É já no próximo Domingo que vão decorrer as eleições autárquicas no nosso país. Isto quer dizer que a campanha eleitoral está também a acabar. A nossa freguesia, como todos sabem, para eleger o próximo “governo local” tem uma única candidatura.
Toda a gente reconhece a importância que uma Junta de Freguesia pode ter na organização administrativa da nossa terra. Hoje, a junta de freguesia tem muitas competências e deveres para executar serviço público.
Já não se limita a passar atestados de residência ou atestados “prova de vida”. A freguesia de Malcata, como as outras do concelho, recebe uma determinada quantidade de dinheiro para realizar as tarefas que lhe são atribuídas ou para acorrer a determinadas urgências. Que me lembro, nunca a nossa aldeia arrecadou tantos milhares de euros como nestes últimos anos. Poucas são as terras que receberam compensações monetárias por parte das grandes empresas de exploração de energia eólica. Também são poucas as terras que viram ser aprovados projectos de investimento como o é com a nossa aldeia. Vou lembrar apenas um: a exploração pecuária nos baldios da freguesia, vulgarmente conhecido e chamado “Rebanho de cabras”.
Se nos focarmos apenas nestes últimos 12 anos, o que temos na nossa freguesia que justifique a entrada de tanto dinheiro? O que tem para mostrar a presente Junta de Freguesia no que respeita a obra realizada e que valor acrescentado trouxe às pessoas? Deixo este desafio aos malcatenhos para fazerem as contas face ao que recebe a freguesia todos os anos e a obra paga pela junta e não pela câmara do Sabugal. Lembrem-se que as receitas são para ser aplicadas em favor da freguesia.
E olhando para o que se está a passar nesta campanha, que é repetição da de 2021, eu noto que, os malcatenhos que se mostraram simpatizantes do PSD e os malcatenhos que ontem, dia 6 de Outubro, participaram no comício do PSD que se realizou no Salão da Freguesia e Sede da Associação Cultural e Desportiva de Malcata, são cidadãos de primeira, beneficiam de informação e conhecem o programa dos candidatos que o PSD apresenta para a Assembleia de Freguesia de Malcata durante mais quatro anos. Já o afirmei e vou repetir: malcatenhos somos todos, pequenos ou mais altos, simpatizantes ou não do mesmo partido, vivam na terra ou a 200 quilómetros de distância ou mesmo fora do nosso país.
Desde quando os malcatenhos perderam o direito de igualdade de tratamento por parte das candidaturas que se apresentem a eleições para os órgãos públicos da freguesia? Algum dos que se proclama democrata e apoia a social-democracia, me pode explicar a razão de não ser divulgado, para todos os malcatenhos, o que esses senhores dizem que vão realizar na freguesia nos próximos quatro anos?
E a desculpa de ser só uma lista a concorrer não é válida, para mim não é. Isto só acontece em Malcata!
Mesmo sabendo que a campanha eleitoral em Malcata não muda nada de importante, é um gesto de transparência e de abrir os braços aos que sendo nascidos na mesma aldeia, lhes seja comunicado alguma informação do que se pensa fazer a nível autárquico e na aldeia. Mesmo apesar de o voto dos malcatenhos que vivem fora pouco ou nada conta, ficava bem um gesto de respeito e aceitação e era mais um elo que nos podia unir como malcatenhos orgulhosos da sua terra natal. Se isso não está a acontecer, se nem os malcatenhos que leem estas palavras de um malcatenho, de mim não esperem que me venda por uma pequena promessa ou vantagem, eu ainda penso com a minha própria cabeça e quando tomo decisões, tenho presente os valores e circunstâncias que eu considero essenciais.
A verdade é que a campanha eleitoral está a acabar e até Domingo, voltarei aqui na esperança de ainda ficar a conhecer a data de abertura e da entrada em pleno, do Edifício de Apoio à Exploração Pecuária na Freguesia de Malcata e já agora, a inauguração da Sala das Memórias
(Núcleo Identitário da Freguesia de Malcata, de cuja obra foi pago a maquete que, desde Fevereiro de 2017,
tem sido vista na única e pequena sala da Junta de Freguesia dos malcatenhos, de todos e não de alguns).
É pedir muito?
Até amanhã, durmam bem.
José Nunes Martins