ALCUNHAS
O nome próprio marca a individualidade de cada pessoa e é fundamental para o resto da vida de cada um de nós. Mas, quem não conhece pessoas a quem chamamos um nome e esse não é o próprio nome? O que nos espanta é que essa pessoa responde ao nome que não é o seu próprio nome, mas uma alcunha!
Para ser sincero, não sei com que idade eu percebi que em Malcata havia e há pessoas que têm nomes que não são os seus próprios nomes. As alcunhas são por isso muito importantes na vida da nossa aldeia. Elas fazem parte do património humano e são a forma mais rápida e eficaz que o povo encontrou para identificar uma determinada pessoa. E a variedade é tanta que não as conheço todas. Umas fazem-nos sorrir e o próprio visado não se importa, acabando até alguns por a incluir no seu próprio nome.
Por isso, quando um estranho aparece na aldeia e pergunta por alguém, ao usar o seu nome verdadeiro, pode sentir alguma dificuldade em que a resposta seja rápida e eficaz. As pessoas são conhecidas muitas vezes pela alcunha e não pelo nome registado no bilhete de identidade, hoje chamado Cartão Único.
E as alcunhas nada têm de maldade sendo muitas vezes a forma que o povo encontrou para identificar uma determinada pessoa associando-a à terra onde nasceu, à rua onde vive, a uma deficiência física ou até a um simples hábito do quotidiano, ou até da maneira de falar ou andar, entre muitas outras razões.
Malcata não é diferente às outras terras portuguesas e alcunhas existem muitas e para todos os gostos.
Com certeza que cada um de vós se lembra de algumas alcunhas. Eu lembro-me destas:
Barroco, Borrego, Cagão, Carvalhão, Cabeço, Cavaca, Coxo, Cuco, Estrelado, Fachó, Forneira, Gravanço, Mudo, Fama, Pataco, Peca, Padre, Pataquinha, Pelão, Tareco, Triste, Ratinho, Reta, Sapateiro, Sacho, Chichi, Medalhas, Fai Fai, Moleiro, Bico, etc, etc, etc,.
E já agora, a alcunha dos habitantes de Malcata : Carvoeiros.
Eu passei alguns bons anos da minha adolescência e juventude em Malcata e lembro-me de muitos destes sobrenomes ou alcunhas e nunca vi niNguem levar a mal.
ResponderEliminarBons tempos em boa terra de boa gente.
Eu passei alguns bons anos da minha adolescência e juventude em Malcata e lembro-me de muitos destes sobrenomes ou alcunhas e nunca vi niNguem levar a mal.
ResponderEliminarBons tempos em boa terra de boa gente.
Eu passei alguns bons anos da minha adolescência e juventude em Malcata e lembro-me de muitos destes sobrenomes ou alcunhas e nunca vi niNguem levar a mal.
ResponderEliminarBons tempos em boa terra de boa gente.
Eu passei alguns bons anos da minha adolescência e juventude em Malcata e lembro-me de muitos destes sobrenomes ou alcunhas e nunca vi niNguem levar a mal.
ResponderEliminarBons tempos em boa terra de boa gente.
Bem que gostava de saber quem é o senhor "Contágio" que passou alguns bons anos da sua adolescência e juventude na aldeia onde eu nasci e vivi a minha infância.
ResponderEliminarVenha lá visitar-nos e revele-se.
Obrigado pelo seu comentário.