MALCATA SEM FOGOS DEPENDE DE CADA UM DE NÓS
Até 15 de Março os proprietários de terrenos rurais devem proceder à sua limpeza. Caso não o façam, serão os municípios que deverão fazer esse trabalho e claro, multar os prevaricadores.
Muitas pessoas foram surpreendidas com estas medidas, mas lembro que desde 2006 que existe uma lei que parece ninguém conhecer, ou dá jeito não a aplicar.
"Se o outro não limpa, porque vou eu limpar"? ouvimos nós por aí.
Pois é, uma grande maioria dos proprietários não limpa os seus terrenos. E as razões desse desleixo são várias. Na nossa freguesia os donos das terras são idosos, vivem da miserável reforma e já não têm forças para ir limpar e não têm dinheiro para pagar a quem faz esse trabalho. É claro que os sapadores praticam preços acessíveis, mas a verdade, é que nem todas as pessoas podem pagar o total das despesas.
Há dias, o Secretário de Estado Artur Nunes, anunciou que o Governo em breve vai revelar alguns esclarecimentos em relação à forma de operacionalizar a limpeza das florestas. E o que existe em Malcata? Que floresta temos? Pinhais cheios de ramos, solos cheios de matos. No tempo dos nossos avós como era feita a limpeza? Ainda me lembro que não se deitava nada fora e pouco se queimava. Alguma ficava no chão e com o tempo e a chuva, transformava-se em estrume e era um rico fertilizante para a terra.
Hoje ouvimos falar de máquinas que trituram tudo o que apanham. Também se fala muito das vantagens do uso da biomassa no aquecimento das casas e produção de energia.
Limpar um pinhal, um terreno de giestas ou mato variado, tem os seus segredos. Hoje em Malcata há muitos tractores e as vacas são apenas miragem e memórias passadas. Estas máquinas até trabalham bem mais depressa que uma junta de vacas, mas não necessitam de "cama" para passar a noite na loja. Logo, deixou-se de dar tanta importância ao mato cortado, às folhagens das árvores e triturar mato é moda.
Sabem, acho que não se devia plantar só aquilo que se quer. Da mesma forma também não se constrói o que se quer e onde se quer. Bem, quando se fecham os olhos, às vezes lá surgem aqueles mamarrachos feios e mal construídos.
Estamos a chegar a Fevereiro e penso que em Malcata devíamos aproveitar esta oportunidade para fazer uma limpeza aos terrenos da freguesia.
Em Malcata há muito trabalho a fazer, basta querer e com um bom planeamento e com uma utilização racional dos meios existentes podemos alcançar os objectivos.
Para ajudar na limpeza das florestas temos a equipa de sapadores, o tractor da Junta de Freguesia e ainda algumas empresas especializadas neste género de trabalhos de limpeza florestal. Aos proprietários florestais, àqueles que precisam que lhe limpem o terreno à volta das suas casas ou palheiros, armazéns ou outras construções, procurem saber e perguntem uns aos outros como estão a pensar fazer. Com tanto para fazer, quanto mais depressa encontrarem a melhor solução e o mais vantajoso serviço, sairemos todos a ganhar, pois, Malcata sem fogos também depende de cada um de nós.
José Martins
Muitas pessoas foram surpreendidas com estas medidas, mas lembro que desde 2006 que existe uma lei que parece ninguém conhecer, ou dá jeito não a aplicar.
"Se o outro não limpa, porque vou eu limpar"? ouvimos nós por aí.
Pois é, uma grande maioria dos proprietários não limpa os seus terrenos. E as razões desse desleixo são várias. Na nossa freguesia os donos das terras são idosos, vivem da miserável reforma e já não têm forças para ir limpar e não têm dinheiro para pagar a quem faz esse trabalho. É claro que os sapadores praticam preços acessíveis, mas a verdade, é que nem todas as pessoas podem pagar o total das despesas.
Há dias, o Secretário de Estado Artur Nunes, anunciou que o Governo em breve vai revelar alguns esclarecimentos em relação à forma de operacionalizar a limpeza das florestas. E o que existe em Malcata? Que floresta temos? Pinhais cheios de ramos, solos cheios de matos. No tempo dos nossos avós como era feita a limpeza? Ainda me lembro que não se deitava nada fora e pouco se queimava. Alguma ficava no chão e com o tempo e a chuva, transformava-se em estrume e era um rico fertilizante para a terra.
Hoje ouvimos falar de máquinas que trituram tudo o que apanham. Também se fala muito das vantagens do uso da biomassa no aquecimento das casas e produção de energia.
Limpar um pinhal, um terreno de giestas ou mato variado, tem os seus segredos. Hoje em Malcata há muitos tractores e as vacas são apenas miragem e memórias passadas. Estas máquinas até trabalham bem mais depressa que uma junta de vacas, mas não necessitam de "cama" para passar a noite na loja. Logo, deixou-se de dar tanta importância ao mato cortado, às folhagens das árvores e triturar mato é moda.
Sabem, acho que não se devia plantar só aquilo que se quer. Da mesma forma também não se constrói o que se quer e onde se quer. Bem, quando se fecham os olhos, às vezes lá surgem aqueles mamarrachos feios e mal construídos.
Estamos a chegar a Fevereiro e penso que em Malcata devíamos aproveitar esta oportunidade para fazer uma limpeza aos terrenos da freguesia.
Em Malcata há muito trabalho a fazer, basta querer e com um bom planeamento e com uma utilização racional dos meios existentes podemos alcançar os objectivos.
Para ajudar na limpeza das florestas temos a equipa de sapadores, o tractor da Junta de Freguesia e ainda algumas empresas especializadas neste género de trabalhos de limpeza florestal. Aos proprietários florestais, àqueles que precisam que lhe limpem o terreno à volta das suas casas ou palheiros, armazéns ou outras construções, procurem saber e perguntem uns aos outros como estão a pensar fazer. Com tanto para fazer, quanto mais depressa encontrarem a melhor solução e o mais vantajoso serviço, sairemos todos a ganhar, pois, Malcata sem fogos também depende de cada um de nós.
José Martins
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