocupar assim o pensamento.
Comentários
Enviar um comentário
Comentários: