Quem afirma que pagar festas é “investimento” devia
esclarecer o povo e sem rodeios,
apresentar os valores “investidos” nas festas. Todos os valores e não parte
deles!
Aquela justificação que se ouve é que
“não havia mordomos para a fazer” …”o São João desaparecia” …ou outras
desculpas parecidas, levam-me a pensar que essas são as razões e a realidade da
maioria das festas das freguesias do concelho do Sabugal…
se salva as festas da cidade, também deve salvar todas as outras festas?
Os políticos quando são eleitos é para
fazerem obra. Seja no Governo do país, na Câmara Municipal ou na Junta de
Freguesia. Portanto, quando fazem obra com o dinheiro dos impostos ou de outras
proveniências públicas, estão a usar o dinheiro dos cidadãos, logo, não devem
ficar à espera de palmas e agradecimentos dos que até lhes pagam para fazer as
obras.
Terminaram as Festas da Cidade do
Sabugal-São João 2025. Será que daqui a uns dias
a “comissão organizadora” municipal nos vai apresentar as contas?
Quando a Câmara Municipal é
responsável pelas festas da cidade, ela também tem a obrigação de apresentar as
contas referentes a esses eventos. A câmara municipal do Sabugal, como
órgão público, deve prestar contas das suas atividades financeiras, incluindo
as despesas e receitas relacionadas com a organização de festas municipais,
conforme diz na lei de finanças locais e nos princípios da gestão pública
transparente.
Como todos sabemos, quando a Câmara
Municipal assumiu a organização das Festas da Cidade e também de outros
eventos, essas decisões implicam o uso de dinheiro público e como tal, devem
ser aplicados os princípios de boa gestão económica e a prestação de contas.
Agora que a cidade voltou à
normalidade, já que os orçamentos para as festas raramente são tornados
públicos, resta esperar pelo relatório detalhado e que explique ao zé povinho
os cinco dias de festa, ou seja, o deve e o haver, como sempre fazia a comissão
das festas São João da Vila e cidade Sabugal. Portanto, a apresentação de
contas e se for até sexta-feira, era bom.
Isso é estar a pedir demais!
ALGUMAS CURIOSIDADES DAS FESTAS SÃO JOÃO 2025:
FESTAS DA CÂMARA MUNICIPAL DO SABUGAL não há igual!
AVISO IMPORTANTE AOS RESIDENTES NO CONCELHO DO SABUGAL
AVISO + AVISO + AVISO + AVISO + AVISO + AVISO + AVISO + AVISO + AVISO +AVISO
APAL-SIM – Águas Públicas em Altitude
(Empresa que agora é responsável pelas Redes de Abastecimento de Água ao
Concelho do Sabugal)
Foram detetadas tentativas de fraude
por parte de indivíduos que se fazem passar por colaboradores dos APAL-SIM –
Água Públicas em Altitude serviços para
agendar falsas colheitas de água em residências.
APAL-SIM – Água Públicas em Altitude, INFORMAM QUE:
" não agendam visitas sem aviso prévio
pelos canais oficiais (telefone oficial, email institucional ou carta);
- Nenhum colaborador está autorizado a entrar nas residências sem identificação
visível e motivo justificado;
Avisam-se as pessoas para :
Ter cuidado com qualquer contacto suspeito e em caso de dúvida, não forneça
qualquer informação e contacte de imediato 271 232 740 ou email
geral@apal-sim.pt.
QUEM AVISA...AMIGO É !
Saber mais aqui:
RUAS, BECOS E TRAVESSAS DESCONHECIDAS
O que é uma
placa toponímica?
É uma placa que indica o nome de lugares públicos, como ruas, becos, travessas,
parques, praças, entre outros. É, portanto, uma peça importante para orientação
destes lugares para quem passa a pé ou de outro meio de transporte.
(Foto de exemplo)
Na nossa freguesia já é comum vermos
este tipo de sinais e recentemente a Junta de Freguesia procedeu à substituição
das velhas placas por outras novas. Durante muitos anos em Malcata este tipo de
sinalização tem sido negligenciada e ignorada pelas várias Juntas de Freguesia.
E se alguém pensa que está um trabalho bem pensado e executado,
não está a ser verdadeiro. Isto de trocar uma placa por outra, com a mesma
informação, todos nós estamos de acordo. Podemos não gostar do formato da
placa, da sua matéria e cor, do seu tamanho ou até da sua afixação. Isto até se
pode considerar de menos importante e como cada cabeça sua sentença…aceita-se
opiniões variadas. Agora, o que está mal pensado e executado é mudar a placa e
mudar o texto, o nome que a placa velha sinalizava, ou pior, afixar novas
placas com topónimos novos, desconhecidos e/ou sem que anteriormente se tenham
acautelado, respeitado, discutido e aprovado esses novos nomes. E aqui está-se
perante a violação das leis relativas às autarquias locais. Em todos os
concelhos de Portugal, pelo menos a lei a isso obriga, existe um Regulamento
Municipal da Toponímia. E o concelho do Sabugal tem esse dito regulamento
aprovado e
pode ser consultado aqui: https://www.cm-sabugal.pt/wp-content/uploads/regulamento-municipal-reg_urbanizacao_e_edificacao_concelho_sabugal.pdf
.
Aconselho a todos os malcatenhos uma
leitura deste documento. Depois, talvez compreendam melhor o que está a
acontecer na nossa freguesia.
A afixação e manutenção das placas com
o nome das ruas e afins, é responsabilidade da Junta de Freguesia. Mas isso não
lhes dá poder e direito de acrescentar ou mudar o mapa toponímico da freguesia.
Nos dias que estive na aldeia não vi qualquer informação pública sobre este
assunto, nem existe qualquer informação nas páginas da internet sob
responsabilidade do executivo da nossa freguesia. Todos sabem que as mudanças
de nomes das ruas podem trazer problemas sérios às pessoas, que, coitadas, não
podem ser depois responsabilizadas pelo que de mal possa acontecer.
Estas pequenas coisas merecem ser
feitas com critérios e respeitando as pessoas, as leis e a história dos
lugares. O cidadão comum pode até não conhecer as regras, mas a uma autarquia
exige-se que conheça e execute em conformidade.
Este assunto é importante, por isso
voltarei a ele.
Exemplos de topónimos novos e desconhecidos os procedimentos para se terem afixado estes e não outros! Há explicações por fazer!
SÃO JOÃO NA CIDADE DO SABUGAL
Obrigado a todos, todos todos.
(Foto da internet)
À medida que a cidade é transformada pelo homem que dá as ordens para executar as obras, sentimos que esquecem as tradições e o passado. E as Festas Populares, que também fazem parte da vida da cidade, não se reduzem à notoriedade dos grupos de bandas musicais ao tamanho do recinto onde tudo se desenrola. Ou seja, as Festas da Cidade do Sabugal estão cada vez mais animadas, mais promovidas fora do concelho e até já chegou aos espanhóis do outro lado da fronteira. Tudo está bonito e eu próprio vi o trabalho dos homens que, numa tarde escaldante de domingo, espalhavam passadas de areia sobre a terra e cobriam com “relvite” verde. É preciso muito amor à “camisola” e dedicação aos Santos Populares para alguém trabalhar naquelas condições. Esta foi a imagem que eu guardo das festas e do tão anunciado investimento do município que só acontece porque quem comanda os destinos do território sabugalense se esforça, pensa e planeia para outros executarem conforme manda quem pode.
Se ao “investimento” deste ano, juntarmos os outros
“investimentos” como o do Largo da Fonte, o que fizeram na Rua Cinco de
Outubro, da Praia das Devesas, a Via pedonal (!!) lá para cima, o que podemos
dizer é isto: vestimos a cidade e mandamos as pessoas festejar fora das suas
muralhas. A festa passou para as mãos de quem se acha dono de todo o reino,
quem tem vida na urbe antiga que apanhe o comboio da modernização…
Umas Festas da Cidade tão compactadas e de costas voltadas para o
passado, por mais dias que lhe acrescentem e nomes sonantes paguem para nela
participar, por mais palavras bonitas de transformação da temática das festas
populares, nem sequer aos calcanhares dos Açores e da Madeira nós chegamos. Até
as cidades de Lisboa, Porto, Braga…perceberam que as Festas da Cidade são para
ser feitas por toda a cidade! E chamar investimentos no concelho, é afirmar e
querer convencer o eleitor que aprenderam a investir na promoção do território
organizando as Festas da Cidade, que são 4 a 5 dias pagos a preço de ouro, sem
controlo e sem contabilizar o retorno. Isso já não é importante, o povo vai de
barriga cheia e alegre, nem se importa de onde veio e para onde vai. Nos
arquipélagos gasta-se dinheiro na promoção do território, da sua história,
gastronomia, paisagem, festas, investem criando nos visitantes a necessidade de
ir conhecer e ficar uns dias a dormir, a passear, a comer, a apanhar flores ou
sol ou saborear um cozido especial…sim é retorno financeiro que fica graças
também às festas
espalhadas por todo o território.
A Festa da Cidade do Sabugal – São João 2025 já começou. Os
sabugalenses que vivem no concelho são os primeiros a desejar festejar. Também
são eles que diariamente sentem as necessidades de que precisam e são eles que
mandam nas suas próprias vidas e terras. Vivemos em democracia e estamos
conversados. Isto não vai para lá do desabafo de quem também se sente
sabugalense mesmo não residindo junto de vós.
Viva o Sabugal e todos os que vão por bem.
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| Abertura das Festas da Cidade Sabugal 2025 (Foto da internet) |
MALCATA: CONHECER A HISTÓRIA
1- “Vai bastante adiantada a construção do nicho de Nossa
Senhora dos Caminhos”
A iniciativa veio das professoras D.
Maria do Carmo Corrais, D. Isabel Borges Alexandrino. Um mês depois, a 7 de Julho
do mesmo ano, foi solenemente inaugurado.
Generosidade do sr. Joaquim Vieira,
construtor e que desde 1964 vive na aldeia, oferecendo a direcção e a mão de
obra do nicho e anexos.
in Amigo do Sabugal, ano 7,
nº23 de 09-06-1968
O primeiro nicho
construído na nossa freguesia era uma obra simples e ao mesmo tempo, rara de
encontrar igual. E a sua primeira localização, à saída da aldeia e junto à
estrada antiga, a uns 20 metros da ponte velha foi inaugurado em 1968.
De acordo com o jornal “Amigo do
Sabugal”, de Junho de 1968, que pode ser consultado na Biblioteca do Sabugal, a
sua construção foi uma iniciativa das no âmbito professoras primárias, que com
o apoio e o espírito da Mocidade Portuguesa propagandeava uma campanha nacional
para construir nichos dedicados à Nossa Senhora dos Caminhos. Ainda, de acordo
com o “Amigo do Sabugal”, a inauguração solene aconteceu a 7 de Julho de 1968.
E a história vai continuar…estejam atentos! Houve muita colaboração do povo e algumas histórias após a inauguração...
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| Nicho dedicado a Nª Senhora dos Caminhos na antiga estrada da aldeia de Malcata. |
A ALDEIA JÁ FOI ASSIM
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| Escola Primária da aldeia encerrada! |
Nasci numa aldeia e lá passei toda a minha infância. Andei
pelas ruas a brincar e a respirar os aromas campestres. Na casa dos meus pais
aprendi o que era trabalhar a terra, a importância dos animais, como o burro e
as vacas, as cabras, coelhos, galinhas e porcos. Foi na Escola Primária que
havia na aldeia que aprendi a ler e a escrever. Depois do exame da 4ª Classe,
para continuar a poder estudar, tive de sair e fui parar bem longe. Nas férias,
voltava à aldeia porque ali viviam os meus pais, a minha família e os meus
amigos de infância. Que bem me fazia aquele regresso!
A aldeia era pequena e tinha sempre
saudades e vontade de estar uns dias naquele paraíso, com pessoas a ir e a vir,
uns carregavam coisas e outros carregavam os carros de vacas e os burros com
tudo e mais alguma coisa, até acharem que estava com a carga completa. A aldeia
tinha vida de dia e de noite. Começava a fervilhar ao nascer do sol e sossegava
ao fim da noite. Moravam muitas pessoas e pareciam felizes, mesmo com pouco,
não havia muita coisa, portanto, não fazia falta nenhuma, logo chegariam dias
melhores e vida mais desafogada era bem-vinda.
Hoje, ainda há gente à espera que algo
de diferente aconteça!
NOUTROS TEMPOS...
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| A ponte era uma passagem |
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| Igreja de São Barnabé |












